sexta-feira, 30 de junho de 2017

30 DE JUNHO: “GREVE GERAL” DE PRESSÃO PARLAMENTAR (DIRETAS JÁ!) REVELOU A TRAIÇÃO E FIASCO
DA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT, PSOL E PCdoB

LBI organizou piquetes ativos nos bancos
em oposição a política domesticada da burocracia sindical

O “dia nacional de luta” deste 30.06 foi marcado por manifestações esvaziadas e poucas paralisações de categorias a nível nacional. As direções sindicais burocráticas não mobilizaram suas bases nem mesmo para os atos de pressão parlamentar pelas “Diretas Já”. Poucas rodovias foram fechadas, quase nenhuma fábrica parou e no máximo em algumas capitais não funcionaram ônibus e Metrô, registrando-se especialmente que em São Paulo, os transportes coletivos funcionaram normalmente. Uma prova disso é que a CUT e CTB com apoio de setores do PSOL, como o MES de Luciana Genro, sabotaram a paralisação dos metroviários na capital paulista. O eixo político da manifestação resumiu-se a “Fora Temer, Diretas Já”, com a suposta luta contra as reformas neoliberais sendo apenas um adereço secundário do protesto, revelando a traição e o fiasco da política de colaboração de classes do PT, PSOL e PCdoB.

Manifestações esvaziadas marcaram este dia 30,
que de greve geral operária passou bem longe 
Dentro de nossas forças militantes, as oposições sindicais impulsionadas pela TRS intevieram nas manifestações dessa sexta-feira denunciando o caráter domesticado dos atos, que em nada se assemelham a uma greve operária ou mesmo a uma paralisação nacional. Sindicalistas revolucionários fizeram piquetes em agências bancárias, escolas, fábricas, obras e em garagens de ônibus. A disposição de luta das bases foi minada pelo completo vascilo e covardia das direções sindicais, que depois de sabotarem a mesmo limitada greve geral de 24hs, acabaram por esvaziar os atos de hoje.

Direção da TRS presente na manifestação de rua
em defesa da derrubada revolucionária de Temer 
A direção da TRS defendeu a derrubada revolucionária por fora da institucionalidade buruesa, do golpista Temer e suas reformas neoliberais, se chocando com a política de colaboração de classes dessas direções. O fato do governo aprovar a reforma trabalhista na CCJ e nos próximos dias no plenário do Senado é produto dessa verdadeira camisa de força imposta aos trabalhadores, não havendo radicalização da luta. Tanto que a manifestação de hoje foi bem aquém da “Greve Geral” de 28 de abril.

Oposição Unidade na Luta dos Urbanitários, filiada a TRS,
denuncia o governo Camilo (PT) como parceiro de Temer na privatização da água
O revés de hoje dará mais fôlego para a burguesia aprofundar sua ofensiva contra os trabalhadores e organizar seu plano estratégico de manter Temer agonizando até costurar um acordo entre suas alas para através das eleições legitimar a ascensão ao Planalto de um “salvador da pátria”. De nossa parte defendemos a convocação de um Congresso Nacional dos trabalhadores para forjar um embrião de poder proletário por fora da institucionalidade burguesa e de seu circo eleitoral!