Viva a ocupação da embaixada de Israel no Egito! Derrotar o governo militar parido da farsesca “revolução árabe”!
Milhares de manifestantes ocuparam no fim da tarde desta sexta-feira, 09 de setembro, o edifício que abriga a Embaixada de Israel no Cairo em repúdio aos ataques do enclave sionista aos palestinos na fronteira com o Egito ocorrida em agosto passado e contra o muro erguido recentemente ao redor do prédio. O governo militar “revolucionário” parido da transição orquestrada pelo imperialismo após a queda de Mubarak ordenou a repressão violenta ao protesto, deixando três mortos e mais de mil feridos, decretando o famigerado Estado de Emergência. As forças de segurança egípcias atacaram os manifestantes nos arredores do edifício, onde o muro foi destruído e a bandeira israelense foi substituída por uma egípcia, forçando a fuga de avião do embaixador israelense, Yitzhak Levanon.
Quando Israel atacou os palestinos na fronteira do Egito em 18 de agosto passado matando, além dos ativistas palestinos, soldados do próprio exército egípcio, o “novo governo” vergonhosamente apenas reclamou formalmente da agressão, já que nessa região o exército egípcio vinha conduzindo uma operação de perseguição aos palestinos há uma semana, visando desalojar cerca de 1.300 militantes, servindo assim aos interesses do imperialismo ianque e do enclave sionista. O governo do Egito havia enviado mais mil soldados para o Sinai depois de ter autorização de Israel, tendo a operação se baseado no acordo contrarrevolucionário de Camp David assinado em 1979 por Sadat com Israel. A subserviência a Israel mesmo com o enclave sionista matando militares egípcios foi um exemplo de como age o “novo Egito”, saudado pelos revisionistas de ser palco de uma fantasiosa “revolução democrática”.
Agora, depois de quase um mês da agressão israelense, manifestantes egípcios resolveram expulsar pela via da ação direta das massas o representante do enclave sionista, apontando qual deve ser o verdadeiro método para derrotar o imperialismo e Israel da região, oposto ao da “transição democrática” ordenada por Obama. A ira popular provocou pânico na Casa Branca, que logo acionou o governo militar “revolucionário” para assegurar a segurança de seus lacaios sionistas no Egito. Tanto que a ação repressora foi agradecida pelo facínora Netanyahu: “Fico feliz que tenhamos conseguido impedir um desastre e queria agradecer ao presidente dos Estados Unidos por sua ajuda” (O Estado de S.Paulo, 10/09). A junta militar do Egito logo declarou estado de emergência no país na madrugada deste sábado, 10, assim como fazia Mubarak até antes dos protestos populares. Esse episódio comprova mais uma vez o que a LBI afirmou desde o início das revoltas populares no Egito: a alta-cúpula das FFAA dirige o chamado “processo de transição” para garantir estabilidade ao regime, seguindo o planejado com a Casa Branca, que havia exigido a renúncia do desgastado Mubarak para amortecer a tensão política no país.
Com seu ato de heroísmo, os manifestantes egípcios mostram o caminho: enfrentar o governo militar parido da farsesca “revolução árabe” e destruir pela ação direta e revolucionária das massas o enclave sionista de Israel como passo fundamental para a conquista da verdadeira pátria palestina no conjunto dos territórios históricos rapinados pela máquina de guerra sionista, rumo à edificação de uma Palestina soviética, baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus.