A LIT acaba de elaborar
um “balanço” – escandaloso – dos três anos do conflito na Síria. Com todas as
letras se coloca ao lado dos “rebeldes”, armados pelas potências imperialistas
e Israel, contra o governo de Assad. Até aí nenhuma surpresa! O que chama atenção
é que os morenistas reclamam abertamente do suposto “tímido” apoio da Casa
Branca aos mercenários sírios! Os ataques do enclave sionista nos arredores de
Damasco, o fornecimento de armas via Turquia pela OTAN e os atos terroristas
contra o território sírio não bastam! Como o povo sírio não se dobrou aos
ditames do imperialismo, a LIT junto com várias ONGs pró-imperialistas (ver
cartaz), está organizando para 31 de maio um “Dia Global de Solidariedade com a
Revolução Síria”, cujo eixo é reivindicar dos EUA, da União Europeia e seus
títeres mais armas pesadas para os “rebeldes amantes da democracia”: “É
necessário exigir de todos os governos do mundo, começando por aqueles países
da região que são parte da revolução, como Egito, Tunísia e Líbia, que rompam
relações diplomáticas e comerciais com a ditadura de Assad e que enviem aviões,
tanques e armas pesadas, medicamentos, alimentos e todo tipo de apoio material
para as milícias rebeldes, para que estas possam derrotar e acabar com este
regime que oprime o povo sírio” (Cercar a Revolução Síria com solidariedade
ativa - Suplemento Correio Internacional, 22/05). Trata-se de um verdadeiro
chamado à intervenção militar na Síria em socorro aos “rebeldes” não só pelos
exércitos controlados pelo Pentágono no Oriente Médio e Norte da África (Egito,
Líbia e Tunísia), mas pelo próprio imperialismo, já que “todos os governos do
mundo” obviamente inclui EUA, Israel, França, Inglaterra e Itália!!!
Ao mesmo tempo em que conclama o imperialismo agredir a Síria ainda com mais intensidade, a LIT ataca violentamente o Hezbollah, assim como denuncia o apoio dos governos da Venezuela e Irã ao governo de Assad, também alvos da ofensiva neocolonialista da Casa Branca. Segundo os morenistas, “A contraofensiva do regime, que parecia esgotado e amargurava uma série de derrotas pontuais, baseia-se em um elemento novo e de muita importância política e militar: a entrada de forma aberta e contundente dos combatentes do Hezbollah, a partido-milícia xiita libanês, no campo militar da ditadura síria. Desta forma, o Hezbollah, que conseguiu uma importante autoridade e admiração de milhares de ativistas em todo o mundo por ter derrotado a invasão de Israel ao Líbano em 2006, na guerra civil síria está cumprindo um papel literalmente contrarrevolucionário, colocando toda sua autoridade política e seu poder militar a serviço da sustentação da ditadura da família Assad. Este elemento leva-nos a reafirmar uma conclusão: a esta altura da guerra civil, a ditadura mantém-se no poder fundamentalmente devido ao apoio externo que recebe, como é sabido, não só do Hezbollah, mas também do regime teocrático e reacionário do Irã, que lhe proporciona mísseis e especialistas militares; da Rússia, que lhe provê armas modernas e dispositivos antiaéreos, além de todo o trabalho diplomático e o peso de sua base naval em Tartus; e de países como a Venezuela governada pelo chavismo, que lhe fornece uma parte do combustível utilizado pela aviação do regime para bombardear os rebeldes e a população civil”. Como se observa, trata-se de uma política de completo alinhamento político e militar destes revisionistas canalhas aos planos belicistas do Pentágono, sem meias palavras. O ataque da LIT ao Hezbollah, assim como ao Irã e a Venezuela, enquanto os morenistas chamam os EUA e Israel a apoiarem os mercenários sírios, é uma prova contundente de que estamos diante de uma força política corrompida política e materialmente que se passou de malas e bagagens para o terreno da contrarrevolução!
