Lançamento do novo livro
da Editora “Publicações LBI”
da Editora “Publicações LBI”
Apresentação
A um mês da eleição presidencial de Outubro a Editora “Publicações LBI” lança o livro
“O ‘acidente’ fatal de Campos e a ‘operação’ embuste Marina: Teoria da
Conspiração ou uma exigência do imperialismo?” contendo uma análise
marxista-revolucionária do quadro político-eleitoral brasileiro desde que o
avião do então candidato do PSB caiu em circunstâncias até hoje não explicadas
até mesmo pelos órgãos oficiais do governo, abrindo caminho para que alçasse
voo a postulação de Marina Silva ao Palácio do Planalto. No mesmo dia do “acidente”
(13/08) com o Cessna Citation prefixo PR-AFA fomos a primeira corrente política
a noticiar o fato e denunciá-lo como uma operação secreta urdida pela CIA e a
Casa Branca para possibilitar que a opção preferencial do imperialismo ianque e
do capital financeiro tivesse viabilizada sua presença na corrida presidencial.
Marina não teria mais o papel de vice de Campos, agora seria a candidata
oficial “a fórceps” da legenda “socialista”, partido convertido ao corte
neoliberal e rompido à direita com a frente popular de Lula/Dilma para se
apresentar como uma “alternativa” à polarização PT versus PSDB. Se em um
primeiro momento muitos acusaram que tal denúncia tratava-se de mais uma
“Teoria da Conspiração” fabricada pela LBI e própria da época da “Guerra Fria”,
com o passar dos dias os elementos que foram (não) revelados na “investigação”
e em torno da nebulosa compra do jato só reforçaram nossa caracterização, tanto
que foi copiada por vários analistas dentro e fora do Brasil. A ascensão
fulminante da representante eco-capitalista ao topo das pesquisas eleitorais
manipuladas com providencial empurrão do PIG, batendo Dilma no segundo turno ao
passo que estreita seus laços com os rentistas (Autonomia do BC e reafirmação
do Tripé Macro-Econômico espoliador), não deixa dúvidas que a “Operação Marina”
foi montada justamente para impedir o quarto mandato do PT a frente da gerência
burguesa no Brasil. Com um “modelo” lastreado na expansão do consumo interno
(bolha de crédito), o PT fez seu “milagre” econômico ao inserir milhões de
novos consumidores no mercado e amortecer a luta de classes, criando uma
relativa “mobilidade social” de camadas mais baixas da população. Esta é
exatamente a razão do “ódio visceral” dos segmentos mais conservadores das
classes dominantes ao PT que desejam ver executado um plano de guerra contra os
trabalhadores e suas parcas conquistas. Por esta razão afirmamos: não foi a
“mão de deus” e sim a do mercado financeiro que colocou para Marina a “missão”
de derrotar Dilma e o projeto histórico do PT.
Esta realidade fabricada artificialmente ao melhor estilo
das tramas da Rede Globo colocou novamente Marina no centro pela disputa
política ao Planalto. Em poucos dias, no lastro do clima de comoção nacional
com a morte de Campos (orquestrado pela mídia venal que contagiou até mesmo o
morenista PSTU) a postulante do REDE/PSB desidratou mortalmente a candidatura
do PSDB que foi “abatida em pleno voo”, da mesma forma que o Cessna de Eduardo.
Até então Aécio seria derrotado por Dilma no segundo turno em uma disputa
acirrada para que o PT assumisse seu quarto mandato acossado pela direita,
abrindo caminho para que em 2018 ascendesse a Presidência da República um
“novo” eixo conservador de poder exigido pelo imperialismo ianque sob comando
de Alckmin ou da própria Marina, como a LBI já caracterizava solitariamente há
vários meses. Já no final de agosto, boa parte da mídia “murdochiana”, seus
colunistas a soldo dos rentistas e o grosso dos conglomerados capitalistas se
aproximaram de Marina dando musculatura a sua empreitada (doações bilionárias).
