O pilantra Gustavo ao
lado de seu novo chefe
A trajetória venal de
Gustavo Vera ou quanto custou ao Vaticano comprar um “quadro” revisionista
Gustavo Vera, que também
atendia pelo seu codinome político de Sérgio Romero como era mais conhecido
quando dirigia o “Partido Bolchevique” argentino na década de 90, foi eleito
vereador na capital Buenos Aires na última eleição parlamentar (2013) graças ao
decidido apoio (material e político) do Papa Francisco. Não seria nenhuma
surpresa que o novo Papa argentino procurasse construir em seu próprio país uma
corrente partidária que lhe servisse de apoio político para suas demagógicas
iniciativas “eclesiais”, afinal o cardeal portenho Bergoglio teve uma longa “ficha”
de suporte à ditadura militar. A grande “surpresa” foi se utilizar justamente
de um “quadro” revisionista do Trotsquismo para esta tarefa nada “angelical”.
Gustavo Vera dissolveu seu agrupamento revisionista no início da década passada
e desde de então vem oferecendo seus “serviços” de militante a várias frações
políticas da burguesia, iniciando pelo Kirchnerismo até chegar na oposição
conservadora onde acabou se abrigando na arquidiocese portenha. Para tanto, Gustavo, como todo pilantra de “esquerda”, fundou uma ONG (fundação Alameda)
que supostamente tem suas atividades focadas no combate ao tráfico de pessoas e
ao trabalho escravo. A LBI fez parte de uma mesma tendência internacional com o
“PB” argentino por cerca de três anos, quando resolvemos romper publicamente as
relações políticas em 1998, em razão do profundo oportunismo programático de
Gustavo (então Sérgio Romero) travestido de um “obreirismo ortodoxo”. Naquele
período já delimitávamos com este falso “esquerdismo” que advogava um giro
proletário absoluto do partido em detrimento da formação de quadros dirigentes
(incluindo os de origem social pequeno burguesa), formados no criterioso estudo
da teoria do Marxismo Leninismo.
Como afirmou Trotsky,
cabe à própria história da luta de classes estabelecer o veredito final das
polêmicas ácidas travadas no campo do movimento operário. Passados quinze anos
de nosso rompimento com o “PB” pode-se aferir que a trajetória política de seu
dirigente máximo, Gustavo, nada teve a ver com um brusco “giro proletário”,
pelo contrário foi em linha reta corrompido pela burguesia argentina, acabando
por representar uma instituição ultrarreacionária, como a “santa” Igreja
Católica. Gustavo agora se lança a disputar uma vaga de deputado nacional, nas
eleições gerais do ano que vem, no mesmo eixo de aliança com a direita “Sojera”
e “Macrista” contra o governo da centro esquerda burguesa de Cristina, deverá
ser eleito com o pesado apoio papal. O decomposto revisionista que “jurava”
dedicação absoluta ao “trabalho operário” acabou pedindo a “benção do Papa”
para ascender a um posto parlamentar do estado capitalista.
O escandaloso caso de
Gustavo Vera e seu extinto “PB” não é o primeiro e nem será o último da
vergonhosa cooptação material de “quadros” da esquerda revisionista para o
campo político da burguesia. Nas fileiras da LIT e do Lambertismo pode-se
encontrar muitos exemplos similares. Nos chama atenção que aqui no Brasil uma
tal de “Folha do Trabalhador” venha compartilhando recentemente em sua página no “Face”
artigos e publicações do degenerado Gustavo (que também é "amigo" da tal Folha), talvez porque também tenha
identidade de se colocar à venda para algum aparato. Este “grupo” revisionista
chegou a caracterizar a imunda trajetória venal do “PB” como uma simples “incompreensão teórica” da ruptura realizada por Gustavo com o Altamirismo no final dos
anos 80.