BUROCRACIAS SINDICAIS DA CUT, CTB E CONLUTAS DILUEM A
ORGANIZAÇÃO DA GREVE GERAL DO DIA 30/06 EM UMA “JORNADA DE LUTAS” PELAS
DIRETAS: DE OLHO NAS ELEIÇÕES DE 2018 OU ANTES SE A CRISE DO REGIME SAIR DO
CONTROLE POLÍTICO DA BURGUESIA
“No dia 20, atos por direitos e eleições diretas como parte da Jornada de Lutas”. Dessa forma a direção nacional da CUT convoca as manifestações previstas para esta terça-feira “a fim de aumentar pressão popular pelo fim das reformas e eleições diretas já”. Tal “Jornada de Lutas” visa diluir a organização da Greve Geral do dia 30.06, tanto que a própria nota da CUT sequer convoca a paralisação do final do mês afirmando genericamente que “Os participantes pretendem mobilizar a população para participar da Greve Geral marcada para o próximo período”. De fato a burocracia sindical da CUT e da CTB está rediscutindo a paralisação do dia 30 porque apesar de todas suas limitações ela polarizaria a situação política nacional, o que neste momento não desejam nem a Frente Popular nem o Tucanato ligado a Tasso e FHC que costuram um acordo em torno das “Diretas Já” que unificaria duas importantes alas burguesas. PT e Tucanos, duas alas da social democracia tupiniquim, uma de esquerda lastreada nos momentos sociais e a outra de direita inspirada no partido democrata dos EUA. Em comum o fato de ambas rejeitarem o Socialismo Revolucionário e compartilharem a doutrina do "Welfare State". Hoje o principal objetivo político das duas vertentes da social democracia é justamente resgatar o combalido regime democrático, em etapa de decomposição social em razão da crise estrutural do modo de produção capitalista. No caso específico da Conlutas, na medida que o PSTU não tem o menor peso eleitoral, apesar das críticas ao PT e as “Diretas Já", sua direção busca pressionar o PSOL a aceitá-los na Frente de Esquerda (que já lançou a candidatura presidencial de Chico Alencar) com seu peso sindical...enquanto o MAIS se transformou em cabo eleitoral do Marcelo Freixo ao senado no Rio de Janeiro. Os sindicalistas revolucionários da TRS-LBI e nossas oposições combativas estão desde já denunciando na base das categorias essa manobra da burocracia sindical para sabotar até mesma limitada Greve Geral do dia 30.06. Como alertamos, o momento é de apresentar nas lutas e nas ruas uma plataforma socialista como alternativa concreta para derrubar o gerente golpista e suas reformas neoliberais exigidas pelo “mercado”. Nesse sentido, os ativistas classistas devem se opor a esse engodo montado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, agitando a necessidade de uma Greve Geral de massas, ativa e insurreicional por tempo indeterminado como primeiro degrau na construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores. A campanha pelas “Diretas Já”, sem qualquer conteúdo democrático real serve apenas como um escape eleitoral para a profunda crise do regime vigente, os Comunistas Leninistas não embarcarão nesta canoa furada, ainda mais agora que Lula, FHC e o PSOL/MAIS estão abraçados na tarefa de salvar a nau à deriva da democracia dos ricos. Diante da crise política que está mergulhado o governo Temer e o conjunto do regime político burguês faz-se necessário organizar um Congresso Nacional dos Trabalhadores, agrupando o movimento operário, popular e estudantil, ampla e democraticamente convocado, que deve ser forjado como uma alternativa de poder dos trabalhadores. A LBI lança um chamado franco à toda vanguarda classista, a grupos políticos, sindicais e organizações marxistas para juntos convocarmos um Congresso que aprove uma plataforma de centralização das lutas como alternativa a farsa de uma saída eleitoral nos marcos da institucionalidade burguesa. O seu caráter não é meramente sindical e sim o embrião de um organismo político de frente única capaz de agrupar todos os setores explorados do país para assentar as bases de um poder de novo tipo, proletário e socialista!