sexta-feira, 3 de outubro de 2014

PCO advoga a “liberdade partidária” em geral para o ultrarreacionário Levy Fidelix atacar os homossexuais. Os genuínos Trosquistas não defendem a “livre expressão” do fascismo!

A fala de Levy Fidelix contra os homossexuais no debate da TV Record provocou ampla indignação pelo seu caráter reacionário e homofóbico, expressando as posições dos setores mais direitistas da classe dominante. Houveram mobilizações contra a conduta venal do candidato do PRTB não só nas chamadas redes sociais mas também nas ruas, como foi a manifestação ocorrida na Avenida Paulista. Exigiu-se inclusive que sua presença nos debates fosse suspensa. Na contramão desse movimento democrático de protesto, o PCO saiu em defesa de Fidelix e para isso usou como pretexto a necessidade de se respeitar a “liberdade partidária” em geral, como se os Trotsquistas defendessem o direito de expressão do fascismo. Segundo vergonhosamente afirma Rui Costa Pimenta “O ataque do candidato do PRTB aos gays no debate presidencial causou uma enorme comoção e, como sempre, o que menos se viu foi qualquer tentativa de defender os direitos dos homossexuais e mais que tudo um ataque aos direitos democráticos de todos. Os partidos da esquerda pequeno-burguesa trataram de pedir prisão, processo e cassação do candidato. O PSOL levantou uma lei que prevê entre outras coisas a punição ao ‘ódio de classe’, lei que nenhum partido democrático poderia ver senão com total rejeição” (sítio PCO, O caso Levy Fidelix e a liberdade partidária, 02/10). Como se vê, em nome da “liberdade partidária” e da “livre expressão”, Causa Operária defende que o fascitoide do PRTB vocifere que as “maiorias enfrentem as minorias” em um claro chamado a que se “elimine” os gays, lésbicas e transgêneros inclusive pela força física! Na verdade Rui Pimenta e o PCO defendem o “direito” de Levy Fidelix a atacar a comunidade LGBT porque tem uma concepção similar com a do fascista, tanto que recentemente (31/07) via o Facebook seu dirigente Rafael Dantas fez ameaças e insultos homofóbicos contra um militante da LBI, como foi denunciado energicamente em nosso Blog. Dantas, que se apresenta como redator do jornal Causa Operária, atacou o dirigente da Oposição de Luta dos Professores do Ceará, Antônio Sombra, como foi registrado com seus comentários preconceituosos nas redes sociais. O dirigente da LBI sofreu em sua página pessoal da Net insultos sórdidos como “você é uma bicha fofoqueira” e ameaças do tipo “eu falo o que quiser” e “vá se meter na vida da puta que o pariu”. Esta é a “liberdade partidária” que o PCO defende, não só para o facínora Fidelix mas para seus próprios militantes fazerem verdadeiras “cruzadas” preconceituosas contra as chamadas “minorias”. Esta prática covarde muito utilizada por hordas fascistas como Fidelix contra a comunidade homossexual e reforçada por Causa Operária deve ser amplamente repudiada pela esquerda classista e revolucionária como um ataque ao conjunto do movimento operário e as liberdades democráticas do povo trabalhador!

No vergonhoso artigo escrito por Rui Costa Pimenta lê-se ainda que “A solução para o ataques dos partidos de direita aos direitos dos homossexuais estaria em promover um ataque generalizado aos partidos políticos que não fazem parte da confraria sustentada pelo grande capital pela imprensa capitalista nacional e internacional”. Pasmem, mas o PCO não só defende que Fidelix continue falando seus impropérios como coloca o PRTB entre os “partidos” que não fazem parte da “confraria burguesa” mesmo ele tendo amplo espaço nos meios de comunicação para destilar suas diabrites fascistas! Na verdade, o PRTB é uma legenda de aluguel a serviço do PSDB e do tucano Aécio nesta campanha eleitoral, juntos não defendem o direito ao aborto, da legalização da maconha e, muito menos, os mais elementares direitos civis da comunidade LGBT! Como alertamos, tamanho esmero de Causa Operária em defender seu “parceiro” preconceituoso se deve a identidade programática do PCO com estas “teses” homofóbicas contra a diversidade sexual e não apenas pela “liberdade partidária” no geral. Os revolucionários nunca defendem a “democracia” para a burguesia e seus setores mais reacionários poderem livremente organizar ofensivas reacionárias contra o povo trabalhador e as chamadas “minorias”. Os genuínos Trosquistas não defendem a “livre expressão” do fascismo! Ao contrário, intervém nos protestos e manifestações contra a homofobia (como foi a mobilização contra Fidelix) para apresentar uma plataforma revolucionária que una a luta pelas liberdades democráticas do povo trabalhador no sistema capitalista ao combate para derrotar a burguesia e seu regime senil de conjunto, demonstrando que as posições reacionárias e preconceituosas dos partidos burgueses são as expressões mais cruentas de seu desejo de “eliminar” os trabalhadores por meio da fome, miséria, do desemprego e da exploração capitalista!

