segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

1959-2019: 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CUBANA UMA GRANDE VITÓRIA DO PROLETARIADO MUNDIAL! DEFENDER O ESTADO OPERÁRIO CONTRA O IMPERIALISMO! COMBATER A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA!


Os Trotskistas tem uma tarefa muito delicada e "espinhosa" em Cuba, que acaba de completar os 60 anos de sua revolução social. Para as gerações mais novas de militantes da esquerda, pouco familiarizadas com a profundidade da teoria marxista pode até passar desapercebida a grande diferença conceitual entre "revolução social" e "revolução socialista", uma questão que ultrapassa a gramática. Em 1959 na ilha de Cuba, a revolução foi encabeçada por uma organização política que não era comunista e nem sequer socialista, o Movimento 26 de julho era originalmente um agrupamento de jovens guerrilheiros que lutavam para derrubar uma ditadura corrupta  e decadente e instaurar um regime democrático burguês. Entretanto a lógica de ferro da luta de classes imprimiu uma outra dinâmica que aqueles jovens combatentes do Movimento 26 de Julho não poderiam imaginar. A violenta queda de Fulgêncio Batista na festa de réveillon naquela histórica entrada do ano de 1959, deu lugar a um novo governo liderado por Fidel Castro e que contava com um amplo arco de forças políticas, a exceção do Partido Comunista de Cuba, fiel ao ditador Batista até o último minuto. Fidel e seus camaradas como Che, Raul, Camilo Cienfuegos etc, esperavam contar no primeiro momento com um apoio considerável do governo dos EUA, porém então o presidente Eisenhower tratou de frustrar rapidamente estas expectativas. A política econômica do governo castrista (especialmente a nacionalização de empresas estrangeiras) deixou tão alarmados os Estados Unidos que forçou  o imperialismo ianque a romper relações diplomáticas com o país. Cuba, então, estabelece relações abertas com a União Soviética e só aí inicia o processo da "revolução social", ou seja expropriações e planificação central de sua economia. Fidel Castro resgata o banido Partido Comunista e promove a integração do Movimento 26 de Julho a nova organização reabilitada. Portanto Cuba, ao contrário da velha Rússia, não atravessou uma revolução pelas mãos de um partido comunista ou mesmo anticapitalista, sua revolução nunca foi conscientemente socialista (dirigida por um partido revolucionário) e sim social, já que socializou os meios de produção findando assim com o "deus mercado" na Ilha caribenha e inaugurando a era do primeiro Estado Operário da América Latina.

sábado, 29 de dezembro de 2018

LEIA O EDITORIAL DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 330: PREPARAR A DERROTA DO GOVERNO FASCISTA E ULTRA-NEOLIBERAL DE BOLSONARO PELA VIA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA!


O ano de 2018 está acabando marcado pelos leilões de privatizações do setor elétrico, entrega da Embraer e a imposição de um verdadeiro estado de Exceção no Brasil enquanto a “Famiglia Bolsonaro”, imersa em escândalos de corrupção, prepara-se para tomar posse do governo central a fim de aplicar um duro ajuste neoliberal, com a Rede Globo e os rentistas chantageando o novo presidente para que não vacile na imposição de um verdadeiro plano de guerra contra os trabalhadores. Fica evidente que a burguesia legitimada em uma imensa fraude eleitoral imposta pela via das urnas em seu circo eleitoral da democracia dos ricos irá incrementar em 2019 um programa ultra-neoliberal e antidemocrático contra os trabalhadores por meio do governo Bolsonaro/Moro/Guedes! Com o aguçamento da crise econômica e polarização político-social as lutas necessariamente vão ocorrer nas ruas, nos enfrentamentos entre as classes, na luta dos trabalhadores contra os ataques perpetrados pelo governo de plantão, que não vacilará em lançar seu aparato repressivo e seu judiciário contra os explorados, como já vem fazendo agora com a caçada policial a Cesare Battisti e a manutenção da prisão arbitrária de Lula. Em paralelo, as hordas fascistas vão crescendo sem que nos organizemos, como vimos nos assassinatos de militantes do MST na Paraíba e da execução do policial petista que integrava a segurança da senadora Fátima Bezerra pela milícia fascista, além das ameaças a Marcelo Freixo do PSOL! Essa situação exige a formação de uma Frente Única de Ação através de comitês de base, de combate ativo e militante! O governo Bolsonaro que agora assume vai estimular ainda mais estas tendências que estão crescendo no lastro da desmoralização política dos trabalhadores após os quatro mandados da gestão petista. Enganam-se os que pensam que a nomeação do “justiceiro” Sergio Moro para o “superministério” da Justiça foi apenas uma simples retribuição do neofascista Bolsonaro ao fato do judiciário ter embargado fraudulentamente a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. O significado da indicação de Moro, para “estrelar” um governo presidido por um fascista inepto e ignorante, representa na verdade a tutela política que a burguesia nacional quer impor a Bolsonaro, e no mesmo compasso solidificar o regime do Bonapartismo judiciário iniciado com o golpe parlamentar sofrido pelo governo petista de Dilma Rousseff. O regime de exceção, que tinha como epicentro a “República de Curitiba”, agora ascende a esfera do governo central do país, sem mesmo ter sido crivado pelo sufrágio universal das eleições. Moro será o “Bonaparte” de uma marionete (Bolsonaro) controlado por duas cordas centrais: a ultraneoliberal do rentista Paulo Guedes e a outra corda puxada pela fração reacionária togada. Esta fração burguesa “constitucionalista” será a responsável pelo “enquadramento” de todos os arroubos fascistas do boçal presidente, para assim legitimar um ataque feroz as liberdades democráticas, estando diretamente conectada aos interesses do Departamento de Estado dos EUA. O outro setor “rentista” do novo regime, vinculado ao cassino financeiro internacional, se encarregará de orientar a liquidação do que ainda resta da economia nacional, descarregando sobre a massa trabalhadora um “ajuste” letal, que fará a plataforma proposta por Temer parecer uma “brincadeira de criança”.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

BLOQUEIO AÉREO DE BRASÍLIA PARA A POSSE DE BOLSONARO: O ÚNICO PERIGO REAL SERÁ OS "CAÇAS" F-5 (SUCATA IANQUE DA DÉCADA DE 50) CAÍREM NO PALANQUE FASCISTA


O governo fascista tomará posse em meio a um horizonte das maiores crises econômicas mundiais, que segundo o insuspeito Banco Mundial não dará trégua em 2019. O imperialismo ianque para manter os níveis de recuperação parcial, desde o crash financeiro de 2008 prepara uma guerra comercial com a China para tentar manter sua hegemonia global ameaçada pela "locomotiva vermelha", porém o ex-Estado Operário fundado por Mao já não consegue manter os ritmos de seu "milagre econômico", ou seja crescimento contínuo do PIB na casa de 10% ao ano, "puxando" desta forma o desenvolvimento de uma série de países imperializados. O Brasil tem na China seu maior parceiro econômico e por isso mesmo sofreu drasticamente em 2013 (lembram das jornadas de junho) os efeitos da desaceleração chinesa. Os EUA, sob o governo Trump, optou por incrementar um planejamento de um estreito alinhamento ideológico com suas coloniais, no sentido de "roubar" o mercado dos chineses, para isso promoveu uma série de golpes institucionais (em alguns casos militares ou eleitorais) com os países latino-americanos, como o Brasil por exemplo. Neste cenário mundial recessivo e politicamente temerário, não há alternativas concretas no marco do capitalismo em "saídas possíveis" para a crise econômica, nem o nacional desenvolvimentismo pregado pelos reformistas e muito menos a selvageria neoliberal hoje abraçada pelos fascistas podem alavancar de forma consistente a economia mundial ou mesmo regional. Nesta senda as promessas eleitorais do fascista Bolsonaro, no que tange a superação da estagnação econômica do país pela via neoliberal da "queima" das empresas estatais serão uma mera utopia reacionária, no melhor sentido do termo. Qual será então então a "proposta" dos "pensadores" do gabinete fascista para iludir a população enquanto alinham integralmente nossa economia aos interesses dos rentistas internacionais?  O "grande show", pela mão generosa do espetáculo midiático, viveremos enfim por um período histórico o que Guy Debord chamou de "Sociedade do Espetáculo". A posse do novo presidente em Brasília será revestida deste "espetáculo", com direito a bloqueio aéreo do Distrito Federal, incluindo a utilização de mísseis de guerra, tudo isso para evitar um possível "atentado terrorista" que planejaria matar o fascista Bolsonaro e sua anturragem reacionária. Todas estas (des)informações plantadas na mídia corporativa com ares de verdade e sem nenhuma suspeita de "fake news", para usar a palavra da moda. Estariam os "perigosos esquerdistas" organizando um "ataque militar" para suprimir a vida da "famiglia Bozo", segundo a mídia "murdochiana".  Diante do tamanho ridículo deste "teatro do absurdo", voltado para distrair os milhões de "Homer Simpson" que acreditam na Globo, podemos afirmar com absoluta certeza que o único perigo real para o clã Bolsonaro e seus convidados será o da queda dos "caças" ianques F-5, sucatas aposentadas pelo Pentágono há 30 anos (com relatos de terem caído em várias regiões do planeta)e atualmente substituídos pela geração F-15. As Forças Aéreas brasileiras ainda estão na espera de receberem os modernos jatos suecos Gripen (para substituirem os obsoletos F-5) comprados pelo governo Lula e agora ameaçados de nunca chegarem ao país pela má vontade da equipe de Paulo Guedes, o neoliberal radical que adora sucata norte-americana...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

