domingo, 8 de março de 2020

BALANÇO DO 8 MARÇO: FORTE DISPOSIÇÃO DE LUTA PARA COLOCAR ABAIXO O GOVERNO NEOFASCISTA DE BOLSONARO/MOURÃO ESBARRA NA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT/CUT


Ocorreram hoje em todo o país atos e manifestações do 8 de Março, dia internacional da mulher trabalhadora. Os protestos foram massivos, destacando-se São Paulo, cuja concentração de cerca de 20 mil pessoas lotou a Avenida Paulista, com a passeata descendo pela Augusta e findando na Praça Russeveld, no centro da capital, vencendo a forte chuva que caia no final da tarde. De norte ao sul do país, ecoou o grito de luta para colocar abaixo o governo neofascista de Bolsonaro. A militância da LBI interveio em vários desses atos políticos racidalizados como em São Paulo, atraves de faixas, notas, jornais, nas falações e fundamentalmente com uma política revolucionária bastante clara: é preciso construir a Greve Geral por tempo indeterminado para que os trabalhadores possam com seus próprios métodos de luta derrubar o gerente burguês de plantão, não depositando nenhuma confiança no parlamento burguês e na saída pela via da institucionalidade da democracia dos ricos, como impeachment e eleições gerais! Desgraçadamente, a política de colaboração de classes do PT e da CUT, sob o comando de Lula, vai no sentido de sustentar Bolsonaro até 2022.




Enquanto a base presente defendia em unissono o "Fora Bolsoraro", a direção do PT, PCdoB e das centrais sindicais como a CUT e a CUT tratavam em seus discursos em apontar como saída para a crise política a necessidade de uma "Frente Ampla". Lula tem como tática amplair ao máximo o leque de alianças burguesas nas eleições municipais de 2020 pensando justamente em costurar com arco para 2022 que inclua figuras como Maia do DEM. Não por acaso, pleiteia que a manifestação neofascista de 15.03 convocada por Bolsonaro e o general Heleno seja "censurada" pelos presidentes da Câmara, Senado e STF, não convocando as massas para derrotar na luta direta a ofensiva reacionária apoiada pelo Palácio do Planalto.




De nossa parte, a militância da LBI defendeu que este 8 de Março seja um ponto de apoio para o calendário de luta que segue rumo ao dia 18, quando a greve nacional dos servidores públicos precisa ser uma forte demonstração de força que supere a política de paralisia e o eleitoralismo vulgar da Frente Popular. Esperar “pacientes” as eleições de 2022, como nos aconselha a receita política da Frente Popular, só fará avançar a ofensiva neoliberal contra as já precárias condições de vida da população pobre e trabalhadora, limpando o terreno para o recrudescimento do regime bonapartista, instaurado com o golpe institucional em 2016. A vanguarda classista deve assumir a liderança da luta para derrotar o projeto golpista, ainda em pleno andamento no país, organizando desde as bases uma poderosa greve geral por tempo indeterminado, que precisa ter no próximo dia 18 de março um importante ponto de apoio inicial.




Os Marxistas Revolucionários da LBI propomos colocar abaixo o goveno neofascista de Bolsonaro/Mourão assim como defenestrar os atos neofascistas do dia 15/03 com os métodos do movimento de massas e não depositar nenhuma confiança que as “instituições republicanas” apodrescidas e demoralizadas como apregoa a Frente Popular! Desgraçadamente a esquerda reformista de hoje só pensa em concentrar seus “esforços” nas próximas eleições. Desde as modestas forças da LBI intervimos neste 8 de Março, dia internacional da mulher trabalhadora, chamando a formação de uma Frente Única Proletária e Antifascista, para combater e derrotar a ofensiva reacionária pela via da ação direta e revolucionária das massas populares rumo a construção de um autêntico Poder Operário!