quarta-feira, 7 de setembro de 2016

FRENTE POPULAR LIMITA RADICALIZAÇÃO NO “GRITO DOS EXCLUÍDOS” PARA NÃO DERRUBAR O GOVERNO TEMER, APOSTANDO SUAS FICHAS NAS ELEIÇÕES BURGUESAS

Combativa coluna da LBI no "Grito dos Excluídos" no Rio de Janeiro
As manifestações deste domingo 07 de setembro, convocadas como parte do “Grito dos Excluídos”, reverteram-se em massivos atos políticos contra o governo golpista de Michel Temer (PMDB). Em todo país houve protestos nas capitais com relativo peso político, agrupando amplos setores do ativismo classista que combateu o Golpe Institucional contra a gerentona petista, Dilma Rousseff. Apesar da importância das mobilizações, a Frente Popular atuou para não radicalizar a luta direta contra o canalha golpista. Esse fato demonstra que a direção do PT e da CUT, junto com o MST e a chamada “ala progressista” da Igreja Católica desejam levar a campanha contra o gerente neoliberal do PMDB em baixo impacto, visando capitalizar o desgaste do governo parido do impeachment no terreno eleitoral tanto agora em 2016 como na futura disputa presidencial em 2018. Nesse engodo distracionista, o PSOL busca credenciar-se como alternativa “à esquerda” domesticada junto ao eleitorado da Frente Popular atuando no marco do chamado “campo democrático”, que se opõe a Temer e aos seus aliados demo-tucanos, porém foi crítico ao ajuste neoliberal imposto por Dilma. O que ficou evidente nos atos deste domingo foi a flagrante unidade entre todas as forças políticas em defesa das “Eleições Gerais”. Tanto que no Rio de Janeiro, cidade sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas (onde houve o maior protesto nacional) a marcha foi até o chamado Bulevar Olímpico, porém longe de radicalizar na ação contra o governo Temer e gerar um fato político nacional que denunciaria ao mundo o Golpe Institucional, a direção do protesto tratou de dispersar o ativismo no auge da manifestação, quando este poderia ultrapassar os limites do pacifismo pequeno-burguês. O elemento central neste amplo arco político é que desde o PT, passando pelo PCdoB, além do PSOL e do MAIS, todos os agrupamentos reformistas, socialdemocratas e revisionistas presentes uniram-se em torno de uma “saída” dentro dos marcos do regime político e do respeito à institucionalidade burguesa. No máximo chegam a defender a convocação de uma Assembleia Constituinte, como o MRT e a CST, todos em uníssono não rompem com os instrumentos legais da democracia dos ricos, desejam “radicalizá-la” ou aperfeiçoá-la sem defender uma alternativa de poder dos trabalhadores contra a ordem capitalista. 

Como alternativa as "Eleições Já", os Revolucionários 
ergueram a bandeira de "Abaixo Temer, Greve Geral"
A exceção explícita a este consenso fincado na colaboração de classes foi a intervenção da militância revolucionária da LBI neste “Grito dos Excluídos”. Em várias capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza (ver fotos) a LBI defendeu o “Abaixo Temer, Construir a Greve Geral” como o eixo político para alavancar a luta direta dos trabalhadores contra o ajuste neoliberal. Denunciamos que em Fortaleza, a PM do filhote da Oligarquia Gomes, Camilo Santana, filiado ao PT, reprimiu a marcha contra Temer no seu encerramento, lançando bombas de gás lacrimogênio ao "melhor" estilo do fascista Alckmin. Nossa militância comunista atou dentro de suas limitadas forças com o objetivo de construir as condições políticas para forjar, no calor do combate direto, a consciência de classe necessária para derrubar o governo pró-imperialista e entreguista de Temer pela via da Revolução Proletária, justamente no momento em que esse capacho do capital internacional anuncia em pleno 07 de setembro, dia da pretensa “independência nacional”, planos de submeter à nação à completa subordinação ao imperialismo e seus planos neocolonialistas, pela via das privatizações, da reforma da previdência e dos ataques às conquistas operárias, sabotando por completo todo o resquício de soberania nacional de nosso país!
No ato em Fortaleza, militantes da LBI defendem ação direta para derrubar Temer