GRUPO “MAIS” INTEGRA FRENTE AMPLA POR “DIRETAS JÁ” PARA “RESTABELECER
LEGITIMIDADE AO SISTEMA POLÍTICO”: A DUPLA VALÉRIO E WALDO SE ENTERRA CADA VEZ
MAIS NA TAREFA DE SOCORRER O REGIME EM BANCARROTA ATUANDO COMO TENDÊNCIA “EXTERNA”
DO SOCIALDEMOCRATA PSOL
O MAIS, grupo ultra-revisionista comandado pela dupla
Valério e Waldo, assinou ontem (05/06) a nota da “Frente Ampla Nacional pelas
Diretas Já” formada por PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL além de todo arco político e
sindical que compõe a Frente Popular que defende as “Diretas Já” como um único
caminho “capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político” burguês. Ao
lado da presidente do PT, Gleisi Roffman, uma das mais fiéis defensoras dos
ataques neoliberais do governo Dilma quando era chefe da Casa Civil, os
representantes do MAIS seguiram fielmente a política do PSOL (representado por Marcelo Freixo na reunião) em busca de
encontrar uma saída de aparência “democrática” para a crise do regime político.
A configuração política da Frente político-sindical está inteiramente voltada
para o plano eleitoral, na verdade é um comitê eleitoral da candidatura Lula,
nome que a maioria do PSOL irá apoiar em um eventual segundo turno em 2018. A
proposta de emendar a atual constituição desta tal Frente nem sequer pode ser
considerada democrática, pois pressupõe que em caso de vacância da presidência
da república e vice seriam convocadas eleições diretas somente se ainda
restassem seis meses de mandato dos ex-membros da chapa presidencial, contra o
texto atual da constituição (artigo 81) que estipula o prazo de dois anos, ou
seja, a grande diferença “programática” entre os golpistas das indiretas e os
paladinos das diretas é apenas de um ano e meio... Porém a questão é bem mais
profunda do que somente prazos eleitorais, a bandeira das “Diretas já!” cumpre
a função política de rebatizar o próprio regime democrático completamente
afundado na lama e desmoralização popular, como textualmente prega a carta
subscrita pelo MAIS. O degenerado grupo do Prof. Valério ajuda a criar a ilusão
nas massas de que agora “votando certo” (no PSOL e depois no PT) o país
voltaria a crescer e se livrar da corrupção estatal, a grande vilã da crise
nacional segundo a "doutrinação" da mídia "murdochiana". Se
hoje o proletariado mostra os primeiros sinais de movimento e ação direta após
mais de uma década entorpecido pela política de colaboração de classes da
Frente Popular, não seria minimamente justo novamente lhe empurrar o esbulho da
democracia burguesa como via de sua emancipação social. Também não é o caso de
radicalizar a proposta eleitoral desta Frente burguesa (PSOL,PT, PDT, REDE
Etc..) chamando eleições gerais já em todos os níveis (de presidente até
vereador) para encharcar ainda mais a classe operária com o mito do poder do
"voto transformador" como de fato defende o PSTU ou mesmo uma Constituinte
como prega o MRT. Longe de apoiar essa frente de colaboração de classes quando
a farsa da democracia dos ricos está se revelando para as massas na intensa
dinâmica da crise interburguesa, o momento é fértil para os Marxistas
Revolucionários apresentarem sua plataforma socialista como uma alternativa
concreta para derrubar o gerente golpista e suas reformas neoliberais exigidas
pelo "mercado". A greve geral insurrecional por tempo indeterminado é
o primeiro degrau na construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores.
A campanha pelas "diretas já", sem qualquer conteúdo democrático real
serve apenas como um escape eleitoral para a profunda crise do regime vigente,
os Comunistas Leninistas não embarcarão nesta canoa furada! O “MAIS” reformista
vai se dissolvendo completamente no PSOL, como mais uma tendência externa de
“pressão” no amplo espectro socialdemocrata que primeiro votarão em Chico
Alencar (defensor da Lava Jato) para depois embarcarem de cabeça na candidatura
Lula em 2018, afinal de contas clamam por “Diretas já” para de fato verem o
candidato petista voltar ao Planalto apoiado pela “Frente Ampla” que o grupo da
dupla Valério e Waldo acabou de ingressar!