quinta-feira, 20 de outubro de 2016

LUCIANA GENRO APLAUDE MORO... PSTU e CST EXIGEM “PRISÃO PARA LULA”... TODOS APOIAM A CANDIDATURA DE FREIXO FAVORÁVEL A FARSA DA OPERAÇÃO LAVA JATO! PSOL, A “ESQUERDA” SOCIAL-DEMOCRATA QUE A BURGUESIA GOSTA!!! 

Luciana Genro (PSOL - MES) acaba de postar mensagens em apoio à ação do Juiz Sergio Moro “Cunha na cadeia, vitória contra a corrupção! Viva a Lava Jato!”. Não satisfeita reafirmou indiretamente no famoso bordão “Cadeia para todos! Doa a quem doer” que deseja ver Lula preso também: “Para quem estranhou o meu ‘viva’ à Lava Jato, quero dizer que estou comemorando muito a prisão do Cunha e desta casta política e empresarial corrupta deste país. E que estranho muito quem se diz contra a corrupção, mas não reconhece a importância de uma operação que pela primeira vez está fazendo com que o sistema penal - que por sua natureza é sempre arbitrário contra os pobres, que não têm dinheiro para pagar os melhores advogados - agora esteja finalmente chegando nos do andar de cima. O nosso ‘devido processo legal’ permite que 40% da massa carcerária, composta majoritariamente por pobres e negros, esteja presa sem julgamento final. Este sistema precisa mudar. Mas não só para os de cima, para todos! Que siga a Lava Jato, doa a quem doer”. Como dissemos anteriormente, com a prisão tardia de Cunha, a figura mais odiada do país, Moro de forma cristalina dá um passo para “limpar” a farsa da Lava Jato e semear a delicada prisão de Lula, que é apoiada pelo MES, CST, PSTU, MNN e MRS. Lembremos que PSOL e Freixo também apoiam a Operação Lava Jato! Vejamos o que diz o site do PSOL no artigo “MPF e Procurador-Geral recebem apoio de parlamentares pelas investigações da Lava-Jato”: “Vinte e cinco deputados federais de sete partidos e nove senadores de cinco legendas assinaram manifestos e ofereceram, ontem (18) pela manhã apoio ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para que prossigam as investigações em torno da Operação Lava-Jato. A presença dos parlamentares, capitaneada pelos representantes do PSOL, representa um não ao espírito corporativista que, através da mídia, deu a impressão de que o Senado e a Câmara, em sua totalidade, concordam com as suspeições recentemente levantadas sobre Janot e o próprio MPF por parte das autoridades citadas e que agora estão sujeitas à investigação” (Março/2015). Freixo em particular já declarou “Eu sou amplamente favorável ao combate à corrupção. Todo e qualquer governo que tiver suspeita de prática corrupta tem que ser investigado sim. É importante saber que empreiteiros e empresários que corromperam políticos que tiveram envolvidos em grandes escândalos de corrupção há muito tempo estejam sendo presos e investigados. Esse é um mérito desse momento no Brasil. Pena que isso não aconteceu antes. Se agora eles tão sendo investigados e se agora estão sendo presos não acho isso ruim. Não pode haver seletividade. Se partido A é investigado, partido B tem que ser investigado também...Evidentemente que o nosso papel é fortalecer as instituições para garantir a democracia...Que a gente possa garantir as investigações... a corrupção traz um prejuízo muito grande a democracia brasileira” (Brasil 247, 18 de março de 2016). Luciana, Freixo e o PSOL apoiam a Lava Jato, no máximo criticando seus “abusos”. Na verdade, a Lava Jato representa a porta de entrada de um novo regime bonapartista no país, de corte ideológico fascista, e ao contrário do que afirmam esses grupos revisionistas não tem nenhum aspecto progressista. Esta mesma lógica de capitulação a Lava Jato norteia desde o PSOL até o próprio PT, passando pelo neostalinista PCdoB, isto sem falar do PSTU fã do justiceiro Moro, que também defende a prisão de Lula. Desgraçadamente as forças da esquerda (PSTU, PSOL e até o PT) não percebem o que está em curso no país e majoritariamente chancelam as bases programáticas da Lava Jato (mais além de críticas pontuais aos seus “exageros”), desta forma pavimentam politicamente o caminho para o surgimento do neobanapartismo no Brasil. Com o apoio desses agrupamentos, Moro inocula seu “veneno ético” mortal em todo o espectro da política nacional (da esquerda a extrema direita), só restando compassar seus movimentos para instaurar um regime de “salvação patriótica” para livrar o Brasil de “todos os políticos corruptos”, erigindo um governo bonapartista em parceria com novos agentes capitalistas (muitos dos quais sediados nos centros imperialistas), que de certa forma estão marginalizados nas estruturas de poder do PT, PMDB e PSDB. Nesse sentido preciso veio a prisão de Cunha. Avisamos quando da delação de Sérgio Machado que Moro se utilizou de figuras como Cunha, Temer e Renan para apear o PT do Planalto, foi por um pragmático cálculo político e não se poderia descartar que a própria Lava Jato iria ser a algoz destes bandidos de Brasília futuramente. Foi o que ocorreu agora. Enganam-se os que pensam que a “Lava Jato” tem por objetivo exclusivo a “caçada” judicial ao PT. O Procurador Deltan Dallagnol, o “quadro” formulador da Força Tarefa da direita pró-imperialista, já explanou cristalinamente que a “República de Curitiba” pretendia não só remover o governo petista como também alterar profundamente o regime político vigente. Para esta “tarefa divina” não descartam depurar institucionalmente o PMDB e PSDB, na medida em que a conjuntura permitir, ou seja, caso o governo Temer “engasgue” na aplicação das reformas neoliberais exigidas pelo mercado financeiro, o Tea Party tupiniquin estaria a postos para assumir as rédeas do regime político, reconfigurando radicalmente a Constituição “democrática” de 1988. A plataforma da Lava Jato “10 medidas contra a corrupção” (escandalosamente apoiada por Luciana Genro e PSTU) já é um esboço reacionário do programa do novo regime que defendem para o país. Para além da “afinidade programática e ideológica” entre Luciana e o Moro com sua “força tarefa da Lava Jato”, há ainda por parte da dirigente do PSOL-MES um cálculo eleitoral no horizonte. Nas eleições presidenciais de 2018, não está descartado a Rede coligar-se com o PSOL. Se Marina ceder a legenda para Moro (como tudo indica), o vice na chapa da Rede pode ser indicado pelo PSOL para ampliar seu espectro político, com o nome de Luciana ganhando peso por sua devoção a Lava Jato, defender a prisão de Lula e “cadeia para todos os corruptos”. Ainda é muito cedo para “bater o martelo” como se gestará a aliança entre Rede-PSOL, o certo é que Luciana Genro tem amplo trânsito com Marina Silva (chegou a defender o apoio do PSOL a seu nome em 2010) e a coligação Rede-PSOL seria uma frente partidária para acolher o juiz que comanda a “República de Curitiba”, uma unidade contra a “velha direita e o PT” e em “defesa da ética e do combate à corrupção”. Por isso tudo isso Luciana dá “vivas” a Lata Jato... Ao contrário de Luciana, Freixo, PSOL, PSTU e das “pulgas” revisionistas que apoiam as candidaturas do PSOL a LBI chama a combater o embuste da Operação “Lava Jato” assim como denunciou o julgamento farsa do “Mensalão”. Esta tarefa neste momento significa unificar na mesma pauta programática a luta contra a ofensiva neoliberal que pretende subtrair nossos direitos sociais e políticos, combate que deve ser combinada com a defesa incondicional de todos os militantes políticos da esquerda que se postam no campo nacional, democrático e popular. A vanguarda classista deve abstrair todas as lições programáticas destes episódios e jamais empunhar a bandeira da “ética e moralidade pública” como faz o PSOL, PSTU, MAIS.... Como afirmou Lenin, o Estado burguês não pode ser “democratizado” ou tornar-se “público”, deve ser demolido pela ação violenta e revolucionária da classe operária. A corrupção não é um fenômeno episódico no regime capitalista, faz parte dos seus próprios mecanismos de acumulação privada de mais-valor. Somente a imposição de outra ditadura de classe, desta vez de caráter proletário, será capaz de iniciar a construção de uma nova sociedade e para alcançar esse objetivo estratégico é preciso edificar um partido operário revolucionário em nosso país, que supere o PT e não seja sua reedição piorada como o PSOL de Freixo, Luciana e Babá!