JB sai da presidência do
STF e se aposenta precocemente: É a hora de “realizar os lucros” dos negócios
celebrados
O anúncio da
aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, retirando-se não só da
presidência do STF, mas definitivamente também da própria Corte, pela via de
uma aposentadoria aos 59 anos de idade, surpreendeu a alguns incautos e muitos “crédulos”
(incluindo neste saco a esquerda revisionista) da mídia “murdochiana”. Mas não
para nós da LBI que há muito tempo vínhamos delimitando com a farsa do
julgamento chamado de “Mensalão”, realizado o trabalho “sujo” era hora de sair
de “campo” e retirar os holofotes do novo “herói nacional”, que agora espera “colher”
os lucros de todos os negócios realizados. JB renúncia à presidência do Supremo
cinco meses antes do término de sua gestão e, não por coincidência, evita assim
enfrentar o resultado das eleições presidenciais, que deverão dar ao PT o
quarto mandato consecutivo. O PIG produziu o espetáculo do julgamento do “Mensalão”
para desmoralizar o conjunto da esquerda, porém ao mesmo tempo “fabricou” um
aprendiz de feiticeiro que ousou ocupar o papel político da oposição burguesa
conservadora. Acalentado pela poderosa máfia das organizações Globo, JB
pretendia assumir a vaga de Aécio ou Campos na disputa para derrotar Dilma, mas
nem o Tucano e tampouco o ex-governador pernambucano estavam dispostos a abdicar
do “privilegiado” posto do anti-PT. As classes dominantes não estão mais
dispostas a entregar a gerência do seu estado a um aventureiro da política,
como fizeram com Collor em 89. Sem espaço no papel de protagonista central nas
próximas eleições e sem aceitar a vaga de coadjuvante previamente derrotado,
restou a JB organizar a “retirada” do Supremo para junho, com vencimentos
integrais, passando por cima inclusive de todo o discurso ético da “moralidade
pública”.
Agora em minoria no
plenário do STF, o melhor caminho para JB seria mesmo o de se afastar do centro
do cenário nacional, para não ser ele próprio alvo de alguma “revanche” dos “colegas”
de Corte ou mesmo de algum setor do estado burguês afetado pelos seus
espetaculosos atos midiáticos. Como Ministro do STF, mas sem o “poder” da
presidência nas mãos, o “capitão do mato” estaria bem mais vulnerável a
investigações acerca do vertiginoso crescimento de seu patrimônio pessoal. A “solução”
da aposentadoria foi muito bem costurada politicamente por um acordo das elites
burguesas, o que obviamente também envolveu o crivo do Palácio do Planalto.
Para o governo do PT a
saída de Barbosa assegura bem mais estabilidade jurídica para sua próxima
gestão, que já ocupa a estratégica presidência do TSE e a partir de junho “ganha”
também a direção máxima do STF, na posse de Lewandowski. Para os Demo-Tucanos
fica a certeza de que seus “criminosos” continuarão impunes, inclusive os
piores escroques da nação, como os ex-governadores Arruda e Azeredo. As “viúvas”
de Barbosa já começam a espalhar nos bastidores imundos de Brasília que seu “herói”
foi traído e que este não merecia a saída pela “porta dos fundos”, mas na
política burguesa sempre é assim, os estafetas recebem o seu “cachê” e são
obrigados a sair de cena, sob pena de um fim bem mais trágico.