sexta-feira, 27 de março de 2020

SOCIALISMO OU BARBÁRIE: SOMENTE OS TRABALHADORES EM LUTA REVOLUCIONÁRIA PELO PODER SÃO CAPAZES DE BARRAR O CORONAVÍRUS, DERRUBAR BOLSONARO E DESTRUIR O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA!


Os que no espectro da esquerda brasileira (um arco político que vai do PT até o PSTU) “esperaram em casa” a renúncia de Bolsonaro nestes dias pela pressão de uma ala da burguesia podem continuar no sofá em longa “quarentena”! O canalha neofascista dobrou a aposta e está convocando atos para esse final de semana (de hoje até domingo) com o objetivo de forçar a abertura do comércio, o Planalto vem divulgando a campanha “O Brasil não pode Parar”. Não se trata de “loucura”, mas de uma medida calculada política e socialmente. Um setor dos caminhoneiros já anunciou apoio às manifestações bolsonaristas. As polícias militares, que são forças repressivas formalmente subordinadas aos governos estaduais agrupando mais de 500 mil homens, mas que de fato estão sob o comando político de Bolsonaro e seus aliados regionais neofascistas e milicianos podem seguir essa mesma tendência, com o “agravante” que são parte do braço armado repressivo do Estado, treinados e adestrados para atacar o povo. Aparentemente, a cúpula das FFAA encontra-se resistente em seguir a estratégia de confronto do “Capitão”, mas um setor da tropa e do baixo oficialato apoia sem dúvida sua plataforma golpista. Pequenos e médios comerciantes, ou seja, a pequena-burguesia ligada diretamente ao setor de serviços e venda de produtos a população e base do Bolsonarismo são favoráveis a fim do isolamento social duro, propondo sua flexibilização para voltar a ter caixa e lucro! Alegam que as grandes redes de supermercados e farmácias estão centralizando vendas gigantescas com os decretos dos governos estaduais, deixando-lhes em falência. Ao expor a população nas ruas, sem a mínima proteção como máscaras e material de higiene (cloro e álcool gel), já que estes produtos elevaram os preços e sumiram das prateleiras, Bolsonaro e seus apoiadores assumem uma postura genocida! 


Com hospitais tendo a capacidade de atendimento básico esgotada, sucateados e com profissionais de saúde mal remunerados, não podemos admitir que este reacionário da extrema direita tenha a menor moral para criticar outras “autoridades”, inclusive rompendo a orientação de membros do seu próprio governo. Por sua vez, o estafeta dos rentistas, o Ministro da Economia Paulo Guedes, prepara uma PEC ou uma nova “MP da Morte” de duro ataque aos trabalhadores e ao funcionalismo público em particular prevendo a suspensão do contrato de trabalho sem recebimento pecuniário qualquer e a redução salarial em até 30%. Enquanto isso PT e PSOL comemoram que a Câmara dos Deputados “derrotou Bolsonaro” ao aprovar uma “renda básica de ate R$ 1.200,00” a ser ainda aprovada pelo Senado. Esses senhores, cretinistas parlamentares tradicionais, não dizem que esta vem sendo a política oficial dos Estados capitalistas, a começar pelos EUA, absorver as dívidas das empresas e liberar pequenas “ajudas sociais” para, depois da crise pandêmica, apresentar o “rombo dos cofres públicos” como justificativa para mais arrocho salarial, privatizações, demissões, tornando os governos nacionais ainda mais reféns dos rentistas e do cassino financeiro mundial, o que abriria caminho para a fascistização do regime político das principais metrópoles e colônias, como estamos vendo respectivamente nos EUA e Brasil ou mesmo na Espanha e Argentina, o que prova que desde a direita até a centro-esquerda burguesa a receita do “clube” é praticamente a mesma! Alertamos que o seleto clube do capital financeiro internacional tornou reféns de seus interesses até mesmo governos imperialistas, gerentes estatais perenes, enquanto o “clube” representa algo mais poderoso: o império mundial do capital financeiro, onde sequer existem fronteiras nacionais. O quadro de barbárie social aumenta e as contradições do modo produção capitalista acentua-se colocando mais de forma nítida o axioma marxista: “Socialismo ou Barbárie”.




No que toca a realidade nacional, desde a LBI apontamos desde nossas modestas forças a necessidade da classe operária e seus aliados (camponeses pobres, sem-teto, assalariados) de forma organizada entrarem em cena em meio a crise viral e as provocações do neofascista Bolsonaro. “Esperar em casa”, como defendem PT, PCdoB, PSOL e até mesmo o PSTU, que a burguesia se livre do canalha instalado por ela mesmo no Planalto no lastro do golpe parlamentar imposto contra a Dilma e a Frente Popular em 2016 não passa de uma ilusão reformista reacionária e paralítica. É preciso desde já ir além dos panelaços contra o neofascista e convocar uma verdadeira jornada nacional de protesto e lutas, coordenada e unificada pelas centrais e sindicatos, associações de moradores, movimentos populares como UNE, MST e MTST, que paralise as categorias que estão trabalhando em unidade com os setores sociais explorados que se encontram em casa, os servidores públicos, a juventude estudantil, os desempregados e mesmo os marginalizados que povoam ruas, praças e calçadas, estes últimos sem qualquer proteção social. Deve-se lutar pela estabilidade no emprego, pagamento integral dos salários, nenhuma demissão, benefícios sociais do INSS para todos que precisam! Entra-se na ordem do dia a unificação da luta ativa, organizando a puteza dos explorados e oprimidos, que já abarca também um amplo setor da pequena-burguesia para além do arco do chamado “campo democrático”. Se a classe operária e seus aliados não foram vanguarda dessa luta a burguesia enquanto classe manterá o “louco” Bolsonaro ou o substituirá por Mourão, Dória ou mesmo uma “junta de Salvação Nacional” para defender a fundo seus interesses de classes. Lula e o PT nesse momento aparentemente não estão no plano de serem escalados pela classe dominante para gerir os seus negócios, toda a tendência mundial no lastro da crise do Coronavírus aponta para a fascistização dos regimes políticos e não para governos de conciliação de classes. O “clube” no máximo mudará seu gerente de plantão no Brasil para dar curso ao plano de guerra ultra-neoliberal contra o povo! Somente os trabalhadores da cidade e do campo com uma plataforma revolucionária de luta pelo seu próprio podem dar uma saída progressista à barbárie que o capitalismo em agonia arrasta a humanidade, deixando um rastro de morte que já consome milhares de vidas! Essa alternativa é a Revolução Socialista!