FRENTE POPULAR LIMITA RADICALIZAÇÃO NO “GRITO DOS EXCLUÍDOS”
PARA NÃO DERRUBAR O GOVERNO TEMER, APOSTANDO SUAS FICHAS NAS ELEIÇÕES BURGUESAS
Combativa coluna da LBI no "Grito dos Excluídos" no Rio de Janeiro |
As manifestações deste domingo 07 de setembro, convocadas
como parte do “Grito dos Excluídos”, reverteram-se em massivos atos políticos
contra o governo golpista de Michel Temer (PMDB). Em todo país houve protestos
nas capitais com relativo peso político, agrupando amplos setores do ativismo classista
que combateu o Golpe Institucional contra a gerentona petista, Dilma Rousseff.
Apesar da importância das mobilizações, a Frente Popular atuou para não
radicalizar a luta direta contra o canalha golpista. Esse fato demonstra que a direção
do PT e da CUT, junto com o MST e a chamada “ala progressista” da Igreja
Católica desejam levar a campanha contra o gerente neoliberal do PMDB em baixo
impacto, visando capitalizar o desgaste do governo parido do impeachment no
terreno eleitoral tanto agora em 2016 como na futura disputa presidencial em
2018. Nesse engodo distracionista, o PSOL busca credenciar-se como alternativa “à
esquerda” domesticada junto ao eleitorado da Frente Popular atuando no marco do
chamado “campo democrático”, que se opõe a Temer e aos seus aliados
demo-tucanos, porém foi crítico ao ajuste neoliberal imposto por Dilma. O que ficou
evidente nos atos deste domingo foi a flagrante unidade entre todas as forças
políticas em defesa das “Eleições Gerais”. Tanto que no Rio de Janeiro, cidade sede
das Olimpíadas e Paraolimpíadas (onde houve o maior protesto nacional) a marcha
foi até o chamado Bulevar Olímpico, porém longe de radicalizar na ação contra o
governo Temer e gerar um fato político nacional que denunciaria ao mundo o
Golpe Institucional, a direção do protesto tratou de dispersar o ativismo no
auge da manifestação, quando este poderia ultrapassar os limites do pacifismo
pequeno-burguês. O elemento central neste amplo arco político é que desde o PT,
passando pelo PCdoB, além do PSOL e do MAIS, todos os agrupamentos reformistas,
socialdemocratas e revisionistas presentes uniram-se em torno de uma “saída”
dentro dos marcos do regime político e do respeito à institucionalidade burguesa.
No máximo chegam a defender a convocação de uma Assembleia Constituinte, como o
MRT e a CST, todos em uníssono não rompem com os instrumentos legais da
democracia dos ricos, desejam “radicalizá-la” ou aperfeiçoá-la sem defender uma
alternativa de poder dos trabalhadores contra a ordem capitalista.
Como alternativa as "Eleições Já", os Revolucionários ergueram a bandeira de "Abaixo Temer, Greve Geral" |
A exceção explícita a este consenso fincado na colaboração
de classes foi a intervenção da militância revolucionária da LBI neste “Grito
dos Excluídos”. Em várias capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza (ver fotos)
a LBI defendeu o “Abaixo Temer, Construir a Greve Geral” como o eixo político
para alavancar a luta direta dos trabalhadores contra o ajuste neoliberal. Denunciamos que em Fortaleza, a PM do filhote da Oligarquia Gomes, Camilo Santana, filiado ao PT, reprimiu a marcha contra Temer no seu encerramento, lançando bombas de gás lacrimogênio ao "melhor" estilo do fascista Alckmin. Nossa militância comunista atou dentro de suas limitadas forças com o objetivo
de construir as condições políticas para forjar, no calor do combate direto, a
consciência de classe necessária para derrubar o governo pró-imperialista e
entreguista de Temer pela via da Revolução Proletária, justamente no momento em
que esse capacho do capital internacional anuncia em pleno 07 de setembro, dia
da pretensa “independência nacional”, planos de submeter à nação à completa
subordinação ao imperialismo e seus planos neocolonialistas, pela via das
privatizações, da reforma da previdência e dos ataques às conquistas operárias,
sabotando por completo todo o resquício de soberania nacional de nosso país!
No ato em Fortaleza, militantes da LBI defendem ação direta para derrubar Temer |