segunda-feira, 16 de março de 2020

CUT DESMOBILIZA A PARALISAÇÃO DE 18/03 E .... ORIENTA “GREVE DE PIJAMA” NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: PARA ENFRENTAR BOLSONARO E O CORONAVÍRUS É PRECISO CONVOCAR A GREVE GERAL PARA DERROTAR O AJUSTE NEOLIBERAL!


Em comunicado a direção nacional da CUT e as demais centrais sindicais pelegas desmontaram a paralisação nacional do dia 18/03 e orientam que os trabalhadores façam no máximo “greve de pijama” no setor público da educação, ou seja, fiquem em casa. “Orientamos as entidades filiadas a manterem as greves aprovadas para o dia 18 de março. Em função da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), a CUT orienta também suas entidades a não realizarem manifestações com aglomerações de pessoas nesta data”. A vanguarda classista não pode aceitar esta verdadeira traição descarada que a Frente Popular quer traficar contra a luta dos trabalhadores, em especial os educadores e a juventude. Cabe registrar que até mesmo a Conlutas cedeu a essa chantagem do governo Bolsonaro e da CUT declarando “Insistimos que é hora de fortalecer as paralisações no dia 18. Quanto aos atos, está evidente que a realidade colocada pela pandemia apresenta situações que podem levar a impedimentos, que devem ser acompanhadas, levadas em consideração e analisadas caso a caso”, ou seja, repete a orientação da Frente Popular. Em sentido oposto, devemos convocar imediatamente assembleias de base de todas as categorias para reafirmar a greve e paralisações do dia 18/03, elegendo democraticamente comandos de base para atropelar a pelegagem da burocracia sindical cutista. As direções sindicais burocráticas ao sabotarem o dia 18 cedem às pressões da burguesia e do governo Bolsonaro para evitar a polarização política. O programa de colaboração de classes da CUT e do PT é estabelecer a “unidade nacional” para enfrentar a Pandemia. As centrais traem e recorrem a suposta defesa da saúde pública para melhor encobrir sua política de sabotagem da luta. A ameaça do surto do Coronavírus é real, mas não na equivocada medida de paralisar nossas lutas contra o desmonte neoliberal promovido por este governo neofascista,ameaçando nossa existência digna e de nossas famílias. Trata-se de uma traição a luta dos trabalhadores que nesse momento devem justamente se mobilizar através de greves para impor que os capitalistas paguem pela crise econômica, ou seja, que seja garantida a estabilidade do trabalho e o recebimento dos salários integral nas empresas públicas e privadas. Por sua vez, os trabalhadores devem exigir a garantia de acesso da população a todos os benefícios assistenciais e da Previdência Social assim como a estatização dos hospitais sob o controle dos funcionários. 


Devemos lutar pela revogação imediata da Emenda Constitucional (EC) 95/2016, conhecida por Teto dos Gastos, que congelou por 20 anos investimentos públicos nas áreas sociais. A única forma dos explorados se defenderem dos ataques do governo Bolsonaro e do Coronavírus é ganhando as ruas e paralisando o país. Sabemos que as mortes de milhares de pessoas causadas pela Dengue, Zica, Sarampo tem como vítimas os pobres e miseráveis enquanto o governo neofascista de Bolsonaro/Guedes com a ajuda do parlamento burguês cortaram gastos com a saúde pública e impuseram a reforma da previdência que cortou ainda mais as coberturas e benefícios sociais do INSS. Alertamos que o vírus da covardia e do imobilismo há muito tempo já contaminou a esquerda reformista focada exclusivamente no calendário eleitoral, sendo necessário que a vanguarda classista supere essa “pandemia” de traição as lutas e aponte uma plataforma programática que tenha como objetivo a liquidação do modo de produção capitalista que torna os trabalhadores vítimas das doenças, miséria e desemprego.