Dilma e Aécio juntos no "repúdio veemente" ao
direito da livre manifestação da militância contra a imundice da VEJA
Quando se trata de reprimir as livres manifestações do
movimento de massas contra as forças fascistizantes sempre encontramos bem
unidos "progressistas e reacionários", defendendo o "sagrado direito" de propriedade
da burguesia. Este foi o caso de Aécio e Dilma diante da manifestação ocorrida
na noite da última sexta-feira (24/10) em frente a sede da editora Abril em São
Paulo. O ato político de repúdio a mais recente publicação da máfia dos Civitas
foi convocado pela UJS, contando com a participação de vários militantes da
juventude do PT, transcorreu pacificamente e foi finalizado com algumas
pichações em via pública ou em placas da editora que se encontravam na parte
externa da sede. Se no palco institucional a edição da VEJA ficou completamente
isolada, sendo inclusive obrigada pelo TSE (por decisão unânime) a publicar em
seu site um direito de resposta do PT, não ocorreu o mesmo em relação a justa
manifestação da militância da UJS, taxada pela mídia corporativa de um "ataque
bárbaro a liberdade de imprensa". Não demorou muito para que os
noticiários da Rede Globo dessem ampla cobertura na cínica condenação ao
"brutal vandalismo" organizado por "apoiadores da candidatura
Dilma". Logo se formou uma cadeia de solidariedade aos
"indefesos" Civitas, ameaçados pelos "perigosos" militantes
que portavam alguns sprays de tinta. Como era de se esperar o candidato Tucano
saiu com a seguinte pérola da reação: “Assistimos ontem e hoje a um atentado
contra a democracia, contra a liberdade de expressão", porém Dilma não
ficou muito atrás: "Isso é uma barbárie, não deve ocorrer. Deve ser
proibido. Só podemos aceitar atos pacíficos. Não se faz um país civilizado
dessa forma". A identidade dos dois candidatos só não é maior do que o
cretinismo contido nas declarações, por acaso só as empresas podem se manifestar através da força
do seu capital, será que as manifestações do povo nas ruas devem ser
consideradas como "atentado contra a democracia"... só se for a
democracia dos ricos! Para nós não é surpresa alguma a conduta política similar
do PT e PSDB no que tange a repressão aos movimentos sociais, não foi diferente
no início "Jornadas de Junho" quando o MPL foi brutalmente atacado
pela polícia tucana de São Paulo, recebendo o pleno aval do governo Dilma que
ofereceu a PF para auxiliar o fascista Alckmin. Frente a detenção dos
militantes da UJS e a sórdida campanha contra o direito de manifestação
pública, exigimos a liberdade imediata dos "presos da Abril", assim
como convocamos a o movimento de massas a protagonizar um amplo repúdio ao
cartel da mídia "murdochiana". O que está em jogo neste momento
ultrapassa o resultado eleitoral deste domingo, onde as duas alas da burguesia
(ganhe Dilma ou Aécio) pretendem recrudescer ainda mais as parcas liberdades de
organização e manifestação conquistadas na luta contra o regime militar.
O PT não se limitou apenas a "condenação verbal" da manifestação de setores organizados da esquerda contra o grupo Abril, o ex-deputado e advogado do partido, Eduardo Greenhalgh, afirmou a imprensa que o ato pode ter sido "uma armação do PSDB", isto quando todo o movimento conhece muito bem a natureza política da UJS. O advogado petista que no passado mais distante se notabilizou por corajosas defesas de presos políticos, como a do próprio sequestrador brasileiro do empresário Abílio Diniz, agora toma a direção oposta e se omite completamente diante da covarde prisão dos militantes da UJS. Este fato só comprova o que costumamos caracterizar como um enorme retrocesso ideológico da esquerda reformista e pequeno-burguesa. Também nos causa estranheza o silêncio até agora do próprio PCdoB, organização que impulsiona politicamente a UJS.
O PT não se limitou apenas a "condenação verbal" da manifestação de setores organizados da esquerda contra o grupo Abril, o ex-deputado e advogado do partido, Eduardo Greenhalgh, afirmou a imprensa que o ato pode ter sido "uma armação do PSDB", isto quando todo o movimento conhece muito bem a natureza política da UJS. O advogado petista que no passado mais distante se notabilizou por corajosas defesas de presos políticos, como a do próprio sequestrador brasileiro do empresário Abílio Diniz, agora toma a direção oposta e se omite completamente diante da covarde prisão dos militantes da UJS. Este fato só comprova o que costumamos caracterizar como um enorme retrocesso ideológico da esquerda reformista e pequeno-burguesa. Também nos causa estranheza o silêncio até agora do próprio PCdoB, organização que impulsiona politicamente a UJS.
Como esta eleição será decidida por uma margem de votos
muito pequena, o "factoide" político criado a partir da manifestação
contra a máfia dos Civitas e suas publicações de corte fascista, poderá ser um
elemento a ser explorado pela direita durante todo o pleito de domingo.
Inúmeras entidades da mídia capitalista vem emitindo comunicados contra o que
qualificam de "atentado criminoso ao estado de direito".
Desgraçadamente a esquerda burguesa como o PT e seus aliados reformistas cedem
terreno político a esta ofensiva reacionária, não "compreendendo" que
esta iniciativa direitista também se voltará contra eles próprios, seja no
terreno eleitoral ou social.
Os apologistas da Frente Popular não cansam de apresentar o
candidato tucano como o legítimo representante do imperialismo no país, na
outra ponta esgrimam o caráter de esquerda da presidente Dilma contra o que
chamam "as forças do retrocesso neoliberal". Porém quando fatos concretos
da luta de classes batem as portas do "campo progressista" este se
comporta com os mesmos vícios da reação mais atrasada e obscurantista. Não por
coincidência é o próprio governo do PT quem financia a maior parte das
publicações "golpistas" do país, ou seja o "PIG" agradece e
depois retribui com sua especial vilania aos dóceis gerentes da esquerda do
capital.