MAIS UM TRABALHADOR NEGRO MORTO PELA POLÍCIA ASSASSINA NOS
EUA: TODO APOIO AS MOBILIZAÇÕES DA RESISTÊNCIA PROLETÁRIA NEGRA EM SUA LUTA
HEROICA CONTRA O APARATO REPRESSOR RACISTA!
Acaba de ser divulgado na internet o vídeo que mostra o
momento em que policiais assassinam o trabalhador negro de 43 anos Keith Scott em
Charlotte, nos EUA. As imagens certamente aumentarão as manifestações que
continuam cinco dias depois da morte em Carolina do Norte. Centenas de pessoas
saíram nesta semana às ruas das principais cidades dos Estados Unidos pela
quinta noite consecutiva para protestar contra as mortes de negros nas
mãos da polícia. Os manifestantes participaram das passeatas convocadas pelo movimento
“Black Lives Matter” (As vidas dos negros importam), surgido há dois anos após
a morte de outro afro-americano em Ferguson (Missouri). A viúva de Keith Lamont
Scott publicou outro vídeo em que ela é vista pedindo aos agentes que não atirem em seu marido, que
gritava que estava desarmado. No vídeo gravado por Rakeyia, ela grita dizendo:
“não disparem, não está armado, não vai fazer nada contra vocês”. A mulher
explica aos policiais que Scott tinha tomado seu remédio para tratar a lesão
traumática cerebral de que padecia. Escuta-se um policial advertindo Scott e
posteriormente se escuta quatro disparos, Rakeyia grita então para os agentes
“Atiraram nele? Atiraram nele? É melhor que ele não esteja morto”. Scott foi
assassinado quando os policiais perseguiam outro indivíduo negro em um complexo de
apartamentos. Sua morte provocou uma onda de protestos que já dura 5 dias e que,
fruto da repressão aos manifestantes, deixou um novo morto e vários feridos. Na
noite de quinta-feira as autoridades decretaram o estado de emergência e o
toque de recolher na cidade, ao que se somou a chegada da Guarda Nacional
enviada sob as ordens de Obama. Cinicamente, o informe policial assegura que
Scott estava armado e pressupunha “ameaça de morte iminente” para eles, um
relato que testemunham negam, enquanto a família diz que o falecido portava um
livro. Desde a LBI deixamos claro que toda nossa solidariedade está
incondicionalmente com o movimento negro que resiste a repressão estatal e ao
genocídio dos trabalhadores e jovens plebeus negros. Consideramos justo e
legítimo o ódio do povo negro, compreendemos que a melhor forma de combater a
ofensiva assassina da nova KKK e dos bandos fascistas apoiados pela polícia ou
a violência desferida diretamente pelo aparato estatal comandado por Obama é a
formação de milícias de auto-defesa unindo trabalhadores negros e brancos
contra a exploração e o racismo. Reafirmamos que hoje nos EUA não vacilamos em
dizer que toda nossa simpatia e solidariedade estão com os jovens negros e seu
“ardente desejo de vingança”, que lutam com as “armas” que tem a mão contra o
terror estatal e fascista no coração dos EUA, forjando um partido
revolucionário e internacionalista para dar consequência política e
programáticas a essas ações pontuais que apesar de corajosas são limitadas na
luta contra o imperialismo ianque. Nesse
sentido, para derrotar a ofensiva assassina do Estado capitalista e a bárbara
ação policial deve-se construir milícias de autodefesa do povo pobre e dos
trabalhadores, convocando uma paralisação geral nas principais cidades dos EUA!
Os lutadores que estão nas ruas nos EUA não podem ter nenhuma ilusão na justiça
capitalista e em seu Estado, são instrumentos de classe da burguesia contra os
trabalhadores!
Devem combater pela liquidação do imperialismo ianque unindo o povo pobre,
negro com o conjunto da classe trabalhadora explorada contra o regime de
opressão e espoliação capitalista mais forte do planeta! Como não há um
contraponto revolucionário à degradação de uma sociedade doente que recorre a
um estado policial contra seu próprio povo, a humanidade tende a caminhar para
a barbárie imposta pelo império decadente. Desgraçadamente, se não houver uma
direção política que aponte uma saída comunista para os trabalhadores de todo o
planeta, assassinatos racistas, carnificinas neonazistas e guerras genocidas acontecerão
como norma de sobrevivência do regime capitalista senil. Sem a intervenção do
proletariado nesta conjuntura fascistizante em defesa da liquidação deste
estado policial representados por Obama, Hillary e Trump, o capitalismo não se
extinguirá, nem cairá de podre, ao contrário, arrastará a humanidade para a
barbárie. Estamos vendo a volta com força do fascismo ianque em escala interna
e planetária. Para que não se repitam novas cenas sanguinárias como o
assassinato diário de negros dentro e fora dos EUA, somente a ação
revolucionária do proletariado mundial poderá reverter estas tendências
nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo de produção capitalista e
tendo como estratégia a imposição de seu próprio projeto de poder socialista.