LULA EM CURITIBA: MAIS UMA TENTATIVA VÃ DE CONVENCER A BURGUESIA
NACIONAL DE QUE É A MELHOR ALTERNATIVA PARA A CRISE CAPITALISTA
Em um novo depoimento sem grandes "novidades", onde o
justiceiro Moro tentou acuar o ex-presidente pelo fato de ter recebido
"pequenos favores" de empresários "amigos", Lula repetiu a
"simplória tese" de que a "República de Curitiba" e sua
famigerada "Lava Jato" é refém da imprensa para condená-lo. Sem
apontar os verdadeiros "chefes" da Força Tarefa e do
"juizeco"( os cartéis imperilistas ianques), Lula omite para as massas que o acompanham como liderança
os reais interesses econômicos e políticos que se escondem por trás da
"República de Curitiba", caminhando em outro sentido acusa
genericamente a "imprensa" de pretender a sua criminalização. É óbvio
que Lula teve como estratégia poupar seus detratores e "aliviar" a
responsabilidade dos barões da mídia, como a "Famiglia" Marinho,
responsável pelo golpe parlamentar que lançou o país na atual barbárie
neoliberal. Quanto a delação de Palocci, Lula evitou denunciar que seu
ex-ministro da Fazenda, atua como um agente do capital financeiro no interior
da Frente Popular, pelo simples fato de também ser "parceiro" de
grandes banqueiros como é o caso do grupo Bradesco, beneficiado com
privatizações de bancos estaduais em seu governo. O ex-presidente “operário”
nem sequer mencionou as ajudas milionárias dadas a Rede Globo em seu governo,
uma negociata articulada diretamente por Palocci com o clã Marinho em nome de
uma “boa convivência” com a Frente Popular. Lula sabe que será condenado
novamente pelo "justiceiro" Moro e evita o confronto, mas parece que
confia que o próprio STF imerso em uma crise interna irá resgatar juridicamente
sua candidatura presidencial para 2018. Com esta postura "respeitosa"
frente a anturragem reacionária Morista, Lula tenta dialogar com a burguesia
nacional para se apresentar como uma alternativa "responsável" diante
das reformas neoliberais que nitidamente não terão condições de serem
efetivadas pelo governo golpista da quadrilha Temer. Por sua vez Lula visa
preservar suas relações com os grandes capitalistas e os empreiteiros em particular, alegando
que “nunca tratou de cifras com a Odebrecht ou qualquer outro empresário do Brasil”. O petista mantém esse teatro porque não
pode revelar o verdadeiro funcionamento do Estado capitalista, cuja engrenagem funciona como um comitê de
negócios da burguesia, onde seus gerentes de plantão, como a Frente Popular,
fazem dos recursos do Tesouro Nacional um indutor milionário das empresas privadas, que em troca pagam comissões
(propinas) para todos os partidos da ordem, incluindo obviamente o PT, ainda
que em valores e percentuais bem menores do que os repassados para o Tucanato e
a quadrilha do PMDB. Após o julgamento, o PT, a CUT, o MST e seus satélites
como o decadente PCO promoveram um ato eleitoral em apoio à candidatura Lula. Ainda que
sejamos contra a perseguição e a possível futura prisão de Lula a ser definida
pelo TRF e o próprio STF de acordo com as conveniências da burguesia, não
avalizamos em nenhum momento a política de colaboração de classes do PT.
Lutamos contra a ofensiva policialiesca e reacionária do Juiz fascistoide Moro contra o PT
e o conjunto da esquerda, apresentado uma saída operária e revolucionária para
a crise, o que passa pela construção de um verdadeiro Partido Revolucionário
que não seja refém do circo eleitoral da democracia dos ricos.