O presidente neofascista Bolsonaro acaba de acionar a cadeia
nacional de rádio e tv para anunciar a desconvocação da chamada “marcha
golpista” que seria realizada no próximo dia 15/03. Os atos açulados pela
extrema direita a partir do próprio gabinete militar do Palácio do Planalto
como o “foda-se” do general Heleno ao Congresso Nacional estavam muito
distantes de representarem um golpe de Estado contra o próprio regime de
exceção instalado no país em 2016. Como já analisamos em artigo anterior no
Blog da LBI, esta domingueira da reação nem de perto seria o “18 Brumario” de
Jair Bolsonaro, muito pelo contrário já estava perdendo a pouca força de
mobilização das hordas neofascistas em função da intensa barganha feita pelo
próprio presidente com o corrupto parlamento pelo maior controle das verbas
orçamentárias da União. Bolsonaro utiliza o pretexto da suposta pandemia
mundial do coronavírus, que de fato não chegou no Brasil, para se livrar de um
fiasco político anunciado no próximo dia 15. Uma manobra demagógica para um
governo que rejeita destinar recursos estatais para a saúde pública, mesmo
diante de uma ameaça sanitária que poderá vitimar o povo pobre e mais carente
do SUS. A suspensão da marcha reacionária foi digamos no jargão da política
“uma saída honrosa” para o entorno de milicianos covardes e assassinos que
gravita em torno do clã fascista e seu guru astrólogo Olavo de Carvalho. O que
seria na melhor das hipóteses um acúmulo de forças da extrema direita,
apavorava a esquerda reformista que estava se “borrando” de medo ao demonstrar
toda sua impotência ao enfrentar as ações de rua do neofascismo. Porém o golpe
mesmo contra o movimento de massas, veio da Frente Popular que também já
anuncia a desmobilização para a greve geral do dia 18 de março, e imaginem a
desculpa...o coronavírus! O vírus da covardia e do imobilismo há muito tempo já
contaminou a esquerda reformista, que nomeou como “baluartes da luta
democrática em defesa das instituições”, o presidente da Câmara Rodrigo Maia, a
cúpula tucana e pasmem até a famiglia Marinho! Em sentido oposto a essa traição, os Marxistas Revolucionários da LBI propomos colocar abaixo
o goveno neofascista de Bolsonaro/Mourão assim como defenestrar os atos
neofascistas do dia 15/03 com os métodos do movimento de massas e não depositar
nenhuma confiança que as “instituições republicanas” apodrecidas e
demoralizadas como apregoa a Frente Popular! Desgraçadamente a esquerda
reformista de hoje só pensa em concentrar seus “esforços” nas próximas
eleições. Desde as modestas forças da LBI intervimos nos atividades e protestos em curso chamando a formação de uma Frente Única
Proletária e Antifascista, para combater e derrotar a ofensiva reacionária pela
via da ação direta e revolucionária das massas populares rumo a construção de
um autêntico Poder Operário! A vanguarda classista não pode
aceitar esta verdadeira traição descarada que a Frente Popular quer traficar
contra a luta dos trabalhadores, em especial os educadores e a juventude.
Devemos convocar imediatamente assembleias de base de todas as categorias para
reafirmar a greve e paralisações do dia 18/03, elegendo democraticamente
comandos de base para atropelar a pelegagem da burocracia sindical cutista.