XV CONGRESSO DO PCUS: EM DEZEMBRO DE 1927 STÁLIN EXPULSA BUROCRATICAMENTE LEON TROTSKY E COMANDA A PERSEGUIÇÃO A OPOSIÇÃO UNIFICADA 


Em dezembro de 1927, o XV Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) foi utilizado para condenar o “trotskismo”, exigir que a Oposição Unificada abandonasse suas posições e decidir pela expulsão daqueles que não se curvassem aquelas resoluções burocráticas tramadas por Stálin. O congresso decidiu oficialmente que “a oposição rompeu ideologicamente com o Leninismo, degenerou num grupo menchevique, enveredou pela via da capitulação face às forças da burguesia internacional e interna e transformou-se objetivamente num instrumento de terceiras forças contra o regime da ditadura proletária”. Por isso o XV Congresso declarou a o conjunto da Oposição e a propaganda dos seus pontos de vista incompatíveis com a permanência nas fileiras do Partido. O congresso aprovou a resolução da reunião conjunta do Comité Central e da Comissão de Controle para expulsar do partido Trótsky e Zinóviev e decidiu excluir também Rádek, Preobrajénski, Rakóvski, Piatakov, Serebriakov, I. Smírnov, Kámenev, Sáfarov, Mdivani, Smílga. No dia 27 de dezembro Trotsky é oficialmente expulso do PCUS.
FABRÍCIO QUEIROZ O SIMPLÓRIO "MOTORISTA" QUE TAMBÉM ERA CORRETOR DE CARROS...JAGUAR, MERCEDES, BMW ETC...


Fabrício Queiroz, o "motorista e caixinha" da famiglia Bolsonaro, resolveu enfim dar algumas explicações sobre a movimentação milionária em sua conta bancária. Porém não foi ao Ministério Público que Fabrício resolveu falar, ou melhor tentar justificar a pequena fortuna em sua conta. Foi na rede de TV do bolsonarista Sílvio Santos que Queiroz foi orientado a fabricar um verdadeiro "conto" para livrar a cara dos seus chefes fascistas. Para a jornalista Debora Bergamasco do SBT, Fabrício afirmou que seu volumoso patrimônio financeiro era justificado porque "comprava e vendia carrinhos", possivelmente sinistrados em "posse de seguradoras". Para um salário de motorista do gabinete do deputado Flavio Bolsonaro, algo em torno de 4 mil Reais, passar por sua conta bancária 1,2 milhão de Reais os "carrinhos" que Fabrício comercializava deviam ser no mínimo do tipo: Jaguar, Mercedes, BMW etc...Mas é claro trata-se de um mentira deslavada vocalizada por Queiroz que pretendia ser "embrulhada" na mídia corporativa pelo canal de Silvio Santos. Como os seus chefes fascistas que só conseguem convencer tolos e midiotas, Fabrício não convenceu ninguém com seu "conto de mercador das Arábias", porém tem a inércia da Justiça ao seu favor, que só tem se mostrado ágil e agressiva quando a questão é prender e condenar as lideranças petistas. Esta é exatamente a essência do novo regime vigente no país, o bonapartismo judiciário (com apoio da cúpula militar) atuando exclusivamente para proteger os verdadeiros criminosos neoliberais que pretendem entregar as riquezas do Brasil aos rentistas do cassino de Wall Street. O Movimento de massas deve organizar uma ampla mobilização unitária de resistência aos ataques do governo neofascista, com o norte político apontado na preparação de uma Greve Geral contra a supressão dos nossos direitos sociais e garantias democráticas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

EM 25 DE DEZEMBRO DE 1977 NOS DEIXAVA CHARLES CHAPLIN: NOSSO LÚDICO “CARLITOS” ERA UM GENUÍNO “AGITADOR” DO SOCIALISMO NO MUNDO DAS ILUSÕES DA SÉTIMA ARTE


Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie ou Charles Chaplin, nasceu no dia 16 de abril de 1889, em Londres, na Inglaterra, e morreu aos 88 anos, em um dia de Natal, no dia 25 de dezembro de 1977, em Corsier-sur-Vevey, Vaud, na Suíça. Charles Chaplin se tornou uma figura emblemática da era do cinema mudo e, em especial, ficou conhecido pelo personagem Carlitos (ou O Vagabundo), criado e interpretado por ele mesmo. Além de ator, Chaplin foi também diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin é um dos primeiros astros da história do cinema, elevando a indústria cultural a um patamar que poucos ousaram imaginar na época. Entre os seus filmes mais conhecidos estão Luzes da Cidade e Tempos Modernos. Em “Um Rei em Nova York” seu filho, ao ler Karl Marx, faz um discurso de crítica ao capitalismo. Foi perseguido pelo Marcarthismo. Pessoas que se recusassem apresentar nomes quando comparecessem perante o Comitê de Atividades Anti-Americanas, seriam elas próprias adicionadas a uma "lista negra" que tinha sido elaborado pelos estúdios cinematográficos de Hollywood. Mais de 320 pessoas foram colocadas nesta lista o que lhes obrigou a parar de trabalhar na indústria do entretenimento. Nomes importantes do cinema norte-americano foram incluídos nessa relação, como Leonard Bernstein, Charlie Chaplin, John Garfield, Dashiell Hammett, Lillian Hellman, Arthur Miller e Orson Welles. Porém o que poucos sabem é que Charles foi por muitos anos militante clandestino do Partido Comunista dos EUA, organização política que nunca conseguiu obter a legalidade institucional no país que se diz o "mais democrático do mundo". Perseguido politicamente e criminalmente nos EUA, Chaplin auto-exilou-se na Suíça onde ironicamente faleceu em um dia de Natal.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

PCO DE MÃOS DADAS COM A DIREITA: ASSIM COMO APOIOU YELSTIN CONTRA O ESTADO OPERÁRIO SOVIÉTICO E ALIOU-SE A OTAN PARA DERROTAR KADAFFI NA LÍBIA... AGORA NA FRANÇA CHANCELA OS “COLETES AMARELOS” SIMPATIZANTES DA NEOFASCISTA MARINE LE PEN!


