quinta-feira, 29 de junho de 2017

TENTATIVA DE GOLPE DA DIREITA CONTRA MADURO: APLASTAR OS FASCISTAS E TERRORISTAS APOIADOS PELOS EUA, LIT e UIT!


Um helicóptero guiado por um policial fascista e seu bando disparou contra o Supremo Tribunal de Justiça, o Ministério do Interior da Venezuela e também chegou a sobrevoar o Palácio de Miraflores, sede do governo nacional. Até agora o único identificado foi o inspetor de polícia Óscar Pérez, do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC). Ele também é ligado ao ex-ministro do Interior Miguel Rodríguez Torres, agora crítico do governo. Por trás da ação está um grupo que reúne militares, policiais e civis fascistas e terroristas a serviço do imperialismo ianque. Nas redes sociais, ele publicou um vídeo em que lê um comunicado: "Somos uma coalizão de militares, policiais e civis em busca do equilíbrio e contra este governo transitório criminoso. Neste dia, estamos realizando uma ação aérea-terrestre com o único fim de devolver o poder ao povo democrático, e assim cumprir as leis, para restabelecer a ordem constitucional", disse Pérez à frente de quatro homens encapuzados. Quatro granadas foram lançadas e 15 tiros disparados em um claro ataque terrorista orquestrado pela direita em uma tentativa embrionária de um golpe de estado contra Maduro, que corretamente denunciou o ocorrido como um ataque terrorista: “A culpa recai sobre um inspetor de polícia, que também é piloto, paraquedista, mergulhador e ator, e se apresenta, em um vídeo, como ‘guerreiro de Deus’. Acusamos o policial também de ter ligações com a CIA”. Esse ato terrorista não é um ato isolado, ocorre no lastro dos ataques de bandos fascistas a prédios públicos e em um momento em que o chavismo atravessa uma grave crise interna com várias rupturas, como a da procuradora-geral do país, Luisa Ortega. A tentativa de golpe seguiu-se aos grandes distúrbios em Maracay na segunda-feira, 26 de junho. A oposição, que se declarou em estado de “desobediência”, apelou por 4 horas de bloqueio de estradas. Como se observa estão amadurecendo as condições políticas para um golpe de estado bem-sucedido contra Maduro, que conta inclusive com o apoio dos revisionistas do trotskismo como a LIT e a UIT. A LIT declara “Fora Maduro” e afirma que “A cada dia, mais e mais setores chegam à conclusão de que com este governo não há saída e que a Venezuela não tem futuro... Aumenta a cada dia aqueles que dizem Fora Maduro! O povo diz: “Maduro, vá embora já!”.” (Sitio LIT, 08.06).  Por sua vez a UIT apregoa “AS RUAS!! Pela saída de Maduro” (06.06), com os Morenistas fazendo claramente o jogo da reação burguesa, do fascismo e dos EUA. O quadro social, político e econômico reflete a investida do imperialismo e da direita golpista contra o governo Maduro. Frente a esta situação defendemos a unidade de ação militar com o “chavismo” para derrotar a reação burguesa pró-imperialista, forjando uma alternativa de direção revolucionária para os trabalhadores! Por esta razão reafirmamos que é preciso derrotar com os métodos de luta da classe operária a direita golpista sem capitular ao “chavismo” e seu projeto nacionalista burguês!  Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política sua genuína bandeira socialista. As bravatas de dissolução da reacionária Assembleia Nacional feitas por Maduro não passam de uma barganha com a direita golpista, ligada diretamente a Casa Branca. O Chavismo como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês, historicamente é incapaz de levar adiante a tarefa de construção dos conselhos operários de poder, os Soviets. A demagogia Chavista da formação dos conselhos populares e do armamento da população para enfrentar a ofensiva imperialista se mostrou como mais uma falácia da burguesia “bolivariana”, agora diante do aprofundamento da crise social Maduro se apoia exclusivamente nos militares “fiéis”. Porém a história mundial da luta de classes já demonstrou que a “traição” é o principal motor dos golpes de Estado patrocinados pelo “Tio Sam”. A tarefa prioritária da classe operária venezuelana nesta conjuntura de gestação da guerra civil, passa necessariamente pela construção do seu próprio poder estatal (com todas suas instituições embrionárias) para derrotar tanto a direita golpista como a iminente capitulação do Chavismo frente a reação!