domingo, 4 de maio de 2014


Assembleia do STAP: Pela greve geral dos servidores municipais de Guarulhos contra o arrocho salarial imposto pela Prefeitura do PT!

Ano após ano, os servidores municipais de Guarulhos vem sendo lesados pela política de reajuste salarial miserável aplicada pela gerência petista contra os trabalhadores desde os tempos de Elói Pieta, que já vinha dando sequência às administrações neoliberais de seus predecessores como o bandido Jovino Candido do PV e a “famiglia” Thomeu na cidade. Os trabalhadores não esperavam tamanha traição de Sebastião Almeida, atual prefeito do PT, uma vez que este havia sido sindicalista e presidido inclusive o próprio STAP (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos). Mas como o PT há muito se tornou um partido da ordem burguesa, não representa e muito menos defende os interesses de nossa classe, não poderíamos esperar outra coisa senão mais ataques aos trabalhadores para beneficiar os magnatas do capital. Por outro lado, os trabalhadores estão sendo traídos pela direção pelega do STAP/Força Sindical, que há anos encastelados no sindicato da categoria, são os auxiliares na precarização das condições de trabalho e vida dos servidores, mostrando a verdadeira face da burocracia sindical, que atua no sentido de frear os trabalhadores enquanto os governos burgueses e a patronal os massacram. A tarefa central neste momento é reorganizar a oposição dos servidores municipais para derrotar a burocracia sindical, com esta orientação os militantes da Tendência Revolucionária Sindical (LBI) estarão na linha de frente desde combate.

No último dia 28, o STAP, dirigido pela mafiosa Força Sindical, convocou os servidores da educação para uma paralisação de mentirinha, onde compareceram por volta de 2.000 servidores; a concentração teve início na praça Getúlio Vargas, no centro da cidade e depois caminhou por algumas ruas do município até chegar na Secretaria da Educação, onde foi constituída uma comissão para negociar com o secretário. O burocrata mor Pedro Zanotti, presidente do STAP e militante do PCdoB, passou então a utilizar a tática burocrática de esvaziar a assembleia pelo cansaço, quando demorou mais de uma hora para definir os rumos do movimento numa enrolação para evitar a explosão grevista da categoria. No entanto, os trabalhadores perderam a paciência com Zanotti, e passaram a ocupar a recepção do prédio da Secretaria, combatendo as tentativas da burocracia em esvaziar a assembleia, ficando patente o espírito combativo da categoria cansada da precarização a que estão submetidos pelos gerentes municipais petistas a serviço da burguesia.

Precisamos estar atentos para não sermos enganados por esta verdadeira máfia sindical que em conluio com a prefeitura burguesa, não representa os interesses e nem a vontade dos trabalhadores, antes se aliaram aos gerentes de turno das classes dominantes. Nesta última assembleia, os trabalhadores que pressionaram pela greve foram enganados, pois a direção pelega do STAP canalizou o movimento à conciliação com a prefeitura do PT afirmando que não poderiam decidir pela paralisação naquele momento, “pois precisava publicar edital e aguardar 48 horas para fazer tudo dentro da lei”... das leis burguesas, é claro. Primeiro sabemos que a legislação da burguesia é um mecanismo superestrutural para justamente perpetuar a escravidão capitalista e nunca proteger os direitos dos explorados como defendem os burocratas do STAP, agentes da burguesia!

Para que o movimento seja vitorioso, temos que seguir o exemplo de luta dos garis do Rio de Janeiro, que foram traídos pelo sindicato dirigido pelos mafiosos da UGT, porém articularam um forte movimento pela base, que literalmente atropelou o bandido prefeito da “Cidade Maravilhosa”, Eduardo Paez (PMDB), conseguindo entre outras coisas um reajuste de 37% nos salários, além de fortalecer principalmente a união classista dos trabalhadores, servindo como exemplo a ser seguido por todo proletariado brasileiro, sem depositar nenhuma confiança nos governos burgueses, na patronal e nem na burocracia sindical de direita e esquerda (PSTU e PSOL) que amarram os trabalhadores ao inimigo de classe. Quando não aceitamos traições como o STAP está para desferir, podemos atingir nosso objetivo mais imediato que são justamente as vitórias parciais de nossa classe sobre o capital e seus gerentes de turno. Nesta assembléia do dia 5 de maio, todos pela greve por tempo indeterminado contra a gerência burguesa de Almeida (PT)!

OPOSIÇÃO DE LUTA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE GUARULHOS