Assembleia do STAP: Pela greve geral dos servidores municipais de Guarulhos contra o
arrocho salarial imposto pela Prefeitura do PT!
Ano após ano, os
servidores municipais de Guarulhos vem sendo lesados pela política de reajuste
salarial miserável aplicada pela gerência petista contra os trabalhadores desde
os tempos de Elói Pieta, que já vinha dando sequência às administrações neoliberais
de seus predecessores como o bandido Jovino Candido do PV e a “famiglia” Thomeu
na cidade. Os trabalhadores não esperavam tamanha traição de Sebastião Almeida,
atual prefeito do PT, uma vez que este havia sido sindicalista e presidido
inclusive o próprio STAP (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública
Municipal de Guarulhos). Mas como o PT há muito se tornou um partido da ordem
burguesa, não representa e muito menos defende os interesses de nossa classe,
não poderíamos esperar outra coisa senão mais ataques aos trabalhadores para
beneficiar os magnatas do capital. Por outro lado, os trabalhadores estão sendo
traídos pela direção pelega do STAP/Força Sindical, que há anos encastelados no
sindicato da categoria, são os auxiliares na precarização das condições de
trabalho e vida dos servidores, mostrando a verdadeira face da burocracia
sindical, que atua no sentido de frear os trabalhadores enquanto os governos
burgueses e a patronal os massacram. A tarefa central neste momento é reorganizar a oposição dos servidores municipais para derrotar a burocracia sindical, com esta orientação os militantes da Tendência Revolucionária Sindical (LBI) estarão na linha de frente desde combate.
No último dia 28, o
STAP, dirigido pela mafiosa Força Sindical, convocou os servidores da educação
para uma paralisação de mentirinha, onde compareceram por volta de 2.000
servidores; a concentração teve início na praça Getúlio Vargas, no centro da
cidade e depois caminhou por algumas ruas do município até chegar na Secretaria
da Educação, onde foi constituída uma comissão para negociar com o secretário. O
burocrata mor Pedro Zanotti, presidente do STAP e militante do PCdoB, passou
então a utilizar a tática burocrática de esvaziar a assembleia pelo cansaço,
quando demorou mais de uma hora para definir os rumos do movimento numa enrolação
para evitar a explosão grevista da categoria. No entanto, os trabalhadores
perderam a paciência com Zanotti, e passaram a ocupar a recepção do prédio da
Secretaria, combatendo as tentativas da burocracia em esvaziar a assembleia,
ficando patente o espírito combativo da categoria cansada da precarização a que
estão submetidos pelos gerentes municipais petistas a serviço da burguesia.
Precisamos estar atentos
para não sermos enganados por esta verdadeira máfia sindical que em conluio com
a prefeitura burguesa, não representa os interesses e nem a vontade dos
trabalhadores, antes se aliaram aos gerentes de turno das classes dominantes.
Nesta última assembleia, os trabalhadores que pressionaram pela greve foram
enganados, pois a direção pelega do STAP canalizou o movimento à conciliação
com a prefeitura do PT afirmando que não poderiam decidir pela paralisação
naquele momento, “pois precisava publicar edital e aguardar 48 horas para fazer
tudo dentro da lei”... das leis burguesas, é claro. Primeiro sabemos que a
legislação da burguesia é um mecanismo superestrutural para justamente
perpetuar a escravidão capitalista e nunca proteger os direitos dos explorados
como defendem os burocratas do STAP, agentes da burguesia!
Para que o movimento
seja vitorioso, temos que seguir o exemplo de luta dos garis do Rio de Janeiro,
que foram traídos pelo sindicato dirigido pelos mafiosos da UGT, porém articularam
um forte movimento pela base, que literalmente atropelou o bandido prefeito da “Cidade
Maravilhosa”, Eduardo Paez (PMDB), conseguindo entre outras coisas um reajuste
de 37% nos salários, além de fortalecer principalmente a união classista dos
trabalhadores, servindo como exemplo a ser seguido por todo proletariado
brasileiro, sem depositar nenhuma confiança nos governos burgueses, na patronal
e nem na burocracia sindical de direita e esquerda (PSTU e PSOL) que amarram os
trabalhadores ao inimigo de classe. Quando não aceitamos traições como o STAP
está para desferir, podemos atingir nosso objetivo mais imediato que são
justamente as vitórias parciais de nossa classe sobre o capital e seus gerentes
de turno. Nesta assembléia do dia 5 de maio, todos pela greve por tempo indeterminado
contra a gerência burguesa de Almeida (PT)!