“NÃO PODEMOS DERRUBAR UM PRESIDENTE PORQUE NÃO GOSTAMOS
DELE”: LULA E TODA FRENTE POPULAR (PT, PSOL, PCdoB) SUSTENTAM BOLSONARO EM NOME
DA DEMOCRACIA NEOLIBERAL
Em entrevista que Lula concedeu ao jornal suíço “Le Temps”, antes de receber o prêmio de Cidadão
Honorário de Paris, o dirigente do PT reafirmou sem disfarce algum a atual
linha política da Frente Popular de colaboração de classes (PT,PSOL,
PCdoB):"Eu tenho alertado o PT ter paciência, porque nós temos que esperar
quatro anos... A não ser que ele (Bolsonaro) cometa um ato de insanidade,
cometa um crime de responsabilidade, a gente então possa fazer o impeachment
dele, mas se não fizer isso, nós não podemos achar que nós podemos derrubar um
presidente porque não gostamos dele. Não podemos". As declarações de Lula,
reverberadas fartamente na na blogosfera da esquerda reformista, poucos dias
após o presidente neofascista anunciar apoio a uma marcha golpista,
significaram um verdadeiro “balde de água fria” no conjunto do ativismo de
oposição ao governo Bolsonaro, porém mais do que um simples “conselho”,
refletem toda uma estratégia política que vem gerando a paralisia do movimento
social e produzindo as maiores derrotas históricas para a classe trabalhadora,
como a aprovação (sem resistência e luta)da malfadada “reforma da Previdência”.
A estratégia da Frente Popular está toda montada na base podre do cretinismo
parlamentar, disseminando a ilusão de uma vitória eleitoral assegurada em 2022,
nas palavras do próprio Lula: ““Eu tenho alertado o PT a ter paciência, porque
nós temos que esperar quatro anos”...Mas se ao menos Lula tem a honestidade
política de declarar abertamente que sustenta o governo neofascista com sua
“paciência”(leia-se uma camisa de forças imposta ao movimento de massas),
enquanto o PCdoB articula sua frente de “oposição”mais ampla possível, com
Tucanos e até Demistas sonhando “empoderar” Flávio Dino no Planalto, o PSOL e
suas tendências internas simulam uma “combatividade” inócua que também rejeita cabalmente
a derrubada de Bolsonaro, a não ser pela via eleitoral em 2022.
O “Fora Bolsonaro/Mourão” fica sendo sendo agitado demagogicamente pelo PCO, porém com o discreto subtítulo “Volta Lula”. Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente. Esperar “pacientes” as eleições de 2022, como nos aconselha a receita política da Frente Popular, só fará avançar a ofensiva neoliberal contra as já precárias condições de vida da população pobre e trabalhadora, limpando o terreno para o recrudescimento do regime bonapartista, instaurado com o golpe institucional em 2016. A vanguarda classista deve assumir a liderança da luta para derrotar o projeto golpista, ainda em pleno andamento no país, organizando desde as bases uma poderosa greve geral por tempo indeterminado, que poderá ter no próximo dia 18 de março um importante ponto de apoio inicial.
Leia Também: LULA ORIENTA O PT A NÃO RADICALIZAR CONTRA O GOVERNO FASCISTA: “FORA BOLSONARO” NEM PENSAR...
O “Fora Bolsonaro/Mourão” fica sendo sendo agitado demagogicamente pelo PCO, porém com o discreto subtítulo “Volta Lula”. Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente. Esperar “pacientes” as eleições de 2022, como nos aconselha a receita política da Frente Popular, só fará avançar a ofensiva neoliberal contra as já precárias condições de vida da população pobre e trabalhadora, limpando o terreno para o recrudescimento do regime bonapartista, instaurado com o golpe institucional em 2016. A vanguarda classista deve assumir a liderança da luta para derrotar o projeto golpista, ainda em pleno andamento no país, organizando desde as bases uma poderosa greve geral por tempo indeterminado, que poderá ter no próximo dia 18 de março um importante ponto de apoio inicial.
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