domingo, 16 de outubro de 2016

EM BELÉM COM UMA ELEIÇÃO “CABEÇA A CABEÇA” PSOL CONSEGUIU REUNIFICAR A ANTIGA BASE ALIADA DO GOVERNO DILMA: PMDB E PT APOIAM EDMILSON NESTE SEGUNDO TURNO


Parece mesmo uma ironia da história, na cidade de Belém a antiga "base aliada" do governo Dilma vai aos poucos se reunificando em torno da candidatura de Edmilson Rodrigues do PSOL. PMDB e PT que lançaram candidatos a prefeito no primeiro turno, agora se juntam também ao PCdoB para apoiar o ex-prefeito Edmilson Rodrigues, que já está coligado ao PDT. Tentando reproduzir a "lógica" das eleições presidenciais de 2014, onde foi "vendida" a tese que o "inimigo central" a ser derrotado era o PSDB, agora em Belém a Frente Popular de colaboração de classes tenta se recompor não mais sob a égide do PT. Coube ao PSOL, uma vertente de esquerda da tradicional Social-Democracia, a tarefa de "renovar" a velha política de alianças da esquerda reformista com setores da burguesia decadente para gerenciar o Estado burguês. Neste caso concreto a burguesia do Pará sabe muito bem que pode confiar a gerência municipal de seus negócios nas mãos do PSOL, afinal Edmilson já foi prefeito duas vezes de Belém mostrando que governa para garantir o lucro dos empresários da cidade. Quando ainda era filado ao PT, Edmilson implementou uma plataforma de arrocho salarial do funcionalismo público, enfrentando várias greves reprimidas sempre com muita violência da guarda municipal. Agora não foi muito difícil para PSOL atrair o apoio da oligarquia corrupta comandada pelo Senador Jarbas Barbalho do PMDB, um antigo aliado eleitoral do PT no estado do Pará. O candidato derrotado à prefeitura pelo PMDB, Carlos Maneschy, tinha como vice em sua chapa o PRB da Igreja Universal e que agora estão ambos engajados na campanha para eleger Edmilson, esperando é claro que o PSOL retribua a "gentileza" em 2018. A chance de Edmilson ganhar a disputa pela prefeitura é bem superior a do seu colega de partido no Rio, Marcelo Freixo que enfrenta justamente o PRB que em Belém está apoiando o PSOL. O pior é que nesta ampla "salada" de apoios burgueses o PSOL em Belém poderá até receber uma mãozinha do golpista Temer, amigo político fiel do Senador Jarbas Barbalho. Não resta a menor dúvida que neste jogo burguês eleitoral não existe um único princípio programático da classe operária, tanto o PSOL, PT e PCdoB apenas traficam o nome do socialismo, para celebrar seus acordos com a burguesia nacional, sedentos para gerenciarem o Estado capitalista. O que realmente impressiona é o fato da esquerda revisionista ainda tentar mascarar as candidaturas do PSOL como uma alavanca de combate ao governo Temer e a direita fascista. Para estes farsantes do Trotskismo (CST, MAIS, PSTU e algumas "pulgas" afins) o PSOL poderia representar um "partido da esquerda socialista", mesmo declarando aos quatro ventos que defende a propriedade privada dos meios de produção (capitalismo sustentável) e também não vê inconveniente algum em estabelecer acordos políticos com vários setores reacionários da burguesia, desde sionistas até os golpistas do PMDB. A  conjuntura eleitoral em Belém é tão escandalosa, em particular a posição do PSOL, que obrigou o PSTU a definir o voto nulo nesta cidade, contrariando sua orientação nacional para este segundo turno. Os Marxistas Revolucionários entendem desde o primeiro turno que em Belém não existe uma "peculiaridade municipal" do PSOL, suas alianças abertas com os latifundiários do PDT e agora com a oligarquia Barbalho são apenas uma outra face da mesma política de acordos com a burguesia que Freixo leva adiante no Rio de Janeiro. Denunciamos em alto som como traidores da classe operária todos os revisionistas que tentam embelezar o programa Social-Democrata do PSOL em nível nacional, assim como reafirmamos nosso compromisso de vigorosa acusação do circo eleitoral vigente em nosso país em plena ante-sala do Estado de exceção. Por abaixo este regime da democracia dos ricos e construir uma alternativa de poder revolucionária para os trabalhadores!
A Mesa de Conciliação de Classes: PMDB, PRB, PDT, PV, Rede, PT e PCdoB 
declaram apoio a Edmilson (PSOL) em Belém