segunda-feira, 23 de março de 2020

CAMPANHA INTERNACIONALISTA: NOTA EM DEFESA DA DIGNIDADE DO POVO VENEZUELANO E CONTRA O IMPERIALISMO


Publicamos a nota do Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, um organismo de frente única contra os ataques do imperialismo ianque e do governo neofascista de Bolsonaro/Mourão a Venezuela, seu povo e o governo Maduro. Ainda que tenhamos diferenças com o texto, particularmente onde se pontua que “apoiamos o diálogo, a solução pacífica dos conflitos, queremos a América Latina uma zona de paz” na medida em que, como Marxistas Revolucionários, compreendemos que a “solução” para a opressão nacional do imperialismo sobre as nações atrasadas como a Venezuela e o próprio Brasil se dará no terreno da luta de classes e pela via da Revolução Socialista, subscrevemos a nota pela importância de unir forças democráticas e anti-imperialista contra a agressão e as provocações que Trump, Bolsonaro e Iván Duque vem promovendo contra a Venezuela e o regime bolivariano! Desde já nos somamos aos esforços militantes do Comitê e dos signatários da nota de mobilizar os trabalhadores brasileiros e latino-americanos em defesa da Venezuela para derrotar a ação nefasta genocida da Casa Branca e seus capachos neofascistas regionais!

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O Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela está alerta e repudia frontalmente a submissão do governo Bolsonaro ao imperialismo e exige o fim das criminosas sanções contra o povo venezuelano. O agravamento da situação se dá em meio à pandemia do novo corona vírus (Covid-19), com o governo Bolsonaro capitaneado ações golpistas de desestabilização na região, fazendo piorar as condições de vida do povo venezuelano.

Três fatos recentes reiteram a sanha entreguista e submissa aos Estados Unidos do governo Bolsonaro.  Primeiro, entre os dias 7 e 8 de março (último fim de semana), Bolsonaro e alguns ministros foram aos Estados Unidos para receber ordens do imperialismo. Além de reiterar o apoio ao golpista Juan Guaidó, Bolsonaro assinou, na sede do Comando Militar do Sul (SOUTHCOM), um novo acordo militar entre Brasil e Estados Unidos para satisfazer a ala militar, que ainda que já tenha 2.897 cargos no governo, não para de ter suas pautas atendidas por Bolsonaro.

Segundo, que como quem presta contas ao chefe, o governo Bolsonaro removeu todo o corpo diplomático brasileiro da Venezuela e ainda ameaça de expulsão as autoridades venezuelanas no Brasil caso não deixem o país em 60 dias. Isso significa rasgar a Convenção de Viena, violando o Direito Internacional. Trump e Bolsonaro são faces dessa mesma moeda. Trump não vacila em dizer que uma invasão militar na Venezuela é uma das opções que estão sob a mesa e opera dia e noite pelo estrangulamento do governo legítimo de Nicolás Maduro. Bolsonaro, como bom funcionário de Trump, aumenta ainda mais o problema.

Terceiro, ao promover o criminoso sistema de sanções contra a Venezuela, o bloco imperialista, liderado pelos Estados Unidos, comete um gravíssimo crime de lesa humanidade, com terríveis consequências para o povo venezuelano, ainda mais em meio à pandemia global do Covid-19. Ao endossar as medidas coercitivas unilaterais dos Estados Unidos, o governo Bolsonaro é cúmplice das consequências do estrangulamento à economia venezuelana. O que o governo brasileiro tem a ganhar com o bloqueio à importação de medicamentos, equipamentos médicos e outros produtos essenciais para a garantia dos Direitos Humanos do povo venezuelano?

Temos a consciência de que estes grupos fascistas são golpistas por natureza e operam guerras e perseguições de todo o tipo (comerciais, militares, midiáticas e políticas). Nesse sentido, constatamos que governo Bolsonaro tem sistematicamente atacado o povo venezuelano e o governo eleito de Nicolás Maduro, violando o Direito Internacional e a Constituição brasileira.

O Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela e as entidades abaixo-assinadas exigimos o fim das criminosas sanções que violam a dignidade humana do povo venezuelano. Nos somamos à campanha #LasSancionesSonUnCrimen e externamos nossa preocupação com a escalada de tensões na região no que diz respeito à conduta beligerante de Bolsonaro e Trump. Endossar os ataques ao povo venezuelano só agravará a crise e quem paga essa conta é o próprio povo venezuelano.

Por fim, expressamos nossa solidariedade ao povo venezuelano e saudamos a valorosa a solidariedade promovida por China e Cuba ao socorrer os povos do mundo que estão vivendo a realidade desta grave pandemia do Covid-19.

Apoiamos o diálogo, a solução pacífica dos conflitos, queremos a América Latina uma zona de paz!

Pelo direito em se ter uma vida digna, fora imperialismo da América Latina!

São Paulo, 17 de março de 2020.

ASSINAM:

1. Barão de Itararé - Centro de Estudos da Mídia Alternavita Barão de Itararé
2.   Casa de Cultura Carlos Marighella
3.       CCT - Célula Comunista dos Trabalhadores
4. CEBRAPAZ - Centro Brasileiro de Solidariedade Aos Povos e Luta Pela Paz
5. CMP - Central dos Movimentos Populares do Brasil
6. Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
7. Coletivo LGTB Comunista
8. Coletivo Negro Minervino de Oliveira
9. Comitê Anti-Imperialista General Abreu e Lima
10. Conselho Mundial da Paz
11. CP - Consulta Popular
12. CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
13. Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
14. LBI - Liga Bolchevique Internacionalista 
15. Levante Popular da Juventude
16. MAM - Movimento pela Soberania Popular na Mineração
17. Movimento de Olho na Justiça
18. MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores
19. MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
20. PCB - Partido Comunista Brasileiro
21.UBM - União Brasileira de Mulheres
22. UJC - União da Juventude Comunista
23 - Unidade Classsita
24. UP - Unidade Popular pelo Socialismo
25. Via Campesina Brasil