Desde 17 de abril 3.500 presos palestinos estão em greve de fome nos presídios do gendarme sionista de Israel. O protesto marca o “Dia do Preso Palestino” e logo recebeu a solidariedade de palestinos e familiares de militantes presos nas ruas de Gaza e da Cisjordânia. Os grevistas prometem mantê-la até que as suas reivindicações sejam atendidas. Eles não usam uniformes e não respondem às chamadas quando os soldados sionistas realizam a contagem dos prisioneiros nas celas, estão comprometidos em atingir as demandas de pleno direito de greve, em unidade com todos os prisioneiros, incluindo o fim definitivo de todo isolamento prisional, pelo fim das detenções administrativas e pelo direito das visitas de família e o direito à educação e aos meios de comunicação. Em retaliação, o serviço prisional de Israel já começou a puni-los. Foram cortadas as visitas de familiares e proibido a entrada de objetos pessoais. Além disso, Ahmad Saadat, Secretário-Geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), acusado pelo enclave sionista de ser o principal responsável pela deflagração da greve, foi transferido em 29 de abril do presídio Ramon para o hospital da prisão sem o conhecimento da sua família e de seu advogado. Saadat já perdeu 6 kg e está em isolamento por mais de três anos na prisão.
Ahmad Saadat foi sequestrado em 2006, da Prisão de Jericho, administrada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Cisjordânia. Este presídio está sob vigilância dos EUA e britânicos desde 2002. O dirigente da FPLP estava detido junto de quatro de seus companheiros de partido sob a acusação de organizarem um ataque ao então ministro de turismo de Israel. Sua detenção já fazia parte da vergonhosa política da ANP de ser algoz de seu próprio povo. Saadat havia sido eleito para o Conselho Legislativo da Palestina, mas em 16 de março de 2006, as forças de ocupação israelenses atacaram a prisão e ele junto com outros militantes foram sequestrados com a conivência da ANP. Atualmente, é um dos 19 prisioneiros palestinos em isolamento, todos ligados às forças de oposição a ANP e sua política de subserviência a Israel.
A FPLP emitiu uma declaração em resposta à notícia de que Saadat fora transferido para o hospital da prisão, onde afirma que: “o governo de ocupação é totalmente responsável por quaisquer dano a vida do Secretário-Geral Saadat e a de todos os heróicos prisioneiros que lutam através da greve de fome, pela garantia do direito de ser atendida suas justas reivindicações, em especial o desumano tratamento expresso nas prisões de regime solitário”. Ao mesmo tempo, no dia 1º de Maio, vários militantes palestinos desafiaram o exército israelense ao escalar um dos skunks – os caminhões-tanques brancos de Israel que atiram um líquido fétido e tóxico em ativistas – estacionados em frente ao complexo prisional-militar israelense de Ofer, em Ramala, carregando uma bandeira da Palestina para prestar solidariedade à greve de fome dos presos políticos em Israel.
Desde a LBI declaramos nosso total apoio ao movimento dos prisioneiros políticos palestinos e fazemos um chamado a cobrir esse protesto da mais ampla solidariedade internacionalista. A greve de fome nas prisões sionistas reforça a necessidade das organizações de resistência palestinas e árabes colocarem em marcha uma contraofensiva que tenha como perspectiva a destruição do enclave nazi-sionista de Israel, rompendo com a vergonhosa política da ANP e seus “acordos de paz”. Como marxistas leninistas consideramos legítimas as ações dos grupos paletinos contra alvos sionistas e imperialistas. Para libertar definitivamente Ahmad Saadat e todos os presos palestinos das masmorras de Israel é necessário que a classe operária árabe e hebréia empunhe um programa revolucionário e através de sua mobilização permanente lute pela construção de uma república soviética Palestina dos povos que habitam milenarmente toda a região do Oriente Médio.