PCdoB fecha coligação
com Tucanos no Maranhão e oferece palanque no estado para Aécio “combater” o
PMDB/PT
Caiu por completo o
falso véu “progressista” (antigolpista) do PCdoB quando ofereceu a vaga de
vice-governador para os tucanos na chapa do ex-deputado Flávio Dino no
Maranhão. Em reunião em Brasília na noite do último dia 15/04, o PCdoB selou o
acordo com a alta cúpula nacional do PSDB, tendo a presença como “padrinho” do
acordo nada menos do que a figura do presidenciável Aécio Neves. A “rasgação de
seda” entre tucanos e pseudo “comunistas” foi reveladora, primeiro foi a vez de
Dino elogiar o dirigente máximo do PSDB: “O senador Aécio está sintonizado com
o momento político do nosso estado, que quer superar a última oligarquia do
país. Precisamos unir todas as forças dispostas a ajudar a virar a página do
passado no Maranhão”. Depois foi o próprio Aécio Névoa quem afirmou sua plena
disposição ao acordo: “O PSDB nacional respeitará a condução feita no Maranhão
pela direção estadual, através do deputado Brandão. Do meu ponto de vista,
tenho extremo respeito e admiração pelo deputado Flávio Dino”. Por sua vez, o
deputado tucano Carlos Brandão, indicado ao cargo de vice-governador, finalizou
politicamente o evento: “A presença do PSDB na chapa de Flávio Dino fortalece a
ampla aliança pelo Maranhão, com o presidenciável Aécio Neves“. A “tese”
oportunista do vale-tudo eleitoral que impregnou o PT maranhense, convertido em
mero apêndice da oligarquia Sarney, alcançou também o PCdoB que agora se
oferece como “plataforma” eleitoral da reação nacional, para potencializar a
conquista de um governo estadual. Vale lembrar que recentemente no estado
vizinho, o Piauí, o mesmo PCdoB integrou o governo estadual da asquerosa
oligarquia “Mão Santa” (PMDB), e que no passado não muito distante também
participou do próprio governo Sarney, hoje considerado o “mal maior”. Pelo
menos não podemos imputar falta de “coerência” ao PCdoB, já que este
agrupamento (ex-estalinista) se converteu até a medula ao regime da democracia
dos ricos, chegando a advogar politicamente a repressão policial aos movimentos
sociais que “ousam” desafiar a “ordem da farra” das empreiteiras e governo
Dilma, imposta pela Copa da FIFA e seus patrocinadores imperialistas.
Parece que a “fidelidade
canina” do PCdoB ao governo Dilma não resistiu à tentação política de
conquistar o aparelho de um governo estadual, nem mesmo tendo sido Flávio Dino
membro da gestão palaciana petista até pouco tempo atrás no comando da
EMBRATUR. O suposto “ímpeto” de combate do PCdoB às oligarquias reacionárias do
país, em especial a do Maranhão, não é capaz de convencer nem mesmo ao mais
ingênuo militante político, posto que são os mais entusiastas defensores dos “Ferreira
Gomes” no Ceará, uma mafiosa quadrilha familiar dominante que faz parecer os
Sarney um inofensivo “grupo de escoteiros”.
A guinada
socialdemocrata do PCdoB, ocorrida no início dos anos 90, o fez abandonar os
pressupostos do Marxismo-Leninismo,formatando um partido de filiados sem o
menor comprometimento ideológico e militante. Nesta inflexão de classe, o
partido de João Amazonas passou a acolher personalidades políticas burguesas,
com potencial eleitoral para “ajudar” os ex-estalinistas a ocuparem vagas no
parlamento. Políticos de direita ,como o senador Leomar Quintanilha antigo
membro do PDS, se filiaram ao PCdoB sem o menor constrangimento. Exemplo
similar foi a filiação do pagodeiro Netinho em São Paulo, que responde a várias
acusações de espancamento de mulheres.