terça-feira, 31 de março de 2020

LATIFUNDIÁRIOS NÃO PARAM DE MATAR DURANTE A PANDEMIA: MAIS UM LÍDER GUAJAJARA ASSASSINADO A TIROS POR JAGUNÇOS EM TERRA INDÍGENA NO MARANHÃO! ORGANIZAR IMEDIATAMENTE OS COMITÊS DE AUTODEFESA DOS OPRIMIDOS!


O líder indígena Zezico Rodrigues Guajajara foi encontrado morto a tiros nesta terça-feira, 31, na Terra Indígena Araribóia, no município de Arame, interior do Maranhão. Desde novembro do ano passado, Zezico Rodrigues é o quinto representante da etnia Guajajara morto. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que envolve lideranças de todo o país, divulgou um comunicado informando que o caso está sendo acompanhado pela Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP) do Maranhão, que acionou a Força-Tarefa de Proteção da Vida Indígena no estado, a FT-Vida. A tensão e as ameaças cresceram exponencialmente no interior da Arariboia, onde vivem mais de 12 mil guajajaras e índios isolados awás-guajás, desde 1º de novembro de 2019, quando o indígena Paulo Paulino, membro do grupo Guardiões da Floresta, foi assassinado com um tiro por invasores. Não resta a menor sombra de dúvida que esse covarde crime contra os povos originários Gujajaras foi consequência da atual política do governo neofascista Bolsonaro. O atual regime bonapartista desmonta a FUNAI e estimula a invasão das Terras Indígenas pelo latifúndio país afora, e ainda diz que vai liberar a garimpagem em terras indígenas e que vai acabar com algumas delas como Raposa Serra do Sol. As ameaças que clã Bolsonaro fez as comunidades indígenas em seu objetivo de liquidação das raizes profundas do país, desgraçadamente estão se concretizando com mais sangue derramado. É uma versão “atualizada” da eugenia nazista, com o genocídio do povo negro e índio que habitam as periferias urbanas e rurais brasileiras. 


Não podemos deixar de denunciar a cumplicidade da esquerda reformista no rol destas chacinas, neste caso do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB. O falso “comunista” prometeu que iria criar uma força tarefa para ajudar na proteção dos Guajajaras, após o assassinato de Paulinho meses atrás, mas o compromisso de Dino não passou de palavras vazias, não fazendo absolutamente nada para evitar os 5 ssassinatos de lideranças. Frente a escalada de ataques impulsionados pela política genocida de Bolsonaro, os povos originários, as populações negras, os camponeses e todas as comunidades oprimidas pelo Estado Burguês e seu aparelho de repressão policial e militar, devem organizar sua própria defesa, construindo comitês treinados e armados de autos-segurança. É o primeiro passo para germinar o embrião de uma alternativa revolucionária de poder para o proletariado e seus aliados históricos.