Ao mesmo tempo em que conclama o imperialismo agredir a Síria ainda com mais intensidade, a LIT ataca violentamente o Hezbollah, assim como denuncia o apoio dos governos da Venezuela e Irã ao governo de Assad, também alvos da ofensiva neocolonialista da Casa Branca. Segundo os morenistas, “A contraofensiva do regime, que parecia esgotado e amargurava uma série de derrotas pontuais, baseia-se em um elemento novo e de muita importância política e militar: a entrada de forma aberta e contundente dos combatentes do Hezbollah, a partido-milícia xiita libanês, no campo militar da ditadura síria. Desta forma, o Hezbollah, que conseguiu uma importante autoridade e admiração de milhares de ativistas em todo o mundo por ter derrotado a invasão de Israel ao Líbano em 2006, na guerra civil síria está cumprindo um papel literalmente contrarrevolucionário, colocando toda sua autoridade política e seu poder militar a serviço da sustentação da ditadura da família Assad. Este elemento leva-nos a reafirmar uma conclusão: a esta altura da guerra civil, a ditadura mantém-se no poder fundamentalmente devido ao apoio externo que recebe, como é sabido, não só do Hezbollah, mas também do regime teocrático e reacionário do Irã, que lhe proporciona mísseis e especialistas militares; da Rússia, que lhe provê armas modernas e dispositivos antiaéreos, além de todo o trabalho diplomático e o peso de sua base naval em Tartus; e de países como a Venezuela governada pelo chavismo, que lhe fornece uma parte do combustível utilizado pela aviação do regime para bombardear os rebeldes e a população civil”. Como se observa, trata-se de uma política de completo alinhamento político e militar destes revisionistas canalhas aos planos belicistas do Pentágono, sem meias palavras. O ataque da LIT ao Hezbollah, assim como ao Irã e a Venezuela, enquanto os morenistas chamam os EUA e Israel a apoiarem os mercenários sírios, é uma prova contundente de que estamos diante de uma força política corrompida política e materialmente que se passou de malas e bagagens para o terreno da contrarrevolução!
Não por acaso, o artigo
da LIT declara que “O processo na Síria é principal confronto da revolução e da
contrarrevolução mundial hoje” e prognostica: “Nestes momentos em que o regime
de Assad empreende uma brutal contraofensiva com a colaboração do Hezbollah e
com armas e assessores militares do Irã e da Rússia, baseada em ações genocidas
contra o povo sírio, como os massacres atrozes e o uso de gases tóxicos,
reiteramos que não existe tarefa mais urgente do que envolver com todo o apoio
e solidariedade ativa a causa da revolução síria. Trata-se do principal
confronto, atualmente, da revolução e da contrarrevolução mundial. Uma vitória
ou uma derrota na Síria teriam impactos muito fortes na região do Oriente Médio
e no mundo” (Suplemento Correio Internacional, 22/05). De fato, uma vitória do
imperialismo na Síria após destruição da Líbia pela OTAN, que depois do
assassinato de Kadaffi encontra-se totalmente sob o controle das transnacionais
do petróleo, consolida uma etapa de aberta ofensiva imperialista mundial contra
os povos que se aprofunda desde a queda do Muro de Berlim e da liquidação da
URSS. Nesse sentido, os planos de Obama contra a Síria e o Irã fazem parte de
uma estratégia global para a transição em 2016 para uma gestão republicana com
traços cada vez mais fascistas.
Como nos ensinou
Trotsky, em meio a uma guerra é necessário tomar posição clara. A LIT
encontra-se no campo do imperialismo, os revolucionários leninistas se postam
incondicionalmente no terreno das nações oprimidas atacadas, em frente única
com os governos burgueses e as forças populares que o apoiam, como o Hezbollah,
mas com total independência política diante deles. Até o momento não ocorreu
uma intervenção imperialista direta porque os EUA temem que esta ação
desestabilize o conjunto da região em um conflito de grandes proporções que
saia do seu controle, com uma nova guerra civil no Líbano, na Palestina e o
maior envolvimento do Irã no conflito. O Pentágono vem optando justamente por
aumentar a ajuda militar aos “rebeldes”, como clama a LIT, para desestabilizar
“internamente” o governo Assad que conta com forte apoio popular. Porém, os
recentes ataques de Israel provam que uma agressão militar direta de modo algum
está descartada. A “conferência de paz” marcada para junho visa justamente
pressionar ainda mais a Rússia e a China a rifarem Assad. O regime de Damasco,
pela sua própria natureza de classe, insiste em confiar em seus aliados
capitalistas “russos e chineses”, um grave equívoco político e militar que pode
enfraquecer terrivelmente a resistência nacional a ofensiva brutal do
imperialismo que se avizinha. O proletariado mundial deve permanecer alerta à
nova guerra de rapina que o imperialismo prepara, e assim como ocorreu no
Vietnã desencadear a mais ampla solidariedade com os povos e nações atacadas pela
besta imperial, denunciando como uma ação pró-imperialista o “Dia Global de
Solidariedade com a Revolução Síria” marcado para 31 de maio, organizado pela
LIT em conjunto com ONGs. O amargo exemplo da desastrosa derrota sofrida na
Líbia onde a quase totalidade da “esquerda” postou-se no campo da
contrarrevolução não deve se repetir, sob pena de enfrentarmos o pior
retrocesso histórico desde a ascensão do nazismo.