O PCO vem apoiando entusiasticamente as manifestações dos “Coletes Amarelos” na França. O corrupto Rui C. Pimenta não se cansa de ressaltar que está em curso uma “revolta popular” ou mesmo uma “rebelião de massas” nas ruas de Paris. As manchetes são categóricas “França mostra que o imperialismo pode ser dobrado por uma mobilização popular” ou “Coletes Amarelos dizem que é ‘tarde demais’ para negociação com imperialismo: manter as paralisações até a derrubada de Macron!”. Apesar do movimento ter forte conteúdo nacionalista xenófobo e ser apoiado pela extrema-direita, mais particularmente pela neofascista Marine Le Pen, que vê nos protestos uma oportunidade para desgastar Macron para assumir ela mesmo o governo central, Causa Operária não só chancela acriticamente o movimento como ainda ataca a “esquerda pequeno-burguesa” por não apoiar os “Coletes Amarelos”. Segundo o PCO “A esquerda institucional tem se mostrado reticente em apoiar a mobilização, temerosa por seus cargos e pela perda de sua capacidade de fazer acordos. Talvez também por isso o tema é tratado de modo confuso pela esquerda pequeno burguesa em geral – incluindo a brasileira”. Não sabemos a quem Rui C. Pimenta refere-se em seu “mundo imaginário” porque todo arco político de “esquerda”, seja na França ou no Brasil, apoia os protestos, a exceção da LBI. Além de PT, PCdoB...o conjunto dos revisionistas do trotskismo, como o PSTU, MRT, CST, Resistência, Esquerda Marxista...tem a mesma posição do PCO de saudar os protestos de direita que pede a cabeça do neoliberal Macron para abrir caminho a neofascista Marine Le Pen. O PSTU por exemplo é taxativo “Clima insurrecional em toda a França! Vamos ampliar e organizar a mobilização!” o mesmo ocorre com outros membros da família Morenista. O PTS (MRT no Brasil) segue a mesma toada festejando “Elementos pré-revolucionários da situação na França” assim com a Resistência “Um país em ebulição: coletes amarelos colocam Macron em xeque”... A lista é longa, não deixando margens para “confusões”! Para não romper sua nefasta “tradição” programática de prestar apoio incondicional a toda mobilização da direita que cruza o mundo, a esquerda revisionista embarcou na defesa dos “Coletes Amarelos” como sendo um legítimo “movimento anticapitalista” apesar de todas as evidências políticas em contrário. A LBI ao contrário alerta desde o começo que a intransigente oposição proletária que os Marxistas Leninistas estabelecem em relação ao governo neoliberal de Emmanuel Macron, não pode ser confundida com as investidas da extrema direita (maqueadas de espontaneidade das massas). Produto do profundo retrocesso ideológico que domina o planeta desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, aprofundado pelo apoio de grande parte da “esquerda” a mal chamada “Revolução Árabe” que intensificou o domínio do imperialismo no Oriente Médio, estamos vendo agora na França a expressão concreta da situação mundial maturada nos últimos 30 anos. Os Trotskistas da LBI não fazemos nenhum fetiche do “autonomismo e do espontaneismo” do movimento de massas, conhecemos o desfecho histórico de mobilizações que acabaram por servir aos interesses da contrarrevolução mundial, como os “massivos” protestos contra o muro de Berlim. Com a chamada “Primavera Árabe” a burguesia mundial ganhou um “Know-how” adicional em desviar grandes protestos populares para o campo político do imperialismo, no Brasil em 2013 e agora na França estamos vendo manobrarem da mesma maneira, contando com o elemento político da ausência de uma direção revolucionária. Não nos causa surpresa que os mesmos agrupamentos políticos revisionistas que apoiam agora os “Coletes Amarelos” sejam aqueles que na URSS se emblocaram com o fantoche do imperialismo, Yelstin, para liquidar o Estado Operário soviético em 1991 e, mais recentemente, em nome da falsa “Revolução Árabe” apoiaram os bombardeios da OTAN contra o regime nacionalista do “ditador sanguinário” Kadaffi. Assim como agora na França, o camaleônico PCO esteve nestes dois exemplos históricos centrais da luta de classes junto com estes grupos revisionistas de mãos dadas com a reação burguesa apoiando falsos “levantes de massas” e “rebeliões populares”... que acabaram fortalecendo o imperialismo e a extrema-direita!

domingo, 23 de dezembro de 2018

MILÍCIA FASCISTA ASSASSINA COVARDEMENTE POLICIAL PETISTA QUE INTEGRAVA A SEGURANÇA DA SENADORA FÁTIMA BEZERRA. ORGANIZAR JÁ A AUTODEFESA MILITAR DA ESQUERDA E DO MOVIMENTO OPERÁRIO E POPULAR! 


O policial militar João Maria Figueiredo, que integrava a segurança pessoal da senadora petista Fátima Bezerra (eleita governadora do Rio Grande do Norte), foi assassinado covardemente com requintes de "execução", sendo alvejado por sete tiros na cabeça, na última sexta-feira(22/12) em uma pequena cidade no cinturão urbano de Natal. João Maria que era petista também fazia parte do movimento Policiais Antifascismo. Segundo a própria polícia do Rio Grande do Norte o crime teve características de execução, os criminosos levaram a arma de João Maria , mas não roubaram sua moto. A senadora Fátima Bezerra divulgou o seguinte comunicado: "O assassinato brutal do querido Figueiredo nos deixa consternados, com profundo sentimento de perda, abalados em alma. Ao mesmo tempo, os exemplos de coragem e de solidariedade que nosso amigo nos deixou nos inspirarão para continuarmos a luta por dias melhores, por uma sociedade mais justa e para todos e todas." Apesar do PT omitir em sua nota de solidariedade a responsabilidade dos verdadeiros assassinos de João Maria, fica evidente que se trata de um crime político, perpetrado pelas milícias fascistas, incrustadas no seio do aparelho de repressão do Estado Burguês. Neste caso específico um "sinal de aviso" dos bolsonaristas que não toleravam a participação de policiais ou militares no apoio logístico a lideranças da esquerda e tampouco a organização de um movimento político antifascista no interior das forças oficiais de segurança. A "ousadia" assassina das milícias fascistas ganha cada vez mais corpo na medida da posse do seu chefe no Palácio do Planalto, é urgente organizar a autodefesa militar da esquerda e do movimento operário e popular para barrar outros crimes contra nossos companheiros que já se anunciam no horizonte do país.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

CHAFURDANDO NA TRAMA: PF FAZ BUSCAS COM O ADVOGADO DE ADELIO BISPO, OBJETIVO É CHANTAGEAR BOLSONARO AUTOR INTELECTUAL DO FAKE "ATENTADO" 


A Polícia Federal de Minas Gerais cumpre dois mandados de busca e apreensão no escritório e em uma empresa do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo, esfaqueador confesso do então candidato neofascista Jair Bolsonaro à presidente da República. Segundo o delegado da PF Rodrigo Morais, que coordena as investigações policiais o objetivo da operação desta sexta-feira (21/12), que ocorre na Grande BH, é tentar identificar quem estaria financiando a defesa do autor material do atentado ocorrido em 6 de setembro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O primeiro inquérito da PF concluiu que o agressor agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”, porém as investigações já foram reaberta várias vezes sem nenhuma conclusão definitiva. Muito estranho que as vésperas da posse do governo Bolsonaro a PF (agora sob o controle de Sérgio Moro) volte a investigar mais profundamente o fake "atentado", depois de já ter encerrado o mesmo inquérito por duas vezes. Está absolutamente cristalino que a facada levada por Bolsonaro no calor da campanha eleitoral foi uma operação bem preparada por seu próprio entorno político para "blindar" o candidato dos ataques de seus adversários, retirando o despreparado fascista dos debates televisivos e ainda por cima o projetando como o "mártir" de uma "disputa suja e violenta" por parte do PT. A estratégia da farsa, adotada por Bolsonaro se confirmou como a melhor opção do momento, visto que na época todas as projeções das pesquisas eleitorais indicavam sua derrota no segundo turno. Sem aparecer nos debates e se colocando com a "vítima" do processo eleitoral, Bolsonaro conseguiu bater o candidato petista, um suplente sem o carisma de Lula, por uma diferença pequena de votos. Eleito para a gerência do Estado Burguês, Bolsonaro atravessa dificuldades para cumprir as totalmente promessas neoliberais que o levaram ao Planalto, posto que sequer consegue um consenso político em seu gabinete da necessidade de privatizar de uma só "canetada" as principais empresas estatais do país: BB, CEF, PETROBRAS, CORREIOS Etc...Mesmo com sua plataforma de uma agressiva "reforma da previdência", uma questão que une o conjunto da burguesia nacional atrelada aos rentistas, Bolsonaro enfrenta resistências em sua base parlamentar e até já cogitou fatiar a famigerada "reforma", o que desagradou profundamente o mercado financeiro. Por isso o imperialismo e seus agentes nacionais diretos, como a famiglia Marinho, lançaram uma campanha para chantagear Bolsonaro e acelerar a ofensiva neoliberal, sem nenhum tipo de pausa ou etapas. A chantagem dos rentistas consiste em estourar na mídia "murdochiana" escândalos recorrentes envolvendo o clã fascista, chegando mesmo na possibilidade de revelar a "trama da facada", o que levaria a um default prematuro do governo Bolsonaro, caso as "reformas" emperrem. O movimento operário e popular deve guardar a maior independência política das instituições manipuladas do regime bonapartista em vigor, preparando a resposta aos ataques neoliberais pela via da ação direta das massas, rumo a construção de uma alternativa de seu próprio poder estatal proletário!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

FABRÍCIO QUEIROZ "CAGANDO E ANDANDO" PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO: DODGE FEROZ COM LULA E UMA VERDADEIRA "MÃE" COM A ANTURRAGEM BOLSONARISTA


O procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, informou na última quarta-feira (19/12) que Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-motorista e ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro (eleito senador pelo PSL), não compareceu à audiência que estava marcada para esta tarde no Ministério Público. Fabrício Queiroz foi "pego" por um relatório do COAF que apontou uma movimentação de mais de um milhão de Reais em sua conta bancária, um valor completamente incompatível com sua remuneração de motorista da famiglia Bolsonaro. Na verdade a grana na conta de Fabrício era produto do "pedágio" que os funcionários dos gabinetes parlamentares do clã reacionário tinham que pagar a Bolsonaro. Capturado na "malha fina" do COAF, o que praticamente forçou o Ministério Publico a intimar Fabrício a prestar esclarecimentos sobre a origem dos fundos que passaram por sua conta bancária. Porém o ex-motorista e "compadre" de farras dos fascistas parece estar "cagando e andando" para o MP, depois de ter passado mais de uma semana sumido seus advogados alegaram ao MP questões de saúde e pouco tempo para analisar os autos. Uma encenação para deixar o caso "esfriar" na mídia corporativa, agora utilmente absorvida pelo escândalo do charlatão "João de Deus". A "mão pesada" dos falsos vestais do Ministério Público parece uma "pluma" quando se trata de acusar e processar a direita por seus crimes a luz do dia, mas quando a questão envolve as lideranças do PT a postura é totalmente agressiva e até mesmo inconstitucional. Esta é a essência política do novo regime bonapartista, que tem no complexo judiciário (Justiça e MP) seu principal ponto de apoio. Enquanto a "Lava Jato" tem o objetivo explícito de fragilizar as empresas estatais e nacionais do país, sob o manto de combate a corrupção e da tutela do Imperialismo Ianque, o governo neofascista de Bolsonaro promoverá um vasto ataque as conquistas sociais e democráticas da classe trabalhadora.
TRABALHADORES LEVANTAM-SE CONTRA A “LEI ESCRAVISTA” NA HUNGRIA: DERRUBAR O GOVERNO ULTRANACIONALISTA ORBÁN E CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA DE PODER OPERÁRIO E SOCIALISTA! NENHUMA ILUSÃO NA FALSA “DEMOCRACIA” PROPAGADA PELO IMPERIALISMO EUROPEU! 

   
Os trabalhadores da Hungria ocuparam as ruas contra a chamada “Lei Escravista” imposta pelo governo ultranacionalista de direita de Orbán. Essa dura medida que permitiu aos empresários ampliar o número de horas extras anuais exigidas dos funcionários de 250 para 400, podendo pagá-las em até três anos (antes, eram obrigados a pagar em doze meses) foi o estopim das mobilizações contra o governo neoliberal. Todos os dias milhares protestaram em Budapeste sob temperaturas abaixo de zero. Os protestos convocados por partidos de oposição, entidades estudantis e sindicatos se levantam não apenas contra o ataque a direitos dos trabalhadores mas contra uma série de medidas repressivas de Orbán. Com o claro objetivo de barrar a capacidade de reação dos trabalhadores, a lei impõe ainda o corte do poder de negociação dos sindicatos, liberando os patrões a fugirem das negociações coletivas em troca de acordos localizados. O controle sobre os meios de comunicação é uma das principais armas de Orbán para manter no governo e para defender os interesses da burguesia, como por exemplo a campanha contra os imigrantes. Orbán é membro da União Cívica Húngara (Fidesz), um partido de populista de direita e conservador que se alinha a direita nacionalista reacionária europeia junto com a Frente Nacional (França), o Partido da Liberdade (Holanda), o Alternativa para Alemanha e o Partido Popular Suíço. Desde que assumiu o governo em 2010, o neofascista Orbán alterou o sistema eleitoral para favorecer seu partido e tem usado rádio e TV para disseminar o discurso nacionalista e populista que vê a imigração como ameaça ao “povo húngaro”. Seu governo já reformou há muitos anos largamente a legislação fiscal e trabalhista em prol dos empresários: o direito de greve, por exemplo, foi seriamente restrito e o imposto pago por empresas na Hungria é o menor em toda a União Europeia (UE). Na semana passada, também foi aprovada uma lei sobre a criação de um novo tribunal administrativo. Trata-se de uma nova seção do Judiciário que passa a estar em grande parte sob o controle do Ministério da Justiça, ou seja, um claro recrudescimento do regime político. O governo de Viktor Orbán respondeu aos protestos com dura repressão e  afirmando que eles foram patrocinados pelo bilionário George Soros e tem a simpatia das potências capitalistas que conformam a União Europeia. A relação amistosa entre Orbán e Putin, com várias negociações econômicas e comerciais estratégicas envolvendo Hungria e Rússia (como a usina atômica de Paks com investimentos de 12 bilhões), serve para explicar também o pano de fundo dessas tensões políticas que buscam ser manipuladas segundo vários interesses geopolíticos em jogo. Em um país que foi um Estado operário deformando até o fim da década de 80, é necessário lutar por genuína revolução proletária para que os trabalhadores voltem de fato a controlar o poder político e econômico do país, que mergulhou na barbárie social com a restauração capitalista. A Hungria e todos os demais países da região que foram libertados pelo Exército Vermelho do domínio nazista, assistiram ao estabelecimento de Estados Operários burocratizados que depois acabaram por cair com as falsas “revoluções democráticas” na década de 80 festejada pelos revisionistas do trotskismo. Nesse cenário, fica evidente que setores do imperialismo europeu buscam aproveitar a crise para substituir seu gerente inconveniente na disputa interna na União Europeia. Os trabalhadores húngaros devem ter uma política independente de classe diante dos bandos burgueses em conflito, apontando a luta pela derrubada revolucionária do governo Orbán a partir das necessidades imediatas e históricas dos explorados e oprimidos, lutando nas ruas e nas fabricas pelo fim da “Lei Escravista”, um passo concreto para amadurecer a consciência de classe rumo a construção de um poder operário e socialista.

NO “APAGAR DA LUZES” GOLPISTA TEMER PRIVATIZA AS LINHAS DE TRANSMISSÃO DO SETOR ELÉTRICO... 
O NEOFASCISTA BOLSONARO ENTREGARÁ A ELETROBRAS. ORGANIZAR A RESISTÊNCIA ATRAVÉS DA GREVE NACIONAL DOS ELETRICITÁRIOS!


O governo golpista de Temer, no "apagar das luzes", acaba de privatizar 16 lotes nos leilões de linhas de transmissão de energia. Empresas multinacionais espanholas como a Neoenergia S.A, controlada pela Iberdrola, arrematou grande parte desse filão que abocanhará a transmissão em 13 estados: Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins! Esse processo tornará a energia elétrica que chega ao consumidor ainda mais cara na medida que as novas e antigas linhas pertencerão as empresas capitalistas sedentas por lucro. Lembremos que no ano passado, a quadrilha de Temer instalada no Palácio do Planalto anunciou a privatização da Eletrobras mas essa tarefa ficará para o governo do neofascista Bolsonaro. A Privataria Tucana desorganizou o setor, privatizando praticamente toda a distribuição de energia do país ("filé mignon" ou ponto final do negócio), Dilma continuou a trilha neoliberal entregando a iniciativa privada as novas hidrelétricas recém construídas e sequer concluídas, agora o "tiro de misericórdia" do golpista Temer com a "doação" aos rentistas das redes de transmissão de todo território nacional. A perda do controle estatal da geração e transmissão de energia é um hediondo crime que afetará a segurança nacional do Brasil na medida que entregar centenas de bilhões de dólares em capital investido em hidrelétricas, termelétricas e linhas de transmissão. O dinheiro arrecadao com a privatização será gasto com títulos da dívida pública que consome quase 50% do orçamento. As subsidiárias da Eletrobras respondem por 32% da capacidade de geração de energia do país, e a empresa tem 70 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 47% da malha nacional. A estatal participa, também, da usina de Itaipu e de 178 projetos de energia com outras empresas. A privatização da Eletrobras representará um duro golpe à soberania energética do Brasil. Com a geração e transmissão de energia nas mãos de multinacionais estrangeiras, o país perde o controle de uma área estratégica para o desenvolvimento nacional. Devemos lutar para impedir a entrega das empresas estatais ao mesmo tempo denunciar as "parcerias" e abertura de capitais e privatizações parciais. É necessário convocar uma greve dos trabalhadores de todo o setor energético em defesa da Eletrobras 100% estatal sob o controle pelos trabalhadores em todos os ramos, desde a geração, passando pela transmissão e a distribuição!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

