sábado, 4 de outubro de 2014
LBI impulsiona ato público pelo Voto Nulo na histórica Praça do Ferreira!
Neste sábado (04/10) onde a ebulição do circo eleitoral atingiu seu grau máximo às vésperas da renovação dos gerentes do Estado burguês, a LBI organizou um corajoso ato público pelo Voto Nulo na histórica Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza, palco de manifestações populares como a Diretas Já. A atividade foi organizada em conjunto com os companheiros do antigo Partido da Revolução Operária (PRO), atual CR, signatários da campanha política pelo Boicote Eleitoral. Apesar da Praça encontrar-se ladeada pelos "cortejos" das duas principais campanhas burguesas no estado (PT e PMDB), a militância da LBI enfrentou seus cabos eleitorais, construindo o ato como uma verdadeira tribuna de resistência no combate por um programa revolucionário para denunciar o regime da democracia dos ricos. A atividade de frente única entre a LBI e o CR ocorreu no marco onde a esmagadora maioria das correntes políticas de esquerda que se declararam a favor do Voto Nulo "compreenderam" esta política como uma inação absoluta, ou seja, simplesmente abdicaram de qualquer ação de massas ou mesmo na vanguarda do proletariado.
A disputa burguesa entre Dilma, Marina e Aécio Neves, cujas campanhas são financiadas pelos bancos, latifundiários e empreiteiras, demonstra que a eleição presidencial é uma farsa que nem de longe respeita qualquer vestígio da vontade popular. Quem "elege" o próximo gerente dos negócios da burguesia a frente do seu Estado são os donos do capital. Na condição de figurantes domesticados do teatro montado pela classe dominante, encontram-se as candidaturas da "esquerda" reformista (PSOL, PCB, PSTU e PCO) que se limitam a apresentar um programa para democratizar o regime político burguês. Este arco político foi denunciado no ato público pelo Voto Nulo como incapaz de dar qualquer combate de classe pela Revolução Socialista e pela Ditadura do Proletariado porque não utilizam as eleições para desmascarar as entranhas do sistema capitalista mas sim para democratizá-lo.
Desde a LBI caracterizamos que a atual divisão da burguesia nacional entre as suas três principais candidaturas tem levado a um impasse acerca da resolução final de quem disputará com a frente popular o segundo turno eleitoral. A candidata preferencial do imperialismo, Marina Silva, que patrocinou a operação do assassinato do ex-governador Eduardo Campos, despontou como a "bala de prata" para encerrar o ciclo histórico das gerências petistas. Porém, a agressividade da ofensiva imperialista foi tamanha que setores expressivos das classes dominantes tupiniquins decidiram na reta final da corrida presidencial esboçar uma reação contra este embuste político. Como as pesquisas manipuladas já refletem este movimento defensivo da burguesia nativa, Dilma recuperou terreno e deverá ganhar com folga o primeiro turno. Nesse sentido, quando se avizinha uma "guerra" intestina no seio dos nossos inimigos de classe pelo controle do botim estatal, se coloca na ordem do dia a necessidade de fortalecer a campanha ativa pelo Voto Nulo no segundo turno, como um contra-ponto classista ao circo eleitoral. A combativa atividade na Praça do Ferreira, embora pequena e de vanguarda, é um marco político que aponta nesta direção!