UMA LEITURA MARXISTA DA PESQUISA DATAFOLHA: LULA LEGITIMARÁ
O CIRCO ELEITORAL FRAUDADO DA DEMOCRACIA DOS RICOS E SOMENTE PODERÁ SER
DERROTADO NO 2º TURNO PELO JUSTICEIRO MORO COM O APOIO DA REDE DE MARINA SILVA
Enquanto o conjunto da Frente Popular vem festejando há
algum tempo os resultados das pesquisas eleitorais que colocam Lula no topo das
intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, já fazendo campanha
eleitoral antecipada via a defesa das “Diretas Já”, a LBI alertava que o
candidato do PT, que de fato tem grande potencial eleitoral ainda mais diante
da crise do governo Temer, terá a função principal de legitimar o circo
eleitoral fraudado da democracia dos ricos. Ao final da disputa entretanto será
derrotado no 2º turno por um candidato da nova direita Bonapartista, como Sérgio Moro.
Mesmo com todas as distorções e manipulações, os dados da Datafolha confirmam
nossos prognósticos: Lula lidera em todas as sondagens no primeiro turno, mas
será derrotado por Moro ou um clone seu (Deltan Delagnoll ou JB) ao final da
corrida presidencial. O Juiz da "República de Curitiba" terá o apoio de Marina
Silva, Joaquim Barbosa e de setores do PSOL como o MES de Luciana Genro e mesmo
Chico Alencar, além da Rede Globo. Não é segredo para ninguém que Ivan Valente e Marcelo Freixo
costuram a nível nacional, um acordo com a REDE em torno da candidatura do
deputado Chico Alencar somado a algum nome indicado pela “República de
Curitiba” que venha a se filiar no partido de Marina, possivelmente o
procurador Delagnoll ou mesmo o justiceiro fascista Sérgio Moro. Neste caso o
deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) poderia ser vice ou cabeça de chapa ao
Planalto dependendo do peso do nome indicado pela REDE. Logicamente uma
coligação desta envergadura entre o PSOL e a REDE, teria como objetivo central
da burguesia debilitar a candidatura de Lula em 2018, facilitando o caminho de
uma apertada vitória da nova direita ou mesmo do tucanato com Alckmin, Dória ou
Tasso Jereissati na cabeça contra o PT. Ainda em outubro de 2016, no artigo
“Rede colhe o maior fiasco do circo eleitoral: Marina terá que entregar a
legenda ao justiceiro Moro em 2018 para conseguir sobreviver. Um primeiro aviso
a uma esquerda que não quer enxergar a marcha do Bonapartismo!” a LBI pontuava
essa perspectiva que “Sem o menor peso eleitoral em nível nacional para tentar
cacifar novamente sua candidatura presidencial, só restará ao REDE e sua
caudilha Marina oferecer a legenda ao ‘justiceiro’ da República de Curitiba:
Sérgio Moro. Não se trata de mais uma especulação do possível tabuleiro
eleitoral de 2018, mas de uma necessidade histórica do regime capitalista, ou
seja, diante da crise econômica impor ao país um governo bonapartista para
derrotar a resistência das massas ao ‘ajuste’ neoliberal que Temer não
conseguirá implementar integralmente. A operação ‘Lava Jato’ é algo bem
superior do que uma simples farsa jurídica para criminalizar o PT e prender
Lula. Foi planejada desde Washington para desnacionalizar os ramos mais
importantes da economia brasileira, Moro acompanhado de sua esquadra fascista é
um homem treinado nos EUA para ser catapultado como o ‘herói nacional’, levantando
a bandeira da luta contra a corrupção estatal da esquerda reformista. É certo
que a burguesia nacional tentou antes uma manobra similar com o ex-ministro
Joaquim Barbosa, ‘carrasco do Mensalão’, o magistrado do STF declinou do
convite em 2014 certo que Marina venceria aquela disputa, mas o PT ainda tinha
‘bala na agulha e barrou o engodo reelegendo Dilma. Com a fundação do REDE após
a eleição de 2014, Marina vem ‘patinando’ entre o comando Tucano e seus chefes
da Casa Branca e do Itaú que financiaram a fundação do novo partido
‘ecoenganador, agora com o fiasco eleitoral de 2016 não há mais espaço para
adiar sua rendição a Moro ou a Alckmin e a maioria staff marineiro se já
inclina para o ‘justiceiro’. Moro patrocina muito discretamente sua campanha ao
Planalto, sua publicidade política fica por enquanto exclusivamente a cargo da
famiglia Marinho que trafica a ‘ponte’ entre Marina e a ‘República de
Curitiba’, a ex-senadora deverá ser indicada a vice na chapa ‘Preto/Esmeralda’,
simbolizando a unidade eleitoral do fascismo como o eco-imperialismo”.
Alertamos ao movimento operário já a algum tempo da marcha inexorável da
direita fascista, que tem na perspectiva de instaurar um governo bonapartista
sua principal estratégia política diante da crise do regime. Enquanto isso, o
PSOL e seus satélites como o MAIS já estão “divididos” entre apoiar Lula ou os
porta vozes da Lava Jato em um segundo turno, como revelaram as palavras do
prof. Valério Arcary em defesa de um apoio “crítico” a Lula, caso o PSOL não vá
para o segundo turno em uma coligação com a Rede, o que já é realidade em
vários estados, como vemos agora no Amazonas. Como Marxistas Revolucionários
não patrocinamos ilusões eleitorais na Frente Popular e na candidatura Lula.
Lutamos para a vanguarda romper com a política de colaboração de classes do PT
e chamamos a construção de uma alternativa revolucionária ao conjunto do regime
político burguês e suas apodrecidas instituições, combatendo vigorosamente o
governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide mas sem
capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é
amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo
eleitoral de 2018! Para derrotar Moro e a nova direita Bonapartista o caminho
não é a disputa fraudada nas urnas ou exigir "Diretas Já" mas
derrubar nas ruas o governo Temer, suas reformas neoliberais e construir
organismos de poder dos trabalhadores, o que passa por convocar uma Greve Geral
de massas, ativa e insurrecional, para derrubar o conjunto do regime burguês!