terça-feira, 12 de novembro de 2013



USP: Tropa de Choque desocupa reitoria depois que DCE (PSTU/PSOL) sabotou a resistência!

Na madrugada desta terça-feira, 12 de novembro, a Tropa de Choque da PM deslocou 4 ônibus lotados de soldados, carros blindados e viaturas para desocupar a reitoria que estava ocupada pelos estudantes. Havia expectativa da polícia que os estudantes resistissem, mas a sabotagem promovida nos últimos dias pelo DCE (PSTU/PSOL) acabou por minar esta perspectiva. Os setores do movimento estudantil que se opunham à política traidora da “frente de esquerda”, como o PCO e estudantes independentes, foram incapazes de sustentar uma política para impedir a aplicação de fato do “acordão” entre Rodas e o DCE. A polícia ocupou todo o espaço em torno dos blocos, até a Praça do Relógio. Dois estudantes foram presos sem sequer estarem na ocupação e indiciados por dano e furto ao patrimônio público, além de formação de quadrilha.

O mais escandaloso é que agora o DCE alega que irá se mobilizar por reabrir as “negociações com a USP”, enquanto sabotou a resistência o quanto pode! Na verdade, PSOL/PSTU agiram para derrotar por dentro a ocupação da USP, tanto que Arielli Tavares (Anel) afirmou para a imprensa que “os estudantes optaram por sair antes da entrada dos policiais” (G1, 12/10), mas a assembleia do dia 07 havia reafirmado a manutenção da ocupação, apesar dos esforços do DCE em liquidá-la. Cinicamente, segundo o delegado, “O grupamento de Choque, ao chegar ao local, foi recebido com rojões, pois eles já aguardavam a reintegração. Houve, então, uma fuga em massa. Só que dois deles foram detidos no momento dessa fuga” (Idem). Fica provado que as direções traidoras ainda são as melhores armas de nossos inimigos, os reformistas conseguiram a proeza que as ameaças da tropa de choque da PM não conseguiram. Aqui é preciso fazer uma clara diferença entre um setor dos ocupantes do movimento que não vendo mais perspectiva para a luta sob direções políticas vacilantes decidiu recuar após 42 dias de resistência e as direções que desde o primeiro momento queriam abortar a ocupação. Os primeiros se esforçaram para levar a luta ao triunfo, os segundos conspiraram desde o princípio para enterrá-la.

A Juventude Bolchevique (JB) compreende que agora o movimento estudantil não terá mais nenhum instrumento de pressão, ou seja, a ocupação já terá sido desmantelada por estes meninos de recado da reitoria que fará o que quiser (e o que não quiser), já que todas as decisões estarão fora de controle daqueles que estiveram na linha de frente das lutas, onde as reivindicações e, menos ainda, as aspirações cruciais do movimento foram desprezadas. Que mais esta lição seja apreendida pelos lutadores da USP e do movimento operário e estudantil brasileiro: as direções reformistas, pela sua própria concepção de respeito à civilidade e à institucionalidade burguesas, são adversários do método da ação direta das massas. Os explorados brasileiros necessitarão, no calor das batalhas, forjar uma autêntica direção revolucionária para que nossas lutas não sejam inglórias!

Desde a JB convocamos todos a se somarem as manifestações ao longo da tarde em frente delegacia de polícia (91 DP) pela liberdade imediata dos estudantes presos e em defesa das revindicações do conjunto da comunidade universitária! A PM, Rodas e o governo tucano buscam criminalizar o movimento estudantil! Por outro lado, é preciso participar da Assembleia Geral que se realizará no dia 13, às 18h na FAU para fazer o balanço da traição e retomar a luta. Exigimos a imediata liberdade de Inauê Taiguara e João Vitor Gonzaga Campos, presos políticos de Rodas e Alckmin (PSDB)!