8 DE MARÇO ANTIFASCISTA: MULHERES NA LUTA PARA COLOCAR ABAIXO O
GOVERNO BOLSONARO/MOURÃO E PELA CONSTRUÇÃO DO PODER OPERÁRIO!
Neste dia 8
de Março estamos nas ruas em luta pelos direitos e conquistas da mulher
trabalhadora e contra os ataques do governo Bolsonaro. Nós mulheres convocamos
todos os trabalhadores a fazer desta data uma demonstração de combate ao
neofascimo. O crescimento das tendências fascistas, com a convocatória de
Bolsonaro para os atos de extrema-direita no dia 15/03, necessita de uma
resposta urgente do movimento operário, das mulheres trabalhadoras de e suas
organizações políticas. Não estamos falando de depositar o “voto na urna” nas
eleições municipais de novembro sob a ilusão de que esse ato limitado as
amarras da democracia burguesa fraudada possa barrar uma força social
reacionária militante em ascensão. Essa vem crescendo desde as “Jornadas de
Junho” de 2013 sequestradas pela direita, fortalecendo uma onda conservadora
que levou ao golpe parlamentar contra Dilma em 2016 e garantiram a vitória de
Bolsonaro em eleições completamente fraudadas e manipuladas. Nesse contexto
vemos inúmeras vítimas nos últimos dias sendo alvo de ataques pelas mãos das
hordas da extrema-direita sem que esboçássemos uma reação classista unificada à
altura.
O fascismo é
um regime social que se impõe com o esmagamento dos oprimidos, ele é um recurso
extremo que a burguesia utiliza quando o proletariado sai a luta para defender
suas conquistas. O governo Bolsonaro vem estimulando ainda mais estas
tendências que estão crescendo no lastro da desmoralização política dos
trabalhadores após os quatro mandados da gestão petista. É necessário
compreender que a política de colaboração de classes do PT pavimentou o caminho
para a ascensão da extrema-direita, patrocinando alianças com as oligarquias
reacionárias, criminalizando os movimentos sociais, criando a Lei
Antiterrorista para perseguir as organizações de esquerda, apoiando as ações da
Justiça burguesa contra a luta dos trabalhadores. Nesse marco, deve-se ter
claro que o consequente combate a escalada reacionária em curso será obra da
ação organizada da classe operária e seus aliados, os camponeses pobres, a
juventude plebeia e a pequena burguesia progressista, não passa por qualquer
apoio eleitoral a Frente Popular e por ter ilusões no "poder do
voto". Fica evidente que a organização da resistência não passar pelo
chamado ao voto na Frente Popular e sim na preparação da luta direta por fora
do circo eleitoral. Com o aguçamento da crise econômica e polarização
político-social as lutas necessariamente vão ocorrer nas ruas, nos
enfrentamentos entre as classes, na luta dos trabalhadores contra os ataques
perpetrados pelo governo de plantão, que não vacilará em lançar seu aparato
repressivo contra os explorados.
Neste 8 de
Março lutemos por construir uma alternativa de poder operário e popular baseado
na democracia operária dos trabalhadores em luta contra a direita e a Frente
Popular! Convocamos o combate de classe ao governo Bolsonaro, a direita
reacionária e fascistoide sem capitular a política venal e covarde da Frente
Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a
burguesia domina: o circo eleitoral! Nesse sentido, nas manifestações deste 8
de Março, nossa tarefa deve ter como eixo: Abaixo Bolsonaro! Construir a Greve
Geral! Superar a política de colaboração de classes do PT e PSOL! Por uma
alternativa de Poder Operário e Popular!
Uma forma
consequente de enfrentar essa ofensiva do fascismo representado pelos bandos
bolsonaristas é organizar a luta direta nas ruas, com a construção de grandes
manifestações em todo o país no próprio dia 15/03 rumo a Greve Geral. Portanto,
está mais do que na hora de contrapor-se e esmagar a onda fascista, com
enfrentamento direto em uma jornada de manifestações de massas: engrossar esse
dia mundial da mulher trabalhadora, as manifestações de 14.03 que marcam os
dois anos do assassinato de Marielle Franco e próximo o 18 de março como um
passo importante para construir a Greve Geral por tempo indeterminado!