A LIT clama para que o
imperialismo seja ainda mais duro em suas medidas contra a Síria. Em sua
“denúncia” de por que Obama e a OTAN supostamente estariam protelando um ataque
militar a Síria, o PSTU cinicamente alega que “Em síntese, o imperialismo,
impossibilitado de intervir militarmente, faz um jogo no qual, por um lado se
localiza do lado da oposição ao regime, sobretudo da moderada Coalizão Nacional
Síria, mas condicionando até sua autoridade, bem como não está disposto a armar
os rebeldes para derrubar Assad e, por outro, também não pode permitir um
esmagamento militar dos rebeldes pela ditadura. Um equilíbrio difícil que
aponta a um desgaste geral para forçar uma saída negociada. Para isso, valeu-se
da força militar de seu enclave dentro da região, Israel, para demonstrar a
Assad e sua guarda pretoriana que a melhor solução ao conflito seria seguir o
caminho que os Estados Unidos e seus aliados estão traçando: um acordo por cima
para evitar um triunfo revolucionário das massas sírias” (Suplemento Correio
Internacional, 22/05). Desta forma, esses falsários pró-OTAN chegam ao delírio
de afirmar que o governo nazi-sionista de Israel sustenta o regime de Assad
para deter o avanço da “revolução árabe”, justamente quando o Mossad financia
os “rebeldes” para debilitar a oligarquia síria devido a seu apoio militar ao
Hezbollah, visando substituí-la por um marionete aliado e submisso
integralmente a seus ditames! A LIT cinicamente ainda lamenta a suposta timidez
das grandes potências capitalistas no tratamento ao governo sírio, reclamando
“em que pese algumas declarações formais contra a violenta repressão, a ONU e
os países imperialistas, especialmente os EUA, silenciam diante deste
verdadeiro ‘banho de sangue’”. Para a LIT, não basta condenações formais,
pressões diplomáticas, sanções econômicas, ataques terroristas que geram
terríveis consequências ao povo sírio, é preciso agir, ou seja, intervir já
militarmente “contra a ditadura Assad”, assim como fizeram a ONU e a OTAN na
Líbia.
Em oposição à farsesca
“revolução árabe” difundida pela esquerda pró-OTAN, é evidente que os EUA estão
concentrando sua ofensiva “diplomática” neste momento contra a Síria, mas seu
alvo belicoso principal está mesmo focado no Irã. Porém, para ter sucesso em
sua investida contra o regime dos Aiatolás, depende da neutralização dos
adversários militares de Israel em toda região, como Assad. Colocando o governo
burguês de Assad na defensiva, sob o pretexto da violação dos direitos humanos
contra uma oposição nazi-sionista, o imperialismo ianque e seus “sócios” buscam
isolar o Irã de possíveis aliados, em sua próxima aventura guerreirista! Está
colocado frente à escalada política e militar do imperialismo em apoio aos
“rebeldes” made in CIA na Síria, assim como fez na Líbia, combater para que a
luta dos povos do Oriente Médio não sirva para o imperialismo debilitar os regimes
que têm fricções com a Casa Branca (Irã e Síria), ou mesmo como cínico pretexto
para justificar intervenções militares “humanitárias” como a que ocorreu na
Líbia. Cabe aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o
imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas das massas árabes,
postarem-se em frente única com os governos das nações atacadas ou ameaçadas
pelas tropas da OTAN e combater os planos de agressão das potências
capitalistas sobre os países semicoloniais da região, desmascarando
vigorosamente aqueles que se fingindo de “esquerda” avalizam a sanha
neocolonialista de Obama e seus sócios.