Lembremos que o PCO é bastante conhecido da vanguarda proletária do país pelos inúmeros casos de agressão física para tentar calar seus adversários e oponentes políticos pela “força bruta”. Agora, além de frequentemente ameaçar outras correntes de esquerda como forma para dirimir diferenças políticas, reproduz os preconceitos mais reacionários das oligarquias dominantes! Não por acaso, este método gangsteril fartamente utilizado pelo PCO muito se assemelha pela conduta que o fascistóide Fidelix defende para “eliminar” os homossexuais. Como Levy e Rui Pimenta comungam das mesmas posições homofóbicas, não é nada estranho que Causa Operária saia em socorro do PRTB, na contramão da defesa dos direitos democráticos dos homossexuais usando como pretexto a “liberdade partidária”. Esta mesma “liberdade partidária” é reivindicada pelo PCO para defender a melhor divisão do “Fundo Partidário” como também defende Fidelix, verba bilionária que o TSE usa para integrar (comprar a domesticação) todos os partidos no circo eleitoral da democracia dos ricos. O Estado burguês é bastante generoso com aqueles que legitimam o regime político democratizante, justamente porque deseja cooptar materialmente a “esquerda”, esteja ela dentro ou fora do governo, para que alimente o circo da democracia dos ricos que amortece a luta de classes e renova seus gerentes a cada eleição. Por isso, Causa Operária que é aquinhoada com cerca de 50 mil reais mensais do Fundo Partidário, defende tão aguerridamente a tal “liberdade partidária”, apenas se queixando que deseja mais espaço na TV (e dinheiro!) do TSE, como faz Levy nos debates! Diferente do PRTB, obviamente o PCO não se enquadra na categoria das tradicionais legendas “nanicas” de aluguel da burguesia. Ao ser aquinhoado com mais de R$ 600 mil anuais, ou seja, mais de 50 mil reais por mês pela burguesia, a intenção do TSE é de avançar na cooptação dos chamados “partidos ideológicos” por parte do regime burguês, criando um mecanismo de anulação de qualquer possibilidade de contestação revolucionária da legitimidade da democracia dos ricos por parte da esquerda que se reclama do marxismo. Também por este motivo peculiar, preventivamente, Causa Operária sai em defesa de Levy Fidelix e seu PRTB!


Pimenta nos brinda ao final de seu artigo com um sofisma para seguir na defesa do “nanico” Levy. Segundo ele “Em uma sociedade de classes, o poder punitivo do Estado age apenas e tão somente em favor da burguesia, mesmo quando aparenta punir a burguesia”. Em resumo, não devemos lutar para que Fidelix seja punido por sua vociferação racista e homofóbica porque estes protestos podem reforçar o Estado burguês! Malabarismos a parte, a questão é que em nenhuma linha do artigo em questão o PCO conclama a auto-defesa dos homossexuais contra as hordas fascistas e muito menos a mobilização popular contra suas “teses” reacionárias. Prefere em nome da “liberdade partidária” e da “livre expressão” deixar o PRTB livre para atacar a comunidade LGBT! Na verdade, quem reforça o Estado burguês e enfraquecem a luta pelo socialismo é o PCO que recebe dinheiro dos nossos inimigos de classe e de seu Estado, que faz da legalização de um partido de “esquerda” no Brasil um bom negócio comercial para legitimar o regime democratizante! Quem reforça o Estado burguês é o PCO que se nega a fazer um combate de classe ao racismo, à homofobia e ao preconceito social, racial e de gênero. Pior, Causa Operária propaga condutas similares abjetas, como fez Rafael Dantas, recorrendo a insultos sórdidos como “você é uma bicha fofoqueira” e ameaças do tipo “eu falo o que quiser” e “vá se meter na vida da puta que o pariu”, “pérolas” da despolitização tão ou mais graves que as barbaridades proferidas pelo facínora Fidelix na TV! Como diz o provérbio popular “Pimenta no dos outros é refresco!” não é mesmo Sr. Rui Costa!