Lula passa
por cima do PT e até do governo Dilma para empenhar seu apoio aos candidatos do
PMDB
Em reunião
ocorrida ontem (19/05) na cidade de São Paulo, entre Lula e a cúpula mafiosa
máxima do PMDB, o ex-presidente assegurou seu apoio político (pessoal) para
alguns candidatos a governador do PMDB, que não contam com o aval dos
diretórios estaduais do PT e também com a simpatia do governo Dilma. Pelo PMDB
estiveram no encontro com Lula nada menos que os senadores Valdir Raupp, Renan
Calheiros, José Sarney, Vital do Rego e Eunício Oliveira, diante dos “capos” o
presidente de honra do PT confirmou que apoiará o candidato do PMDB ao governo
do estado do Ceará, embora Dilma e o PT regional já tenham declinado sua
preferência em favor da reeleição da oligarquia dos Ferreira Gomes, que ainda
não se decidiram por um nome do “clã”. O anúncio de Lula gerou surpresa e até
mesmo um certo “mau estar” nas fileiras do PT nacional, que já tinha se
comprometido com os Ferreira em função do apoio destes a reeleição de Dilma,
provocando inclusive o primeiro “racha” nas hostes do PSB de Eduardo Campos. Na
semana passada o PT fechou o acordo com o PMDB do Amazonas, aumentando a
pressão política para que Lula anunciasse seu apoio aos candidatos do Rio e
Ceará, o que parece que está se encaminhando... O fator determinante para esta “virada”
Lulista foi mesmo os desdobramentos da CPI da PETROBRAS, sabotada e controlada
plenamente pelos senadores do PMDB, ao que tudo indica Lula temia mais a
investigação da estatal no Congresso Nacional do que mesmo a presidenta Dilma.
Agora resta ao PT decidir se segue a nova orientação eleitoral do seu “líder
máximo” ou se mantém fiel às conveniências políticas do Palácio do Planalto.
Sem dúvida alguma a decisão de Lula em anunciar seu apoio ao senador Eunício Oliveira, que pertenceu ao seu governo ocupando a pasta das Comunicações, logo após a presidenta Dilma reafirmar publicamente sua adesão ao candidato dos Ferreira Gomes no Ceará, causará o primeiro conflito aberto entre os dois “caciques” petistas. O governador Cid vem enfrentando dificuldades para encontrar um nome confiável para sua sucessão, em seu novo partido de aluguel (PROS) acontece uma verdadeira “rebelião”, tanto a nível regional como nacional. No estado o vice-governador, Domingos Filho (PROS), não abre mão de sua indicação, causando fúria no “coronel” Ciro Gomes que pretendia indicar outro estafeta para o cargo de governador, e no plano nacional a quadrilha do deputado Givaldo Carimbão reivindica para o PROS alagoano o Ministério da Integração Nacional, atualmente sob o férreo controle da oligarquia dos Ferreira. No meio deste impasse Ciro e seu irmão “mamulengo” apostaram todas suas fichas no respaldo dado a eles por Dilma para derrotar Eunício, que até pouco flertava com os Tucanos cearenses. Correndo por fora está o grupo da ex- prefeita de Fortaleza Luizianne Lins que defende uma candidatura própria do PT, contra a direção estadual do seu próprio partido comprada e cooptada integralmente pelo governo do PROS. Se mantido este quadro eleitoral, teremos no Ceará o confronto “sui generis” de dois palanques burgueses, um pilotado por Lula e seus amigos do mafioso PMDB e outro comandado por Dilma e seus acólitos da oligarquia Gomes.
Com a divulgação das novas “pesquisas” eleitorais que apontaram uma queda substancial da popularidade da presidenta Dilma, começou a barganha geral no campo da burguesia para amealhar ao máximo o botim estatal sob a gerência do PT. As classes dominantes seguem decididas a conceder mais um mandato para este governo de Frente Popular, calçado diretamente no projeto de colaboração de classes. Entretanto os grandes grupos capitalistas nacionais sabem muito bem que o “projeto de poder” do PT está se esgotando historicamente com o declínio do modelo econômico neoliberal baseado na exportação de commodities agrominerais e na contração do “crédito fácil” para aquecer o mercado interno. Por isso mesmo a burguesia pretende proclamar uma vitória muito apertada de Dilma, para preparar as bases políticas da transição em 2018. A candidatura Tucana do despreparado Aécio foi construída para a derrota eleitoral, como afirmou a calejada Marina, porém representa uma importante manobra de chantagem sobre o segundo mandato do governo Dilma.
Se o “modelo” da gerência petista está se esgotando, ainda não há um consenso no seio da burguesia acerca de qual novo “modelo” político seguir, a única unanimidade obtida por enquanto é aprofundar a ofensiva neoliberal contra as parcas conquistas sociais do proletariado brasileiro. Neste cenário ainda difuso sobre o real quadro econômico que atravessa o país, totalmente dependente dos turbulentos mercados internacionais, torna- se um terreno fértil para as fricções políticas, inclusive no interior da própria base aliada da Frente Popular. Para preservar seus respectivos cacifes políticos para um futuro mapa eleitoral, a tendência é que tanto Lula como Dilma abandonem a “própria sorte” os diretórios regionais do PT nestas eleições gerais de 2014.
