Estudantes
derrotam “acordão” entre Rodas/DCE e mantém a ocupação da reitoria da USP
apesar da ameaça da “justiça” e sua PM assassina!
Em assembleia
realizada na noite deste dia 06 de outubro, a maioria dos estudantes da USP
decidiu pela continuidade da greve e ocupação da reitoria mesmo após a
“justiça” determinar a reintegração de posse do local. Desta forma os lutadores
derrotaram tanto a chantagem de Rodas via a decisão do TJ com a política
traidora do DCE (PSOL/PSTU), que defendeu o acordo vergonhoso com a reitoria em
troca de promessas vazias. A qualquer momento a PM pode ocupar a USP para
cumprir a ordem judicial, o que exige a mais ampla solidariedade do movimento
operário e popular em defesa da ocupação e contra a intervenção policial. O
termo de acordo assinado entre Rodas e o DCE foi submetido a votação. 747
estudantes foram contra a assinatura do documento, o fim da greve e a saída
voluntária do local e outros 562 votaram a favor diante da pressão do PSOL e do
PSTU. Desde a LBI e a Juventude Bolchevique defendemos a continuidade da
mobilização e manutenção da ocupação da reitoria até o atendimento das reivindicações, que
neste momento se concentra nas luta pelas eleições diretas e universais para um
conselho tripartite de estudantes, professores e funcionários.A promessa feita pela reitoria foi a realização de um “congresso no primeiro semestre de 2014 por estudantes, professores e funcionários, de onde sairão propostas para uma mudança estatutária da universidade; a discussão sobre a mudança no processo eleitoral para reitor e vice-reitor; a transformação de dois blocos em moradia estudantil, entre outros pontos” o que representa uma clara manobra para abortar a luta pelas atuais reivindicações da comunidade universitária em troca de um fórum controlado pela burocracia universitária e o DCE. Uma prova disso é que enquanto “negociava”, Rodas impetrou novo recurso na “justiça” e conseguiu de decisão favorável para desocupação do prédio da reitoria, incluindo o recurso a força policial.
A reitoria da USP foi ocupada no dia 1 de outubro a reitoria da USP depois do Conselho Universitário, órgão da burocracia acadêmica ligada ao tucanato, derrotar a proposta de “eleições diretas para reitor” via voto paritário apresentada pela ADUSP e o DCE. A assembleia deste dia 06 reafirmou a decisão em defesa da eleição direta de um governo tripartite e a luta pelo Fora Rodas e contra a presença da PM na universidade através da luta direta dos trabalhadores e estudantes! Os próximos dias serão decisivos, já que a qualquer momento o batalhão de choque da PM pode invadir a USP, expulsar os estudantes da reitoria e prender os ativistas e lutadores.
Como forma de
derrotar Rodas e o governo do PSDB assim como seus agentes de “esquerda” no DCE
é preciso avançar nas reivindicações dos estudantes e trabalhadores, como
abertura de mais vagas, fim do vestibular, moradia universitária, transporte,
melhores instalações e aumento de salários, tirando a Universidade das garras
da burocracia universitária. Não basta defender melhorias formais na
universidade tal como ela se encontra hoje, permitindo-a existir como mero
instrumento de formação ideológica de uma intelectualidade pequeno-burguesa que
se põe a serviço da classe dominante. Isso implica lutar pela democratização do
ensino, pela estatização do ensino privado sob controle dos trabalhadores, a
instauração do governo tripartite com maioria estudantil eleito pelo voto
direto e universal, pela soberania da assembleia da comunidade universitária,
pelo fim do vestibular, pela criação de cátedras marxistas postas em extinção
após a queda da URSS e do Leste Europeu, etc. A força de que precisamos para
derrotar os projetos de Alckmin e Rodas
não brotará da defesa da manutenção da atual situação falimentar da
universidade pública brasileira, nem da defesa da USP nos marcos capitalistas.
É preciso fundir a luta estudantil com a dos trabalhadores por sua emancipação
da burguesia, política e ideologicamente e lutar para colocar a universidade a
serviço da revolução social e da transformação socialista da sociedade.