Em lembrança ao 5º aniversário
de morte do dirigente trotsquista boliviano Guillermo Lora, o Blog da LBI
republica um artigo elaborado em março de 2011 sobre as vergonhosas posições assumidas
pela TPOR durante o covarde ataque da coalizão imperialista contra a Líbia. Com
a morte de Lora seus seguidores revisionistas no Brasil parecem ter
"esquecido" uma das principais lições de seu legado político: a
Frente Única Anti-imperialista. A TPOR não teve o menor escrúpulo ao se juntar
a grande "família" revisionista (PSTU, PCO, LER etc.) para objetivamente
apoiar o bombardeio da OTAN sobre a nação oprimida, em nome de uma suposta "luta
de massas" em oposição ao "ditador" Kadaffi. Negando visceralmente a teoria leninista acerca da centralidade do combate anti-imperialista, a TPOR coloca na lata do lixo da História este princípio programático que deve reger a intervenção dos genuínos trotsquistas na luta de classes em nível mundial. Por este gravíssimo erro os revisionistas da TPOR hoje "repetem a dose" da traição de classe quando se negam a estabelecer a Frente Única Anti-imperialista na Síria, ameaçada pelas provocações bélicas do imperialismo ianque.
Com a morte de Guillermo
Lora, o POR (Brasil) perde de vez o fio e o prumo do programa revolucionário
Nos últimos dias os
prognósticos para a crise na Líbia por nós levantados vêm tragicamente se
confirmando. As pressões políticas e militares do imperialismo sobre o governo
líbio com a criação de uma “zona de exclusão aérea” e o deslocamento de navios
anfíbios de guerra com centenas de fuzileiros à bordo através do Canal de Suez
rumo ao Mediterrâneo para atracar no litoral de Trípoli são típicas ameaças de
uma guerra de ocupação. Mas o fato que mais revelou o embuste da tal “revolução
Líbia” pelo seu conteúdo político reacionário foi o pedido feito pelos
“rebeldes” de ajuda à ONU para que esta autorize uma operação militar da OTAN
para bombardear as tropas leais a Kadaffi. Os “gloriosos” insurgentes
pró-democracia especificaram ainda que não era o momento de uma invasão por
terra e que agradeciam a restrição aérea monitorada pela OTAN. Aqui se
dissolvem como sorvete ao sol as delirantes teses da esquerda revisionista, a
qual o POR brasileiro integrou-se sem pudores, segundo as quais o imperialismo
ianque teria adotado a estratégia de “ajudar” Kadaffi a derrotar a “revolução
democrática”.