quinta-feira, 7 de novembro de 2013




Estudantes derrotam “acordão” entre Rodas/DCE e mantém a ocupação da reitoria da USP apesar da ameaça da “justiça” e sua PM assassina!
Em assembleia realizada na noite deste dia 06 de outubro, a maioria dos estudantes da USP decidiu pela continuidade da greve e ocupação da reitoria mesmo após a “justiça” determinar a reintegração de posse do local. Desta forma os lutadores derrotaram tanto a chantagem de Rodas via a decisão do TJ com a política traidora do DCE (PSOL/PSTU), que defendeu o acordo vergonhoso com a reitoria em troca de promessas vazias. A qualquer momento a PM pode ocupar a USP para cumprir a ordem judicial, o que exige a mais ampla solidariedade do movimento operário e popular em defesa da ocupação e contra a intervenção policial. O termo de acordo assinado entre Rodas e o DCE foi submetido a votação. 747 estudantes foram contra a assinatura do documento, o fim da greve e a saída voluntária do local e outros 562 votaram a favor diante da pressão do PSOL e do PSTU. Desde a LBI e a Juventude Bolchevique defendemos a continuidade da mobilização e manutenção da ocupação da reitoria até o atendimento das reivindicações, que neste momento se concentra nas luta pelas eleições diretas e universais para um conselho tripartite de estudantes, professores e funcionários.


A promessa feita pela reitoria foi a realização de um “congresso no primeiro semestre de 2014 por estudantes, professores e funcionários, de onde sairão propostas para uma mudança estatutária da universidade; a discussão sobre a mudança no processo eleitoral para reitor e vice-reitor; a transformação de dois blocos em moradia estudantil, entre outros pontos” o que representa uma clara manobra para abortar a luta pelas atuais reivindicações da comunidade universitária em troca de um fórum controlado pela burocracia universitária e o DCE. Uma prova disso é que enquanto “negociava”, Rodas impetrou novo recurso na “justiça” e conseguiu de decisão favorável para desocupação do prédio da reitoria, incluindo o recurso a força policial.

A reitoria da USP foi ocupada no dia 1 de outubro a reitoria da USP depois do Conselho Universitário, órgão da burocracia acadêmica ligada ao tucanato, derrotar a proposta de “eleições diretas para reitor” via voto paritário apresentada pela ADUSP e o DCE. A assembleia deste dia 06 reafirmou a decisão em defesa da eleição direta de um governo tripartite e a luta pelo Fora Rodas e contra a presença da PM na universidade através da luta direta dos trabalhadores e estudantes! Os próximos dias serão decisivos, já que a qualquer momento o batalhão de choque da PM pode invadir a USP, expulsar os estudantes da reitoria e prender os ativistas e lutadores.

Como forma de derrotar Rodas e o governo do PSDB assim como seus agentes de “esquerda” no DCE é preciso avançar nas reivindicações dos estudantes e trabalhadores, como abertura de mais vagas, fim do vestibular, moradia universitária, transporte, melhores instalações e aumento de salários, tirando a Universidade das garras da burocracia universitária. Não basta defender melhorias formais na universidade tal como ela se encontra hoje, permitindo-a existir como mero instrumento de formação ideológica de uma intelectualidade pequeno-burguesa que se põe a serviço da classe dominante. Isso implica lutar pela democratização do ensino, pela estatização do ensino privado sob controle dos trabalhadores, a instauração do governo tripartite com maioria estudantil eleito pelo voto direto e universal, pela soberania da assembleia da comunidade universitária, pelo fim do vestibular, pela criação de cátedras marxistas postas em extinção após a queda da URSS e do Leste Europeu, etc. A força de que precisamos para derrotar os projetos de Alckmin e  Rodas não brotará da defesa da manutenção da atual situação falimentar da universidade pública brasileira, nem da defesa da USP nos marcos capitalistas. É preciso fundir a luta estudantil com a dos trabalhadores por sua emancipação da burguesia, política e ideologicamente e lutar para colocar a universidade a serviço da revolução social e da transformação socialista da sociedade.