TOFFOLI: O EX-PETISTA QUE SE TRANSFORMOU EM BASTIÃO DA OFENSIVA NEOFASCISTA


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, em cumprimento a Constituição brasileira determinou na tarde desta quarta-feira (19/12), em sentença liminar, a soltura de todos os réus presos condenados pela justiça somente em segunda instância. A decisão do Ministro em caráter monocrático (individual) e provisória ocorre em função do "estranho" retardo da deliberação do tema pelo plenário da Corte. O STF pautou a matéria em questão (prisão imediata após condenação em segunda instância) somente para o mês de abril de 2019, postergando mais uma vez uma deliberação urgente que diz respeito às garantias e direitos constitucionais do povo brasileiro. A decisão de Marco Aurélio afirma que deve ser mantido o artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo judicial. A legal e justíssima decisão do Ministro do STF colocaria em liberdade imediata o ex-presidente Lula, preso e condenado em segunda instância sem provas pelo conluio da Lava Jato e o TRF-4, o respectivo tribunal de recursos da "República de Curitiba" manietado diretamente pelo fascista Ministro da Justiça Sérgio Moro. Porém o atual presidente do STF, ex-militante petista Dias Toffoli que se transformou no bastião da reação fascista em nosso país, barrou a decisão do "colega" da Corte para atender a um pedido expresso pela embaixada dos EUA em Brasília. A determinação antidemocrática de Toffoli, atendendo a um recurso da Procuradora Geral da República, a ultra reacionária Raquel Dodge, revela na verdade quem são os reais mandatários do STF: os rentistas do capital financeiro. Toffoli foi indicado para uma vaga no Supremo pelo PT depois de ter ocupado a assessoria parlamentar do partido na Câmara Federal e posteriormente ter sido nomeado por Lula para a Advocacia Geral da União (AGU). O atual presidente do STF pertencia ao círculo político de José Dirceu, integrando a corrente petista "Articulação", hegemônica no PT. Agora cooptado para o golpe institucional que destituiu a presidente Dilma, pela via do impeachment, Dias Toffoli mostra seus serviços aos "novos chefes", elogiando o regime militar e mantendo encarcerado o ex-presidente Lula e seu antigo companheiro de partido, João Vaccari. Uma lição histórica que deve ser abstraída pelos militantes classistas da esquerda: a ocupação de cargos no Estado Burguês, seja em qualquer uma de suas instâncias, não serve como "alavanca" para impulsionar a luta das massas proletárias, ao contrário funciona como elemento de cooptação e integração a ordem capitalista vigente, seja com a roupagem democrática ou fascista..
JUSTICEIRA SUBSTITUTA GABRIELA HARDT NEGA-SE A CUMPRIR DELIBERAÇÃO DO MINISTRO DO STF MANTENDO LULA PRESO: LAVA JATO ESTÁ ACIMA DA CONSTITUIÇÃO E COMPROVA A VIGÊNCIA DO NOVO REGIME BONAPARTISTA 


A juíza Gabriela Hardt, substituta na Lava Jato do "justiceiro" Sérgio Moro agora nomeado ministro da Justiça no governo neofascista, acaba de anunciar que não cumprirá a determinação do Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que orienta a soltura imediata de todos os réus presos condenados somente em segunda instância judicial. Neste caso a libertação do ex-presidente Lula não ocorrerá nesta quarta-feira e ficará na dependência de uma ratificação ou não por parte do presidente do Supremo, o ministro Dias Toffoli, já pressionado pelo mídia e mercado para reverter imediatamente a liminar do "colega" Marco Aurélio. Independente da decisão final do presidente do Supremo, que está sendo aguardada para as próximas horas, a juíza Gabriela teria a obrigação constitucional de obedecer a decisão do seu superior Marco Aurélio, Ministro do STF. A "autonomia ilegal" da Lava Jato, sobre todas as instâncias superiores do judiciário brasileiro, revela a essência do novo regime político instaurado no país: o bonapartismo autoritário, passando por cima de todas as parcas garantias democráticas existentes na Constituição brasileira. Não é a primeira vez que a famigerada operação Lava Jato indefere decisões superiores judiciais e certamente não será a última. Sérgio Moro não será somente o ministro da Justiça no governo neofascista de Bolsonaro, será  o representante da "justiça suprema" na engenharia política do novo regime vigente. Para a vanguarda do movimento operário e de massas fica mais uma vez a lição programática de que é necessário romper com todas as ilusões na institucionalidade burguesa e organizar a ação direta do proletariado!

LIMINAR DE LEWANDOWSKI MINISTRO DO STF NÃO GARANTE AUMENTO PARA TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS MAS APENAS PARA ALGUMAS CARREIRAS: ORGANIZAR A GREVE NACIONAL DO FUNCIONALISMO EM JANEIRO DE 2019 PARA GARANTIR O AUMENTO GERAL JÁ! ROMPER COM A PARALISIA IMPOSTA PELA CONDSEF E OS SINDICATOS! 


Em meio ao congelamento salarial de todo os servidores públicos federais que já perdura por anos, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (19) a suspensão de Medida Provisória que adia o reajuste dos servidores públicos de 2019 para 2020. A limitada decisão de Lewandowski entretanto não garante aumento para todos os servidores só para algumas carreiras. Ainda cabe recurso, que deverá ser analisado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, por conta do recesso do Judiciário, que começa nesta quinta (20). Nesse cenário onde o presidente STF pode revogar a decisão que assegura até mesmo esse aumento para algumas carreiras, é urgente que a CONDEF e os sindicatos dos servidores públicos convoquem imediatamente a organização de uma greve nacional da categoria para o início de janeiro. Ainda há tempo de convocar assembleias de base em todo o país e desencadear uma campanha para assegurar o reajuste dos servidores. Para tanto faz-se necessário romper com a politica de paralisia imposta pela CUT e demais sindicatos pelegos que vivem de “turismo sindical” em congressos milionários que não organizam as lutas da categoria. Para enfrentar a justiça burguesa, o golpista Temer e o neofacista Bolsonaro, é urgente a mobilização da categoria em todo país, unindo a pauta econômica contra o ajuste neoliberal com o eixo política de derrotar o governo neofascista a partir da luta direta dos trabalhadores! Nesse sentido, as oposições sindicais e os sindicatos classistas ligados ao conjunto do funcionalismo público precisam derrotar a política de colaboração de classes da CUT, que já anunciou sua “disposição” de negociar com Bolsonaro o arrocho dos servidores e não aposta em um plano de lutas para organizar a resistência na base da categoria!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

RETORNO RELÂMPAGO DO "AUXÍLIO MORADIA" PARA A MÁFIA TOGADA: A VOLTA DO QUE NUNCA FOI EMBORA... 


O Conselho Nacional de (In)Justiça acabou de reintroduzir nesta terça-feira (18/12) o escandaloso "auxilio moradia" para juízes e membros do Ministério Público (por osmose), no valor de R$4.300,00, cujo "cancelamento" tinha sido efetuado por conta de uma negociação que garantiu aos juízes um aumento de 16% em seus vencimentos a partir do mês de novembro do corrente ano. Na prática o acordo celebrado entre o Ministro do STF Luiz Fux e o governo Temer para a troca do privilégio da moradia paga pelo Estado por um reajuste salarial bem acima da inflação, não passou de uma grande encenação para tolos (tipo Homer Simpson) que ainda acreditam na mídia "murdochiana". Na prática o vergonhoso "auxílio moradia" nem chegará a sair dos holerites da cúpula do judiciário, enquanto a grande maioria dos servidores públicos federais sequer receberão aumento no ano de 2019, completando assim dois anos de reajuste zero! É óbvio que o tratamento financeiro diferenciado dado ao complexo judiciário brasileiro (Justiça e Ministério Público) é produto direto do golpe parlamentar de 2016 que começou a instaurar um novo regime político no país e que se completará agora com a posse do governo neofascista Bolsonaro&Moro. O golpe institucional que apeou do "poder" a coalização da Frente Popular, teve o patrocínio direto da famigerada "Operação Lava Jato" e do próprio Supremo Tribunal Federal, que sob a orientação da "Casa Branca" conduziu a incrível "descoberta" que em terras tupiniquins campeava a corrupção estatal. O governo Dilma não só revelou-se completamente impotente para barrar a ofensiva golpista organizada desde a embaixada norte-americana em Brasília, como também deu todo suporte oficial a "República de Curitiba" para encarcerar dirigentes do próprio Partido dos Trabalhadores, como Vaccari e José Dirceu. Agora a "besta fera" do bonapartismo judiciário está em conluio permanente com militares fascistas e rentistas neoliberais para promoverem a liquidação do patrimônio nacional e a supressão das conquistas históricas do proletariado brasileiro. Desgraçadamente setores da esquerda revisionista (PSTU e afins) continuam a dar suporte político aos reacionários togados em nome de um suposto combate à corrupção petista, clamando para que o fascista Moro faça a "limpeza moral" do Estado burguês prendendo "todos"...Os Marxistas Leninistas lutamos pela revolução socialista e não pela "faxina ética" do modo de produção capitalista, corrupto e explorador por sua essência social.