Para os Marxistas Revolucionários está colocado na ordem do dia a tarefa de utilizar o debate eleitoral em curso nos movimentos sociais, inclusive “aquecendo” as mobilizações contra a Copa, a publicidade Leninista em torno do lançamento de uma anticandidatura operária e popular ao Planalto. As postulações da esquerda reformista (PSOL, PSTU, PCB e o liliputiano PCO) estão todas comprometias com a institucionalidade burguesa, sem que nenhuma delas defenda a Ditadura do Proletariado como a única forma possível para exercer o genuíno poder operário. Sejam os partidos que compuseram juntos a Frente de Esquerda, FE, em 2006 (PSOL, PSTU e PCB), ou o patético PCO em sua tentativa de “renovar” o Altamirismo (atolado até a medula na FIT argentina, a versão portenha da FE brasileira), não configuram uma alternativa radical de rompimento com a ordem capitalista vigente, que somente poderá ser demolida violentamente pela via da revolução socialista.
Sem dúvida alguma a decisão de Lula em anunciar seu apoio ao senador Eunício Oliveira, que pertenceu ao seu governo ocupando a pasta das Comunicações, logo após a presidenta Dilma reafirmar publicamente sua adesão ao candidato dos Ferreira Gomes no Ceará, causará o primeiro conflito aberto entre os dois “caciques” petistas. O governador Cid vem enfrentando dificuldades para encontrar um nome confiável para sua sucessão, em seu novo partido de aluguel (PROS) acontece uma verdadeira “rebelião”, tanto a nível regional como nacional. No estado o vice-governador, Domingos Filho (PROS), não abre mão de sua indicação, causando fúria no “coronel” Ciro Gomes que pretendia indicar outro estafeta para o cargo de governador, e no plano nacional a quadrilha do deputado Givaldo Carimbão reivindica para o PROS alagoano o Ministério da Integração Nacional, atualmente sob o férreo controle da oligarquia dos Ferreira. No meio deste impasse Ciro e seu irmão “mamulengo” apostaram todas suas fichas no respaldo dado a eles por Dilma para derrotar Eunício, que até pouco flertava com os Tucanos cearenses. Correndo por fora está o grupo da ex- prefeita de Fortaleza Luizianne Lins que defende uma candidatura própria do PT, contra a direção estadual do seu próprio partido comprada e cooptada integralmente pelo governo do PROS. Se mantido este quadro eleitoral, teremos no Ceará o confronto “sui generis” de dois palanques burgueses, um pilotado por Lula e seus amigos do mafioso PMDB e outro comandado por Dilma e seus acólitos da oligarquia Gomes.
Com a divulgação das novas “pesquisas” eleitorais que apontaram uma queda substancial da popularidade da presidenta Dilma, começou a barganha geral no campo da burguesia para amealhar ao máximo o botim estatal sob a gerência do PT. As classes dominantes seguem decididas a conceder mais um mandato para este governo de Frente Popular, calçado diretamente no projeto de colaboração de classes. Entretanto os grandes grupos capitalistas nacionais sabem muito bem que o “projeto de poder” do PT está se esgotando historicamente com o declínio do modelo econômico neoliberal baseado na exportação de commodities agrominerais e na contração do “crédito fácil” para aquecer o mercado interno. Por isso mesmo a burguesia pretende proclamar uma vitória muito apertada de Dilma, para preparar as bases políticas da transição em 2018. A candidatura Tucana do despreparado Aécio foi construída para a derrota eleitoral, como afirmou a calejada Marina, porém representa uma importante manobra de chantagem sobre o segundo mandato do governo Dilma.
Se o “modelo” da gerência petista está se esgotando, ainda não há um consenso no seio da burguesia acerca de qual novo “modelo” político seguir, a única unanimidade obtida por enquanto é aprofundar a ofensiva neoliberal contra as parcas conquistas sociais do proletariado brasileiro. Neste cenário ainda difuso sobre o real quadro econômico que atravessa o país, totalmente dependente dos turbulentos mercados internacionais, torna- se um terreno fértil para as fricções políticas, inclusive no interior da própria base aliada da Frente Popular. Para preservar seus respectivos cacifes políticos para um futuro mapa eleitoral, a tendência é que tanto Lula como Dilma abandonem a “própria sorte” os diretórios regionais do PT nestas eleições gerais de 2014.
Para os Marxistas Revolucionários está colocado na ordem do dia a tarefa de utilizar o debate eleitoral em curso nos movimentos sociais, inclusive “aquecendo” as mobilizações contra a Copa, a publicidade Leninista em torno do lançamento de uma anticandidatura operária e popular ao Planalto. As postulações da esquerda reformista (PSOL, PSTU, PCB e o liliputiano PCO) estão todas comprometias com a institucionalidade burguesa, sem que nenhuma delas defenda a Ditadura do Proletariado como a única forma possível para exercer o genuíno poder operário. Sejam os partidos que compuseram juntos a Frente de Esquerda, FE, em 2006 (PSOL, PSTU e PCB), ou o patético PCO em sua tentativa de “renovar” o Altamirismo (atolado até a medula na FIT argentina, a versão portenha da FE brasileira), não configuram uma alternativa radical de rompimento com a ordem capitalista vigente, que somente poderá ser demolida violentamente pela via da revolução socialista.