domingo, 15 de março de 2020

NÃO AO “PACTO DE UNIÃO MUNDIAL” COM O IMPERIALISMO E AS BURGUESIAS PARA “SALVAR A HUMANIDADE” DA SUPOSTA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS. MANTER ATIVAS AS MOBILIZAÇÕES DAS MASSAS EM TODO O PLANETA CONTRA A BARBÁRIE CAPITALISTA!


Diante do pânico frenético e apocalíptico completamente “injetado” pelos grandes veículos da mídia corporativa por conta da suposta pandemia do coronavírus, é importante ler e refletir as últimas declarações do CNIC (Conselho Nacional de Investigação Científica) da Itália, hoje o país considerado o epicentro mundial da doença: “A infecção, segundo os dados epidemiológicos disponíveis no momento, com elementos coletados em milhares de casos, provoca sintomas leves e moderados (uma espécie de gripe forte ou mesmo leve), em pelo menos 90% dos casos. Nos outros 10 % dos enfermos, pode-se desenvolver uma pneumonia, cujo curso é benigno. Se estima que apenas 4% dos pacientes com pneumonia necessitam de hospitalização com cuidados intensivos, podendo até mesmo necessitar de respiração assistida mecanicamente”. Este relatório de uma respeitável instituição científica italiana se confronta radicalmente com os informes e prognósticos de centenas de organismos de saúde, inclusive a própria OMS da ONU. Se este parecer da CNIC da Itália for real, ficará a no ar a seguinte questão, porque os meios de comunicação e as autoridades sanitárias estatais estão provocando um verdadeiro “estado de exceção” excepcional, com graves limitações de deslocamento social e impedimento para as mobilizações dos movimentos operário e popular? A desproporção científica frente ao que assegura o CNIC da Itália e outras organizações sanitárias não é nada “normal”. Parece que as classes dominantes até então usando o tradicional “perigo terrorista” como causa da adoção de medidas excepcionais, como o “toque de recolher”, encontraram no coronavírus um pretexto mais “plausível e consistente”.

 A simples invenção (ou mesmo a produção midiática do pânico apocalíptico) de uma pandemia mundial pode resultar em uma justificativa ideal para limitar todos os direitos democráticos de liberdade de organização de massas, na região ou país que for conveniente. Nos chama bastante atenção que a OMS e outras entidades médicas não recomendem a suspensão dos “protestos pela democracia” em Hong Kong, que independente do juízo político que se possa fazer destes atos, reúnem milhares de pessoas nas ruas. Hong Kong, que pertence a hoje ao antigo Estado Operário  Chinês, registrou até o momento poucos casos de contaminação do coronavírus, porém em outra parte do globo, no Chile, onde os casos do Covid-19 são também muito poucos em todo o país, a orientação da OMS e assemelhados locais foi taxativa: suspensão imediata das mobilizações que poderiam “por em risco milhares de vidas humanas”. O constraste entre os dois casos não é médico ou científico, é claramente político! No Brasil a burguesia utiliza a mesma manobra, o governo neofascista desmarcou uma marcha golpista previamente fracassada, para obter o cancelamento das manifestações do dia 4 (Marielle) e 18 (paralisação nacional), estas duas foram suspensas é claro com o aval da Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB), em nome da “saúde nacional”. Enquanto na Itália o governo suspendeu o deslocamento e aulas, as fábricas continuaram funcionando “normalmente”, exceto com a implementação de mais demissões por conta da crise capitalista. No Brasil se sugere o adiamento das lutas sociais, férias antecipadas em escolas e universidades, porém o transporte público como trens, ônibus e metrô continua lotado como uma “lata de sardinha”, neste caso não há preocupação sanitária... O imperialismo e as burguesias nacionais tentam criar o clima de “Pacto de União Mundial” em virtude da pandemia declarada pela OMS, mas onde interessa ao capital financeiro a guerra híbrida ou abertamente militar não é estendida nenhuma “bandeira branca”. Nós Marxistas Leninistas rejeitamos qualquer “acordo nacional” em função do coronavírus e muito menos por conta do colapso financeiro capitalista, exigimos do Estado Burguês medidas que garantam a saúde pública e atendimento médico de qualidade para toda a população, sem que em contra-partida aceitemos a suspensão política das lutas e mobilizações do nosso povo. Desde já denunciamos as direções reformistas, como o PT , PSOL e PCdoB que aceitaram passivamente o caminho da conciliação e desmobilização sugerido implicitamente por este governo neofascista e os partidos “democráticos” da ordem burguesa. Convocamos, desde nossas modestas forças, a manter vivas e ativas as mobilizações de massas em todo o planeta contra a barbárie capitalista!