Ocorreu neste 08 de Março, na capital paulista, o ato em
homenagem ao dia internacional da mulher trabalhadora. Cerca de quatro mil
pessoas participaram da atividade, que após se concentrar em frente ao prédio
da TV Gazeta na Avenida Paulista passou pelo MASP e dirigiu-se em passeata
através da Consolação para o centro. Além da LBI estiveram presentes o PSTU,
PSOL, PCR, PCB, PC do B, assim como outras organizações de esquerda como TPOR e
Causa Operária. A burocracia sindical da CUT, CTB, CONLUTAS, INTERSINDICAL e
movimentos sociais como Frente de Luta por Moradia (FLM) também marcaram
presença no ato. A militância da LBI na regional de SP interveio ativamente na
manifestação (ver fotos), publicitando através de uma ampla panfletagem aos
ativistas presentes nossas posições acerca da atual e polarizada conjuntura
política nacional, marcada pela enorme pressão da burguesia tupiniquim e do
imperialismo ianque sobre a impotente Frente Popular, visando arrochar ainda
mais o padrão de vida do proletariado e das massas trabalhadoras, fato que
tende a preparar o enterro político histórico da burocracia serviçal petista,
desgraçadamente abrindo as portas para o retorno dos direitistas tucanos à
gerência do Estado burguês em 2018 se não houver uma alternativa operária e
revolucionária ao esgotamento do “modo petista de governar”.
Roberto Begocci, dirigente da LBI-SP, com as militantes revolucionárias na marcha do 8M |
Com tais perspectivas nebulosas que se aproximam, a
militância da LBI defendeu em sua intervenção a urgência de uma política
correta do proletariado para barrar pela via da ação direta, as tentativas do
capital financeiro em lançar sobre as costas das massas o peso do declínio da
economia burguesa senil. Também alertamos sobre a necessidade de se dar combate
com total independência de classe aos atos direitistas marcados para o próximo
dia 15 de março porém sem prestar qualquer apoiar o governo Dilma, como desejam
os convocantes das atividades do dia 13 que transformaram a luta inicial
contras as MP´s neoliberais em um dia nacional de apoio ao governo frente
populista usando como pretexto o fantasma do "golpe da direita".
Militantes da LBI publicitam a imprensa partidária durante a passeata na Av. Paulista |
Fato muito discutido no ato entre os ativistas, foi o atual
quadro político marcado pelo projeto imperialista de sangria e destruição da
PETROBRAS, através da Operação “Lava Jato” e a manipulação imposta pela mídia
direitista, sem a menor reação do PT. Nesta questão, insistentemente os
oportunistas de Causa Operária (PCO) não tiveram o menor senso do ridículo,
atuando no ato como verdadeiros militantes “Dilmistas”, assombrados pelo
espantalho do “golpe” e sem citar uma só frase em seu panfleto distribuído,
sobre os profundos ataques da Frente Popular aos direitos operários, esse sim,
um golpe contra as massas. As companheiras militantes da LBI também combateram
o feminismo pequeno burguês policlassista lilás, característico das
organizações revisionistas do trotskismo como PSTU, PSOL, LER e etc., que
defendem o maior recrudescimento repressivo do Estado burguês contra os
trabalhadores através da reacionária Lei Maria da Penha e depositam no
capitalismo todas as esperanças de emancipação da mulher, através de suas
perspectivas legalistas e eleitoreiras.
Apesar de nossas modestas forças, a regional da LBI de São
Paulo, em particular nossas companheiras militantes, demarcaram com as
posições do revisionismo e da Frente Popular, defendendo a articulação entre os
setores de luta dos trabalhadores de um movimento pela organização de um greve
geral de 48hs antecedida de um ato nacional ainda em março em apoio a
paralisação dos professores do Paraná, cujos trabalhadores são em maioria
mulheres, como forma efetiva de barrar os ataques neomonetaristas do capital
pelas mão do governo Dilma assim como para rechaçar as investidas reacionárias
da oposição demo-tucana!