ELEIÇÕES SINDIÁGUA/CEARÁ: CHAPA 2  OPOSIÇÃO - DEFENDE PROGRAMA REVOLUCIONÁRIO PARA DERROTAR A MÁFIA SINDICAL QUE TRANSFORMOU O SINDICATO EM UM COMITÊ ELEITORAL DA OLIGARQUIA FERREIRA GOMES!


A Chapa 2, Oposição Unidade na Luta, impulsionada pela militância da LBI na categoria dos urbanitários do Ceará, que engloba os trabalhadores em água e esgoto de todo o estado, vem fazendo uma importante campanha nos locais de trabalho da capital e do interior, defendendo um programa revolucionário de combate aos governos burgueses de Camilo, Temer e do neofascista Bolsonaro, que assume em janeiro, mês em que ocorrerão as eleições para a direção do Sindiágua. Não se trata de uma “simples” disputa sindical mas sim de um combate entre duas políticas completamente antagônicas para o movimento operários. Os sindicalistas revolucionários da LBI junto com companheiros independentes classistas defendem a luta contra a privatização da CAGECE, companhia de água e esgoto do Ceará, que vem sendo sucateada pelo governo do PT, capacho da Oligarquia Gomes e parceiro de Temer na implantação das PPP´s. Levamos inclusive essa luta nacionalmente quando mobilizamos pela base a categoria contra a privatização da CEDAE, companhia de água e esgoto do Rio de Janeiro. Do outro lado está a atual direção do sindicato, encastelada na entidade a mais de 30 anos, um grupo mafioso ligado do PSB-PCdoB que além de impor derrotas a categoria leva adiante uma política de subserviente aos governos burgueses, fazendo por fim da estrutura sindical um comitê eleitoral desses partidos e um antro de corrupção para garantir seu controle burocrático sobre o sindicato. Estamos enfrentando uma máfia sindical que diante da possibilidade de perder seus privilégios de camarilha burocrática recorre a todos os tipos de golpes, que vão desde o controle do processo por uma comissão eleitoral não eleita em assembleia, imposta pela diretoria do Sindiágua até a fraude aberta nos dias da votação, passando por intimidações e perseguições. É necessário que o movimento operário saia da paralisia imposta por suas direções traidoras, tarefa que, na atual etapa de reação política e ideológica, é extremamente difícil para o proletariado realizá-la de forma espontânea. A construção de uma direção revolucionária é fundamental para que o movimento operário conquiste sua independência política, rompa com as direções traidoras, com os partidos burgueses e comece a construir elementos de uma consciência socialista e revolucionária. Essa tarefa compete às organizações políticas da esquerda revolucionária.



18 DE DEZEMBRO DE 1878, 140 ANOS DO NASCIMENTO DE STÁLIN: OS TROTSKISTAS COMBATERAM A BUROCRATIZAÇÃO IMPOSTA NA URSS SEM ABRIR MÃO DA DEFESA DO ESTADO OPERÁRIO SOVIÉTICO DIANTE DA AMEAÇA FASCISTA E DO IMPERIALISMO!          


Em 18 de dezembro de 1879 nasceu na Geórgia Josef Vissariónovitch Djugashvili, que usará no movimento operário o codinome de Stálin. Ele ascendeu a Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética com a morte de Lênin, depois de derrotar e posteriormente eliminar os dirigentes bolcheviques que resistiram a sua ascensão política. Trotsky escreveu uma biografia política dedicada a Stálin analisando detalhadamente esse processo. Sua morte anunciada oficialmente na época como produto de um derrame cerebral fez parte, na verdade, de uma feroz luta interna no interior do PCUS, a partir da deflagração da própria sucessão de Stalin em função de sua precária saúde e idade relativamente avançada, 73 anos. Os meses de janeiro e fevereiro daquele rigoroso inverno de 53 foram marcados por intensas movimentações nos bastidores do partido, culminando com o anúncio da descoberta do chamado “complô dos médicos” onde fora relatado que catedráticos da Universidade de Moscou seriam membros de uma organização de espionagem britânica empenhados em assassinar as mais altas lideranças soviéticas. Estava dada a senha para um novo processo de expurgos no politburo, onde Stalin pretendia “depurar” a lista de seus mais prováveis sucessores. Mas, o temido Lavrentiy Beria, comissário do povo para assuntos internos, teria agido mais rápido e de forma “preventiva”. Beria, temendo a nova purga stalinista que certamente o atingiria, tratou de envenenar o “Guia Genial dos Povos” e, por ironia da história, com veneno para matar ratos, como ficou comprovado somente em 2003 por uma equipe de legistas e historiadores russos absolutamente isenta. Segundo o grande historiador Isaac Deutscher, a absurda preparação de mais um “julgamento espetáculo” por Stalin às vésperas de sua morte, correspondia a sua já deteriorada condição ideológica comunista (se mostrava cada vez mais simpático às ideias de Mussolini) e, por consequência, em mudanças no caráter do regime soviético. Como afirmou Trotsky, a burocracia atua como uma casta que defende “até a morte” seus próprios privilégios materiais (que só podem sobreviver sobre as bases sociais do Estado operário), e nada mais coerente que diante da ameaça de Stalin de solapar os fundamentos do Estado soviético os próprios stalinistas dessem cabo de seu “chefe”. 

domingo, 16 de dezembro de 2018

"CHACINA DA LAPA" COMPLETA 42 ANOS: HONRAR A MEMÓRIA E A LUTA DOS MILITANTES DA ESQUERDA COMUNISTA QUE TOMBARAM NA RESISTÊNCIA REVOLUCIONÁRIA CONTRA A DITADURA MILITAR!