Economistas neoliberais, operadores-abutres do mercado, políticos e
“intelectuais” tucanos se integraram ao seu comando de campanha montado a dedo
pelo Banco Itaú de Roberto e Neca Setúbal. Afora a adesão de setores ultrarreacionários
ligados às Igrejas Evangélicas (Silas Malafaia), do PIG e do capital
financeiro, de imediato Marina “conquistou” o apoio de uma parcela do PSOL,
adepta também da enganadora tese da “Nova Política” burguesa. Heloísa Helena e
Randolfe Rodrigues já anunciaram apoio a sua candidatura e tencionam todo um
setor da direita do PSOL (Ivan Valente-US) a fazer o mesmo já no primeiro turno
ou, no mínimo, a estabelecer uma “coligação branca” com Marina nos estados para
ter dividendos parlamentares. Lembremos que até mesmo Luciana Genro (hoje
candidata à presidência pelo PSOL) em 2010 defendeu o apoio a Marina se opondo
ao nome do falecido Plínio de Arruda Sampaio. O PSTU, na ponta “esquerda” da
rede marineira, também se encontra pressionado apesar das críticas formais e
protocolares a Marina. Tanto que os morenistas se negam a romper com as
coligações estabelecidas com o PSOL nos estados (“Frente de Esquerda”) em que o
partido de Luciana tem sua campanha financiada por capitalistas (RS) ou mesmo
se associa diretamente ao nome de Marina e ao Tucanato, como na Alagoas de Heloísa
Helena. Esta “esquerda” domesticada ao regime da democracia dos ricos e com
posições internacionais pró-imperialistas (Líbia, Síria, Ucrânia...) apoiou a
farsa do julgamento do Mensalão armada pelo STF e o PIG em nome de “punir o
PT”. Agora também fará esta “aliança tática” nas urnas, seja votando
diretamente em Marina, seja somando-se “criticamente” ao “todos contra Dilma”
no segundo turno. Desde a LBI convocamos o Boicote Ativo ao circo eleitoral e o
Voto Nulo programático inclusive denunciando que o PT é vítima de sua própria
política burguesa de aliança com as oligarquias reacionárias (PMDB, PR,
PROS...) que levou à desmoralização do movimento de massas e a criminalização
das lutas sociais como vimos durante a Copa do Mundo da FIFA. Entretanto nunca
nos somaremos ao coro reacionário desta “esquerda” contra o governo do PT para
abrir caminho para a reação burguesa representada por Marina e Aécio!
Esta aliança que vai da “direita à esquerda” em torno de
Marina em uma “frente única” com o objetivo de combater o PT tem como lastro o
incremento das tendências fascistizantes camufladas de progressistas em nível
mundial, cujas expressões mais recentes foram a “Revolução Árabe” e as
manifestações Euromaidan na Ucrânia, que tiveram no seu início o apoio entusiástico
desde Obama até os revisionistas do trotskismo. Os governos da centro-esquerda
burguesa estão na defensiva em todo o planeta e particularmente acossados no
continente latino-americano, como vemos na Argentina e Venezuela. O PT é o
ponto de equilíbrio intraburguês nesta correlação de forças no continente,
fazendo concessões ao imperialismo ianque, porém negociando com um pequeno
limite de autonomia cada passo de sua servilidade (BRICS, compra dos jatos
suecos). Nesta campanha presidencial pode ser atropelado pela onda conservadora
e anticomunista em curso, como já alertávamos durante as “Jornadas de Junho” em
2013. O cenário político nacional de quem será “eleito” pela burguesia para
gerir de Estado nas próximas eleições presidenciais ainda não está totalmente
definido, mas sem dúvida a “Operação Marina” avança com ares cada vez mais
reacionários e messiânicos. Este ambiente obscurantista lembra as
circunstâncias que levaram ao suicídio de Getúlio Vargas há 60 anos, com a
ofensiva do imperialismo ianque e da UDN de Lacerda (o Corvo) contra seu tímido
governo nacionalista burguês, sem que o PCB resistisse a este cenário com uma
política de independência de classe que barrasse o golpe em curso e apontasse
uma saída proletária-revolucionária. De nossa parte, ao publicar este livro em
meio a este quadro extremamente polarizado, a LBI denuncia de forma militante e
ativa que Marina surge no cenário político para por um fim ao “ciclo histórico”
de limitadas “compensações sociais” levadas a cabo por Lula e Dilma que não
poderia mais se sustentar na ótica político-econômica da Casa Branca,
inaugurando uma nova etapa da ofensiva imperialista contra as conquistas
sociais do proletariado brasileiro. A candidatura do PSB deve ser combatida com
todas as energias do proletariado, que no mesmo compasso deve denunciar
vigorosamente seus novos “parceiros” da esquerda revisionista (PSOL e PSTU),
apontando uma alternativa revolucionária tanto à frente popular encabeçada pelo
PT quanto à “velha” e à “nova” direita pró-imperialista!
Os Editores
Setembro/2014
ÍNDICE
Apresentação
O “acidente” fatal de Campos e a “operação” embuste Marina: Teoria da conspiração ou uma exigência do imperialismo?
O “acidente” fatal de Campos e a “operação” embuste Marina: Teoria da conspiração ou uma exigência do imperialismo?
Independência plena para o Banco
Central e total dependência do ITAÚ e seus “amigos” rentistas: Marina e seu
governo dos cassinos
Não foi a “mão de deus” e sim a do
mercado financeiro que colocou para Marina a “missão” de derrotar Dilma e o
projeto histórico do PT
O embuste Marina ou a estória de um
avião sem dono e uma dona sem avião
Ato nº 2 da operação fraude Marina:
“Institutos” de Pesquisas já apontam derrota de Dilma
Morte “acidental” de Eduardo Campos
recoloca novamente Marina no centro pela disputa política ao Planalto
Há 60 anos do “suicídio” de Vargas e
dez dias do “acidente” de Campos: Duas mortes e um único responsável!
Morte de Eduardo também reposiciona
o PSOL na rota do apoio a Marina Silva
PSTU não rompe com o PSOL em Alagoas
mesmo após a “Marineira” Heloísa Helena celebrar acordo com o Tucanato
PSTU “envia pesar” e “lamenta” a
morte de Eduardo Campos enterrando as tradições da própria corrente morenista
em relação aos políticos da burguesia
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA