Para “lembrar” o 11 de Setembro, Talebã ataca embaixada ianque e quartel da OTAN no Afeganistão: Pela vitória militar da resistência contra a ocupação imperialista!
Mal a mídia imperialista e seus papagaios espalhados pelo mundo encerravam os noticiários sobre o 11 de Setembro, o Talebã atacou nesta terça-feira, 13, a embaixada dos Estados Unidos e o quartel-general da OTAN no centro de Cabul, capital do Afeganistão, através de várias explosões com foguetes, carro-bombas e militantes armados. O porta-voz do grupo islâmico Zabiullah Mujahid declarou que “Nossos insurgentes atacaram a cidade de Cabul. Os alvos eram a embaixada dos EUA, organizações governamentais e outras organizações estrangeiras”. A ação foi um claro aviso ao imperialismo ianque que o Talebã e a resistência popular afegã estão em luta aberta contra a ocupação imperialista imposta logo após os ataques a sede da CIA nas Torres Gêmeas e ao Pentágono pela Al-Qaeda há dez anos. Depois de sofrerem esta humilhação histórica pela ação espetacular do grupo islâmico em seu próprio território, os EUA bombardearam o Afeganistão e até hoje ocupam o país através das forças da OTAN, impondo um regime títere.
Os ataques desta terça-feira mostram que passada uma década da ocupação militar ianque após o 11/9, os EUA não conseguiram impor sua dominação sobre o país. O nível de instabilidade no Afeganistão é o maior desde que os abutres imperialistas agrediram militarmente no país no final de 2001, com alto índice de morte entre as tropas invasoras. Na véspera do 10º aniversário do 11 de Setembro, um caminhão-bomba explodiu em uma base da OTAN no centro do Afeganistão ferindo 77 militares americanos. Frente ao ataques declaramos que toda nossa simpatia está ao lado dos “bárbaros talebãs” que se levantam com os meios militares não-convencionais de que dispõem, como fizeram no 11 de Setembro, para atacar os alvos do imperialismo. São os “civilizados” facínoras imperialistas que impõem pela força das armas mais sofisticadas da OTAN seu domínio colonial no planeta. Neste momento os verdadeiros terroristas ianques, britânicos e franceses, sob a chancela da ONU e em nome do combate a suposta “ditadura sanguinária de Kadaffi” ocupam a Líbia com o auxílio dos “rebeldes” para impor um regime títere como ocorre atualmente no Afeganistão. Diante da impossibilidade de derrotar a resistência dos povos oprimidos, Obama vem ampliando a chamada “guerra ao terrorismo”, agora também com a maquiagem de “revolução árabe”, utilizando-se cada vez mais de bombardeios com aviões não tripulados ou mísseis altamente letais disparados de longa distância, atingindo propositadamente alvos civis, chacinando principalmente mulheres e crianças, para provocar terror e desespero na população. Essa verdadeira guerra de terror imperialista é a política da Casa Branca para auferir lucros para a poderosa indústria bélica ianque, controlar o petróleo e avançar em seus ditames sobre a região!
Como marxistas revolucionários apoiamos cada ofensiva sobre os agressores imperialistas e suas tropas de ocupação, postando-se em frente única, com absoluta independência política, com as forças que enfrentam as tropas de rapina das potências capitalistas. Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no Afeganistão, no Iraque, na Líbia ou em qual quer parte do mundo, ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela edificação do socialismo. Esses ataques representam uma resposta militar dos povos oprimidos e suas organizações ao imperialismo, muitas vezes por meios não convencionais de combate militar. Defendemos a unidade de ação com as forças que estão em luta contra o imperialismo. Nesse combate consideramos justa toda e qualquer ação de resistência armada das massas à dominação belicista das metrópoles capitalistas sobre os povos oprimidos!