No momento em que Cesare Battisti será preso para ser extraditado por sua militância nas organizações da luta armada na Itália, demonstrando que a sanha contra os revolucionários de ontem e de hoje encontra-se mais viva do que nunca com a ascensão do neofascista Bolsonaro ao governo central do país, é de fundamental importância relembrar e abstrair as lições da “Chacina da Lapa” que ocorreu em 16 de dezembro de 1972, há exatos 42 anos atrás. Seria uma reunião de grande relevância para os rumos políticos do Comitê Central do PCdoB que ocorria neste trágico dia mas as conclusões programáticas do encontro clandestino (o mais representativo realizado após o encerramento das atividades da guerrilha do Araguaia) não puderam chegar ao fim devido à brutal ação policial fascista do regime militar contra o que restava no país da direção partido após a derrota sofrida na região norte do Brasil. No centro da pauta do CC estava o debate acerca do balanço político da ação militar guerrilheira do partido, realizada sob orientação ideológica do Partido Comunista Chinês. Não por coincidência a fração stalinista dirigente que defendia o “grande acerto” da tática Maoista encontrava-se “refugiada” justamente em Pequim. A doutrina de Mao Tsé Tung consistia fundamentalmente de forjar a luta armada no campo e a partir deste movimento impulsionar um "bloco de classes" com a burguesia nacional anti-imperialista para a tomada do poder estatal. A ausência na reunião de dirigentes que na época se colocavam mais "fiéis" a linha do PC chinês ameaçava mudar os rumos do partido, estamos falando fundamentalmente de João Amazonas e Renato Rabelo (atual dirigente "cânone" do PCdoB), que juntos se recusavam a fazer qualquer movimento de autocrítica em relação aos desastrosos resultados políticos da guerrilha do Araguaia. Do outro lado geográfico e político estavam Pedro Pomar e Angelo Arroyo, este último comandante e sobrevivente da guerrilha e que vivenciou a morte do dirigente histórico Maurício Grabois no desigual combate militar com as forças da repressão. Pomar já tinha manifestado para a militância partidária que estava em seu entorno suas diferenças de avaliação política com Amazonas, secretário geral de fato do partido, gerando um profundo “mal-estar” no interior da direção stalinista que não tolerava dissidências internas. Pomar teria sido chamado para uma viagem de “advertência” a Albânia, até então alinhada com a China de Mao, não efetivada em função do grave estado de saúde em que se encontrava sua companheira. Como permaneceu no Brasil, Pomar resolveu levar adiante suas posições e dar a batalha de suas ideias no âmbito do CC do partido. Iniciada a histórica reunião do PCdoB no dia 11 de dezembro, na rua Pio XI do bairro da Lapa em São Paulo, terminaria sob o assalto covarde das forças de repressão do regime, levando a morte de Pomar, Arroyo e Drummond, outros cinco dirigentes foram presos e torturados (entre eles Haroldo Lima e Aldo Arantes) e dois não foram presos. Jover Telles e José Novaes saíram da “casa aparelho” em dupla e foram os únicos a escapar do cerco policial. Algum tempo depois a direção do PCdoB imputaria a responsabilidade criminosa do ataque terrorista ao partido na “conta” de Jover Telles denunciado como um “infiltrado” no CC. Segundo esta versão, sustentada por Amazonas, Telles teria sido capturado pelo DOPS dias antes da “Chacina” e negociado sua liberdade em troca da delação do partido. Mas o estranho é que somente em 1983, no sexto congresso do PCdoB, se “oficializaria” a expulsão definitiva do “traidor”, ou seja, quase sete anos após os gravíssimos acontecimentos da Lapa. Seguindo a trilha das “denúncias” de Amazonas contra seus opositores internos nos deparamos com outra acusação, desta vez o alvo seria o líder camponês José Novaes, que ao contrário de Telles e Wladimir Pomar (filho de Pedro e também preso na Lapa), resolveu organizar uma dissidência no seio do PCdoB. Diante das circunstancias criadas (e nunca totalmente esclarecidas) em torno da militância de Telles, este decide abandonar a política, Wladimir toma o rumo da socialdemocracia europeia ingressando "dissolvido" dos ideais comunistas no PT em 1980. Coube a Novaes, principal referência política da dissidência na vanguarda de esquerda, reunir os outros companheiros do PCdoB que estavam em processo de ruptura com o stalisnismo (Ozeas Duarte, Genoino Neto e Jorge Paiva), fundar uma nova organização comunista, que viria a se tornar o PRC em 1984. Mas se não foram os “camaleões” (alcunha pejorativa atribuída por Renato Rabelo aos dissidentes do PCdoB) os delatores do aparelho da Lapa, a quem mais interessaria a morte de Pedro Pomar e Arroyo? Quem teria de fato “vazado” para os genocidas a informação da reunião que poderia ter mudado a linha Maoista do PCdoB? Seria o Telles o delator ou o próprio Amazonas teria "cantado" a reunião do partido para os facínoras do DOPS? No seio dos aparatos burocráticos stalinistas tudo é possível, até tratar como "agentes do imperialismo" gigantes revolucionários como foi Trotsky.

sábado, 15 de dezembro de 2018

A REVELAÇÃO DOS "PEQUENOS DELITOS" DE FLÁVIO BOLSONARO: UMA CHANTAGEM DA BURGUESIA PARA A ACELERAÇÃO DA OFENSIVA NEOLIBERAL CONTRA OS TRABALHADORES E O POVO


As manchetes da grande mídia corporativa não dão trégua a famiglia Bolsonaro, a revelação do relatório do COAF acerca da movimentação financeira do funcionário Fabrício Queiroz, um "caixa estafeta" que prestava serviços ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro, arrecadando a "cota" obrigatória dos funcionários dos gabinetes parlamentares do clã neofascista, é apenas a ponta do iceberg. Como uma pequena oligarquia oriunda do "baixo clero" legislativo, a famiglia Bolsonaro amealhou seu patrimônio pessoal das benesses do regime democrático da Nova República, afinal no Brasil gabinetes parlamentares (em todos os níveis) movimentam "pequenas fortunas", e quando estes gabinetes chegam a somar quatro "escaninhos" as quantias movimentadas ultrapassam a casa dos milhões de Reais. Mas todo o escândalo midiático atualmente produzido contra os Bolsonaros tem um objetivo bem maior do que o "zelo" da "coisa pública" por parte dos barões "murdochianos". Os dados da famiglia Bolsonaro desnudados pelo COAF, um organismo estatal gerenciado por tecnocratas à serviço dos rentistas, tem um endereço certo: forçar a aceleração máxima das reformas neoliberais que devem ser operacionalizadas já no início do novo governo neofascista. A chantagem dos rentistas consiste exatamente no fato de que o entorno parlamentar (baixo clero do Congresso Nacional) do presidente Jair Bolsonaro manifestou alguma resistência em acelerar as duras "reformas" prometidas na campanha eleitoral, apesar do comando da equipe econômica ter sido entregue ao "Chicago Boy" Paulo Guedes. Como o imperialismo ianque exige o máximo de celeridade no desmonte da economia nacional, não há espaço para o governo neofascista "engessar" o processo de privatizações das empresas estatais consideradas economicamente "estratégicas". Acontece que a fração militar que integra com bastante peso o governo Bolsonaro manifestou divergências sobre a necessidade de privatizar o Banco do Brasil, CEF, Petrobras e mesmo o "sucateado" Correios. Esta linha política "antiprivatista" assumida pelo setor militar do gabinete neofascista assustou os rentistas comandados pelo banqueiro Paulo Guedes, ainda mais quando o próprio Jair Bolsonaro declarou que o "BB, CEF e Petrobras não estão na mira de privatizações do seu governo". Até mesmo a anunciada liquidação do BNB foi cancelada, gerando a "fúria" do mercado com o clã Bolsonaro. Então a alternativa encontrada pela burguesia nacional, lacaia das ordens do "Consenso de Washington", para garantir o êxito da ofensiva neoliberal, foi chantagear o governo neofascista martelando na mídia o escândalo do "caixa" da famiglia Bolsonaro. Ainda é cedo para finalizar um prognóstico político acerca da primeira luta fracional que envolve o governo neofascista, porém podemos afirmar que existe um pré acordo entre as camarilhas reacionárias das classes dominantes para atacar as conquistas sociais e democráticas dos trabalhadores e do povo brasileiro. É necessário desde já organizar nossa resistência calcada nos métodos da ação direta na luta concreta do proletariado!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

PRIMEIRO PRESO POLÍTICO DO GOVERNO NEOFASCISTA: BOLSONARO E SEU STF CAPACHO TIREM AS MÃOS DE CESARE BATTISTI! LIBERDADE JÁ!


O “ministro” Luiz Fux, integrante da máfia togada do capacho Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (13) a prisão de Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália. Trata-se do primeiro preso político do governo neofascista de Bolsonaro, que já comanda de fato a gerência burguesa no país. Na decisão, o facínora Fux autoriza que Cesare Battisti seja preso pela Interpol imediatamente, ou seja, pela Polícia Federal, que representa a Interpol no Brasil. No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão que vetou a extradição. Diante do risco de uma reviravolta, a defesa de Battisti solicitou ao Supremo um habeas corpus preventivo para que ele não fosse extraditado. Atualmente, Battisti vive numa cidade no litoral paulista. Fux, concedeu a liminar, ou seja, uma decisão provisória, em outubro do ano passado. Essa medida garantia que Battisti não fosse expulso, extraditado ou deportado até um novo posicionamento do STF. Nesta quinta-feira, Fux revogou essa liminar. Disse que cabe ao presidente extraditar ou não porque as decisões políticas não competem ao Judiciário, ou seja, o lacaio STF colocou a decisão final  nas mãos do fascista Bolsonaro. Além disso, a Interpol pediu a prisão de Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, o que permitirá o "reexame da conveniência e oportunidade de sua permanência no país". Cinicamente, na decisão desta quinta-feira, Fux considerou que, como o Supremo reconheceu a possibilidade da extradição, outros presidentes podem tomar decisões diferentes e rever o entendimento para expulsar o italiano. "Tendo o Judiciário reconhecido a higidez do processo de extradição, a decisão do chefe de Estado sobre a entrega do extraditando, bem assim como a sua eventual reconsideração, não se submetem ao controle judicial." Vale destacar que o fascista Jair Bolsonaro já havia declarado a grande mídia que fará "tudo o que for legal para extraditar Cesare Battisti para a Itália imediatamente". O ativista da esquerda italiana (PAC, Proletários Armados para o Comunismo), Battisti, foi condenado por uma corte de exceção à prisão perpétua na cidade de Roma em 1993, sob a falsa acusação de ter cometido quatro assassinatos em seu país nos anos 1970. Em 2010, o então governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou o pedido de extradição apresentado pelo governo da Itália (na época ocupado pela esquerda reformista). Para tentar cumprir uma das promessas de sua campanha, neste caso o da expulsão de Batisti do Brasil, Bolsonaro afirmou: "Ele [ex-presidente Lula] decidiu, no apagar das luzes, dar status de refugiado a um terrorista italiano chamado Cesare Battisti. O que disse [no encontro com o embaixador da Itália] é que tudo o que for legal da minha parte nós faremos para devolver este terrorista para a Itália". O fascista recém eleito deu as declarações ao lado embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini. A defesa intransigente da permanência de Battisti no Brasil, gozando do seu direito assegurado a plena liberdade social, se impõe como a primeira grande batalha democrática contra o novo governo neofascista e o regime político bonapartista que o justiceiro Moro pretende implantar no país. Devemos impor a primeira derrota da dupla "Bolsonaro&Moro" para impulsionar um amplo movimento de massas para derrotar toda a plataforma de duros ajustes neoliberais e supressões de garantias democráticas de organização e livre expressão política. Convocamos todas as correntes da esquerda, entidades e personalidades democráticas a travarem este importante combate que expressará a resistência concreta as medidas draconianas do regime bonapartista que se delineia no horizonte do próximo período histórico

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

50 ANOS DEPOIS DO AI-5 OS HERDEIROS DO REGIME MILITAR GANHAM FORÇA COM O GOVERNO NEOFASCISTA DE BOLSONARO: TANTO ONTEM COMO HOJE A DEFESA DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS E DAS CONQUISTAS OPERÁRIAS É UMA TAREFA DA CLASSE OPERÁRIA EM SUA LUTA CONTRA DITADURA DO CAPITAL E PELA REVOLUÇÃO SOCIALISTA!


No fatídico dia 13 de dezembro de 1968 o general assassino Costa e Silva decretava o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5 eliminava o mínimo das garantias de liberdades democráticas que ainda restavam desde o trágico desfecho do golpe militar de 1º de abril de 1964, contra um governo nacionalista burguês. Mais prisões foram realizadas de militantes da esquerda revolucionária e a tortura foi oficializada nos quartéis e delegacias políticas (DOPS) do regime em todo o país, com o aval da covarde Corte Suprema. Foi uma resposta da ditadura militar à reação operária e ao recrudescimento da luta armada. Impôs o mais cruel dos Atos Institucionais, o AI-5 que, além de reeditar todas as medidas autoritárias do AI-2 de 1965 – intervenção nos estados e municípios, supressão de direitos políticos e cassação de mandatos parlamentares, suspensão de liberdades democráticas como o direito de livre manifestação e expressão, direito de greve, etc. – retirou também o direito de habeas corpus para os chamados “crimes” contra a famigerada Lei de Segurança Nacional. A intensificação da repressão política, a partir da instauração do AI-5, foi uma reação da ditadura militar diante do crescimento das manifestações de massas contra o regime. Acompanhando a onda revolucionária mundial de 1968, a classe operária e a juventude protagonizaram naquele ano importantes lutas contra a ditadura. No final de março, na repressão a uma manifestação estudantil no Rio de Janeiro, a polícia assassinou um jovem estudante de 17 anos, Edson Luis, provocando grandes manifestações de protesto contra a ditadura. Quatro dias depois, nova repressão policial às manifestações estudantis no Rio de Janeiro, matou o estudante José Aprígio e o escriturário David Neiva, deixou dezenas de feridos e mais de 200 presos. As manifestações estudantis contra o regime e sua política educacional culminaram na histórica passeata dos Cem Mil em junho de 68. Porém havia um setor da chamada "oposição moderada" a ditadura que não foi molestado pelos militares, agrupados na ala liberal do antigo MDB, figuras como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Tancredo Neves etc... passeavam tranquilamente pelos gabinetes de Brasília levantando a "bandeira da conciliação" com os genocidas golpistas. Também o velho "Partidão" pregava uma convocação tutelada de uma nova constituição com os golpistas. O Ato Institucional nº 5 em 1968 foi aprovado na funesta reunião dos 24 membros do Conselho de Segurança Nacional realizada em 13 de dezembro que mergulhou o Brasil no terrorismo de Estado aberto, dando aos agentes da repressão política carta branca para torturas, assassinatos, estupros, ocultação de cadáveres e outros crimes contra a militância de esquerda. Passados exatos 50 anos do “golpe dentro do golpe” estamos vendo ascender ao governo central do país os herdeiros do regime militar pelas mãos do governo neofascista de Bolsonaro e o regime Bonapartista comandado por Moro. Tanto ontem como hoje a defesa das liberdades democráticas e das conquistas operárias é uma tarefa revolucionária da classe operária organizada em sua luta contra ditadura do capital e pela Revolução Socialista! Em memória de todos os heróis tombados na brava resistência ao regime militar, neste aniversário sinistro dos 50 anos do AI-5 afirmamos em uníssono: O SOCIALISMO TRIUNFARÁ HISTORICAMENTE SOBRE AS CINZAS DOS FASCISTAS E NEOLIBERAIS DE TODOS OS MATIZES POLÍTICOS!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

SAUDAMOS COMO PROGRESSISTA A UNIDADE MILITAR ENTRE RÚSSIA E VENEZUELA CONTRA O IMPERIALISMO IANQUE E SEUS GOVERNOS LACAIOS NA AMÉRICA LATINA!


Acabaram de chegar na Venezuela procedentes da Rússia dois bombardeiros estratégicos russos Tu-160, um avião de transporte militar An-124 e uma aeronave IL-62. Trata-se de uma demonstração concreta da unidade militar entre Putin e Maduro contra as ameaças e provocações da Casa Branca assim como de seus lacaios na América Latina, particularmente dos governos do Brasil e Colômbia. Bolsonaro, que assume em janeiro e Iván Duque, marionete de Uribe, são declarados inimigos do governo chavista. A chegada dos aviões russos ocorreu justamente no momento em que Maduro acusa o Pentágono e a CIA de estarem planejando um golpe de estado na Venezuela. O presidente venezuelano acusou nesta quarta-feira (12) os Estados Unidos de liderarem um complô com os governos de Brasil e Colômbia para derrubá-lo e assassiná-lo. Em entrevista coletiva, Maduro afirmou que John Bolton, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, incentiva “ações de provocação” dos dois vizinhos na fronteira, particularmente o neofascista Bolsonaro. Referindo-se ao Brasil ele afirmou: “Dizer que uma força militar brasileira vai invadir a Venezuela é coisa de louco. Vocês acham que nesta terra não há quem a defenda? Que não se enganem nunca, porque vamos a dar eles uma lição que não vão esquecer por mil anos. Vamos dar uma lição de dignidade e de força também. Aos loucos da ultradireita, seja do Brasil, da Colômbia ou de onde seja”. A capacidade militar dos aviões russos somada com o poderio da força aérea venezuelana podem arrasar com as forças armadas brasileira e colombiana em menos de 24hs. Há uma semana, Maduro se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Na ocasião, o russo afirmou repudiar “uso da força” para mudar a situação política na Venezuela em uma clara mensagem contrária as ações da Casa Branca e seus fantoches na América Latina. Putin ainda enviou à Venezuela aviões militares capazes de transportar armas nucleares, em um exercício de cooperação militar bilateral. Os Marxistas Revolucionários da LBI saúdam como progressiva a unidade militar entre a Rússia e a Venezuela contra o imperialismo ianque e seus governos lacaios na América Latina. Não nutrimos ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo e do governo Maduro ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, entretanto combatemos na mesma trincheira antiimperialista quando se trata de combater o maior inimigo dos povos e seus fantoches. Nessa unidade de luta devemos sempre apontar o caminho do enfrentamento revolucionário com os setores da burguesia nativa subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. A senda correta a ser percorrida é apoiar o combate direto contra as provocações ianque e ao mesmo tempo apostar na defesa e ampliação das conquistas sociais da classe operária, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de completa ruptura com o nacionalismo burguês. Devemos convocar a vanguarda classista para a ação direta, contemplando uma plataforma de formação de milícias de autodefesa armadas assim como a nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores e socialização do latifúndio, como um passo concreto rumo a Revolução Proletária. No curso desse combate não nos furtaremos em apoiar todas as iniciativas no campo do nacionalismo burguês que se choquem objetivamente com o imperialismo ianque, para nessa trincheira de luta forjar na vanguarda venezuelana um autêntico Partido Operário Revolucionário!