segunda-feira, 5 de junho de 2017

NOVA “GREVE GERAL” MARCADA PARA 30 DE JUNHO: BUROCRACIA SINDICAL ORGANIZA APENAS UM DIA DE PRESSÃO SOBRE O CONGRESSO CORRUPTO E PELAS “DIRETAS JÁ” COMO UM FREIO PARA CONTER A RADICALIZAÇÃO DAS MASSAS. LUTAR PELA GREVE GERAL INSURRECIONAL POR TEMPO INDETERMINADO PARA DERRUBAR O ESTADO CAPITALISTA, SUAS REFORMAS NEOLIBERAIS E SEU GERENTE DE PLANTÃO!


Nesta segunda-feira (05/06), as centrais sindicais decidiram convocar uma nova Greve Geral para o dia 30 de junho, ou seja, uma paralisação nacional de apenas 24hs mais de dois meses depois da greve de abril. Segundo, a CUT, “Além da luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, as mobilizações ganham o ‘Fora Temer’ como ingrediente importante ao lado da bandeira por Diretas Já”. A nota conjunta das centrais afirma que “As centrais sindicais, (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e A Pública- Central do Servidor), convocam todas as suas bases para o calendário de luta e indicam uma nova GREVE GERAL dia 30 de junho. As centrais sindicais irão colocar força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo Fora Temer”. O eixo político da nova greve geral será o mesmo, o inofensivo “Fora Temer”, que agora conta com o apoio político das organizações Globo e seus artistas de “direita e esquerda” unidos pelo “Temer Jamais”.  O objetivo das burocracias sindicais da CUT, CTB, FS... com a marcação de uma nova greve geral “light” é de conter o potencial revolucionário das massas diante da profunda crise política do regime burguês democrático, canalizando a revolta popular com a lama podre do Estado capitalista para os marcos deste Congresso Nacional de bandidos. A escolha do dia 30 de junho com mais de dois meses após a greve geral de abril corresponde à necessidade de “esfriar” o movimento operário e apostar as fichas no inofensivo movimento policlassista das “Diretas já!” que começa a tomar corpo no país, com os atos dos artistas no Rio e em São Paulo. Com essa data dão tempo da burguesia costurar seus acordos por uma saída para o desgaste do governo Temer. Os Marxistas Revolucionários que participaram criticamente da última greve geral de abril, já declararam que não formarão nenhuma "frente única" em defesa das "Diretas já!", ou da mera pressão institucional ao parlamento corrupto (como o "Ocupa Brasília"), integrarão este novo chamado das Centrais pelegas de forma ainda mais crítica e com total independência política e programática das burocracias sindicais. Continuaremos a combater por uma saída revolucionária das massas diante do colapso da democracia dos ricos e seus gestores mafiosos. Lutaremos na defesa da organização de uma verdadeira Greve Geral por tempo indeterminado até a derrubada do governo golpista de plantão e suas reformas neoliberais, impulsionando um caráter insurrecional as paralisações do proletariado urbano e rural no sentido que possam construir seu próprio poder de classe no processo vivo da queda do Estado capitalista e do conjunto de suas instituições apodrecidas historicamente. Alertamos a vanguarda classista que a convocação da greve geral do dia 30 de junho sem a alteração desta política geral tem o objetivo de alavancar uma saída democrática burguesa no marco da crise do regime vigente, isto sem falar no prenúncio de que as reformas neoliberais podem ser aprovadas mesmo diante do colapso terminal do governo Temer. Somente com a mudança radical de perspectiva política do movimento de massas poderemos derrotar o ajuste rentista iniciado por Dilma e que seu ex vice-presidente tenta concluir. Por esta razão diante do agravamento da crise do regime burguês os Marxistas publicitamos a necessidade da organização de um greve geral por tempo indeterminado, rejeitando os “escapes” democráticos (diretas ou constituinte), ao mesmo tempo que forjamos embrionariamente a consciência dos explorador na senda da construção de seu próprio poder estatal, o governo operário e camponês ,como um sinônimo político da Ditadura do Proletariado.