NOVO PRONUNCIAMENTO DE BOLSONARO: ENQUADRADO PELA CÚPULA MILITAR, O NEOFASCISTA “AMARELA” DIANTE DO IMENSO REPÚDIO POPULAR, NÃO DECRETA O FIM DA QUARENTENA E SEQUER COMEMORA O GOLPE MILITAR DE 1964
Em pronunciamento em rede nacional de TV nesta terça-feira (31/03),
onde anteriormente ameaçava suspender a “quarentena” no país via um decreto e
comemorar o aniversário do golpe militar de 64, Bolsonaro simplesmente
“amarelou”, aparentemente enquadrado pele alta cúpula das Forças Armadas. Porém
o motivo do “recuo” político do presidente neofascista reside em bases mais
profundas: o imenso repúdio popular ao desastroso governo da extrema direita. A
burguesia nacional, procura com cautela a substituição de seu gerente estatal,
sem que isso signifique qualquer alteração na sua rota neoliberal de desmonte
do Estado e supressão das conquistas históricas da classe trabalhadora
brasileira. Nossa caracterização é bem clara, Bolsonaro já não governa com seu
entorno mais próximo, é agora tutelado pela alta cúpula das Forças Armadas, e
se mantém na presidência da república exclusivamente por conta da ausência de
uma alternativa consensuada entre o mercado (leia-se rentistas) e o comando
militar. Enquanto a burguesia nacional amadurece a transição, no próprio
compasso da definição do quadro sucessório norte-americano, Bolsonaro tenta
demonstrar com seu “late mas não tem força de morder” que ainda pode ser útil,
reforçando socialmente suas hordas fascistas (igrejas pentecostais e polícias
militares) com suas supostas manifestações de demência diária na porta do
Palácio do Planalto.
A oposição burguesa, Frente Popular somada ao PDT e PSB, deu uma demonstração que está absolutamente “perdida”, lançando uma “carta súplica” para que Bolsonaro renuncie e assuma o vice Mourão, o ultra reacionário considerado “civilizatório” pela esquerda reformista. Para a burguesia este é o melhor cenário, um governo “tampão” seguindo a mesma linha dura militar da extrema direita, para depois empossar um neoliberal clássico, como o governador tucano João Doria, o representante fidedigno do mercado financeiro para terminar todo o serviço sujo do golpe institucional de 2016. Como uma crônica da derrota anunciada, PT e seus apêndices são enredados na trama não por ingenuidade, mas pela sua própria política de colaboração de classes. Como em um filme de ficção, o quadro político nacional espera uma definição a partir do ritmo do ciclo de vida do próprio vírus, onde a burguesia faz apenas as contas de quantas mortes seria “tolerável” frente à falência do sistema público de saúde. O movimento de massas não pode fazer parte deste enredo, onde qualquer um dos “finais felizes” para a burguesia(progressista ou reacionária)será trágico para suas vidas, é urgente sair para ofensiva e construir uma alternativa própria, na senda bem distante do cretinismo eleitoral. Os consecutivos panelaços realizados pela classe média são um termômetro importante para aferir à falência deste governo, entretanto serão limitados sem estabelecer a ligação com a classe operária e o proletariado de uma maneira geral. A classe operária deve liderar este processo, é ela com seus próprios métodos de luta, e não a oposição burguesa com seu cronograma eleitoral, quem deve enterrar este governo neofascista e seu regime bonapartista de exceção.
A oposição burguesa, Frente Popular somada ao PDT e PSB, deu uma demonstração que está absolutamente “perdida”, lançando uma “carta súplica” para que Bolsonaro renuncie e assuma o vice Mourão, o ultra reacionário considerado “civilizatório” pela esquerda reformista. Para a burguesia este é o melhor cenário, um governo “tampão” seguindo a mesma linha dura militar da extrema direita, para depois empossar um neoliberal clássico, como o governador tucano João Doria, o representante fidedigno do mercado financeiro para terminar todo o serviço sujo do golpe institucional de 2016. Como uma crônica da derrota anunciada, PT e seus apêndices são enredados na trama não por ingenuidade, mas pela sua própria política de colaboração de classes. Como em um filme de ficção, o quadro político nacional espera uma definição a partir do ritmo do ciclo de vida do próprio vírus, onde a burguesia faz apenas as contas de quantas mortes seria “tolerável” frente à falência do sistema público de saúde. O movimento de massas não pode fazer parte deste enredo, onde qualquer um dos “finais felizes” para a burguesia(progressista ou reacionária)será trágico para suas vidas, é urgente sair para ofensiva e construir uma alternativa própria, na senda bem distante do cretinismo eleitoral. Os consecutivos panelaços realizados pela classe média são um termômetro importante para aferir à falência deste governo, entretanto serão limitados sem estabelecer a ligação com a classe operária e o proletariado de uma maneira geral. A classe operária deve liderar este processo, é ela com seus próprios métodos de luta, e não a oposição burguesa com seu cronograma eleitoral, quem deve enterrar este governo neofascista e seu regime bonapartista de exceção.