quinta-feira, 26 de março de 2020

“CORONAVOUCHER” E ANTECIPAÇÃO DO 13º PELO INSS, AS FAKE NEWS DA “AJUDA SOCIAL AOS POBRES”: BOLSONARO E GUEDES NÃO CUMPREM SEQUER AS MISERÁVEIS MEDIDAS ANUNCIADAS PARA MINIMIZAR OS EFEITOS DA PANDEMIA


A situação de calamidade pública no país provocada pela Pandemia do Coronavírus, a adoção do isolamento social e suas consequências socioeconômicas catastróficas, sobretudo, entre os mais pobres, não alterou em nada as ações e a dinâmica estratégica do governo neofascista Bolsonaro/Guedes em aplicar a agenda ultraneoliberal. Tal política econômica orientada diretamente por Wall Street e pelo governo Donald Trump tem como principal objetivo a captura total do orçamento estatal pelos rentistas para operar um severo fechamento dos chamados “gastos sociais” do Estado capitalista para as demandas do conjunto dos explorados e oprimidos, principalmente, através da contínua retirada de direitos sociais e trabalhistas. Apesar da crise humanitária estabelecida em função da Covid19, resultando no agravamento nas condições de existência dos mais pobres, o genocida governo Bolsonaro não tem adotado qualquer ação concreta na área econômica para garantir a sobrevivência e a proteção social de milhões de brasileiros. Nem mesmo as míseras e demagógicas medidas anunciadas pelo Ministro Paulo Guedes foram cumpridas como, por exemplo, a antecipação do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas da Previdência Social que ficou somente para o final de abril e começo de maio! O mesmo ocorreu com o pagamento da prometida esmola de R$ 200 aos autônomos de baixa renda o chamado "Coronavoucher", tudo não passou de “fake news”. Em resumo, para continuar a agradar a seu verdadeiro “Deus”, o Mercado financeiro, bem como seus acólitos, o governo Bolsonaro/Guedes mantém, mesmo em uma situação de calamidade, a política de austeridade fiscal de não promover nenhuma abertura econômica estado para atenuar o sofrimento da população pobre.


A situação ganha contornos de tragédia quando, além de não colocar um real sequer no bolso dos mais podres, esses canalhas lançaram um pacote maldades através da edição de uma Medida Provisória, a chamada MP da morte. Tal medida provisória sentencia o trabalhador à fome ao permitindo a suspensão do contrato de trabalho por dois meses, ou seja, o não pagamento dos salários nesse período, a redução de jornada e de salário, que pode ser de 25%, 35% e 50% por até três meses, além de possibilitar a demissão dos trabalhadores que retornarem do período de licença médica por conta do Coronavírus. A presente Pandemia do Coronavírus expõe de forma dramática, no plano doméstico, todas as consequências desumanas da aplicação do projeto neoliberal em um país semicolonial e com uma desigualdade social colossal como o Brasil. Em escala mundial, por sua vez, é mais uma demonstração cabal dos horrores que o sistema capitalista submete a toda humanidade, comprometendo sua possibilidade de viabilidade histórica. Portanto o surto pandêmico do Coronavírus torna inadiável a superação do modo de produção capitalista através de um processo revolucionário e a construção do socialismo. Dito de outra forma, a humanidade se encontra mais vez diante de sua encruzilhada histórica tão bem sintetizada no axioma do Marxismo Revolucionário:  “Socialismo ou Barbarie!”.