quinta-feira, 1 de junho de 2017

"QUEIMA DE ARQUIVO": DELEGADO DA PF QUE ABRIU INQUÉRITO SOBRE A MORTE DE TEORI ZAVASK FOI ASSASSINADO PORQUE DETINHA INFORMAÇÕES QUE REVELAVAM AS VERDADEIRAS CIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTE AÉREO "FRABRICADO" NAS ENTRANHAS DO PODER BURGUÊS

O Blog da LBI reproduz o artigo publicado no dia da morte de ministro do STF, Teori Zavask, em 19 de Janeiro deste ano, quando denunciamos o assassinato do magistrado via um acidente aéreo como produto da brutal luta fratricida travada no interior das classes dominantes pelo controle político da Suprema Corte, orquestrado pela gang comandada por Temer. O falecido ministro togado mesmo seguindo a linha geral golpista resistia em conceder um indulto pleno a máfia dirigente do PMDB, da qual Temer é historicamente o "capo", as delações da família Odebrecht não estavam agradando o Planalto, apesar da forte inclinação em criminalizar o PT. Estamos fazendo o resgate desse texto da LBI diante do "estranho" assassinato do delegado da PF, Adriano Antonio Soares. Foi ele quem abriu o inquérito policial e iniciou a investigação dos motivos que levaram a queda do avião de Zavask, tendo conhecimento das verdadeiras circunstância que levaram a morte de Teori. O assassinato do delegado da PF trata-se de uma verdadeira "queima de arquivo" na medida em que o mesmo detinha informações que se viessem a público aprofundariam ainda mais a crise do regime político e do governo Temer. A perícia feita imediatamente após a queda do avião foi a cargo da equipe do delegado morto. O inquérito havia sido transferido para Brasília justamente para haver o maior controle da direção da PF sobre a divulgação das conclusões da investigação. A nota da PF publicada após o assassinato do delegado, tentando desvinculá-lo da investigação só reforça os indícios de queima de arquivo, pois é sabido que as informações mais importantes sobre a aeronave e os corpos encontravam-se com Adriano, que era delegado-chefe da Polícia Federal em Angra dos Reis desde 2009, cidade onde ocorreu o acidente "fabricado" com o avião com Teori. Junto com ele estava Elias Escobar, também delegado. A versão apresentada para a morte dos delegados federais é que teria ocorrido um "desentendimento" entre os dois com um terceiro elemento em um casa de garotas de programa em Florianópolis, cidade em estavam participando de um curso da corporação. Fica evidente que se tratou de uma armadilha montada para eliminar Adriano Antônio Soares, mais um fato que reforça a denuncia que a LBI fez do assassinato orquestrado do ministro do STF. Enquanto as gangs burguesas a frente do Estado capitalista não vacilam em eliminar fisicamente esses "arquivos vivos" que podem colocar a nu as relações mafiosas do poder burguês, a esquerda revisionista (como o grupo MAIS-PSOL) mesmo diante de todas as evidências jura sua fidelidade aos ritos sagrados da democracia capitalista, acreditando que a burguesia não ousaria ultrapassar os limites das "tradicionais" manobras políticas existentes no "jogo do poder", portanto conspirações e assassinatos não poderiam fazer parte do "cardápio" das classes dominantes.


ASSASSINATO DE TEORI: REPÚBLICA GOLPISTA DA BARBÁRIE COMEÇA A FAZER VÍTIMAS ENTRE OS SEUS PARES (19 de janeiro de 2017)
A barbárie que instalou no país com o golpe parlamentar que depôs a presidente Dilma, começa a fazer suas primeiras vítimas no seio das próprias classes dominantes que patrocinaram a recrudescimento do regime político. Agora não são só os presidiários "falangistas" que são o alvo da sanha assassina do Estado Burguês, a brutal luta fratricida travada no interior das classes dominantes pelo controle do butim estatal acaba de executar um ministro da Suprema Corte do país, não por coincidência o responsável por todo o processo da famigerada Lava Jato no STF. Teori Zawascki foi literalmente abatido em pleno voo quando se dirigia da capital paulista para um final de férias em Paraty no litoral fluminense. Nada melhor do que forjar uma pane técnica em um "teco-teco" que pertencia a uma rede hoteleira, um acidente "perfeito" às vésperas do reinício dos trabalhos do judiciário, justamente quando as delações da Odebrecht viriam a ser reveladas publicamente. A mídia "murdochiana" não esperou sequer o aparecimento do cadáver e rapidamente alertou que caberá a Temer a indicação do substituto de Teori no STF, cabendo ao ministro neófito a toda a responsabilidade de herdar a condução da Lava Jato no Supremo. Não há espaço para especulação de uma "teoria da conspiração" segundo os arautos do golpe, trata-se de mais um acidente aéreo "corriqueiro" como o que ceifou a vida do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em 2014. Entretanto para os Marxistas que conhecem muito bem o "jogo bruto" das elites capitalistas quando a taxa de lucro ameaça declinar, não resta a menor sombra de dúvida de que Teori foi "removido" do campo de batalha que não tolera vacilações. O falecido ministro togado mesmo seguindo a linha geral golpista resistia em conceder um indulto pleno a máfia dirigente do PMDB, da qual Temer é historicamente o "capo", as delações da família Odebrecht não estavam agradando o Planalto, apesar da forte inclinação em criminalizar o PT. Nada melhor então do que nomear um novo ministro, com o aval da quadrilha de Renan no Senado, para "depurar" das delações os fatos vinculados aos caciques do PMDB. Velado o corpo com o "luto oficial" dos próprios assassinos, logo surgirá um nome "probo" para assumir o legado de Teori no STF, sem o incômodo de atingir a anturragem do golpista Temer.