terça-feira, 7 de março de 2023

PRÉ-LANÇAMENTO EM SÃO PAULO DA PUBLICAÇÃO MAIS RECENTE DA EDITORA NOVA ANTÍDOTO DESPERTA ATENÇÃO DA TV CULTURA: “GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO”

O pré-lançamento na capital paulista da mais recente publicação da Editora Nova Antídoto (ENA) foi plenamente exitoso. Trata-se do livro “Governança Global do Capital Financeiro”, elaborado por Candido Alvarez, e que já pode ser encontrado fisicamente na “Livraria da Vila” e “Livraria da Travessa”, dois dos principais pontos de consumo dos paulistanos para a leitura em várias áreas do conhecimento científico, político e cultural. A atividade do pré-lançamento da última publicação da Editora Nova Antídoto foi tão ampla que despertou até o interesse de uma reportagem da TV Cultura, gravando uma entrevista com o Porta-Voz da LBI (organização revolucionária parceira da ENA), Marco Queiroz. Na sequência vamos disponibilizar de forma inédita, para os seguidores do Blog da LBI, a apresentação do novo livro.

APRESENTAÇÃO: DEFENDER UM NOVO MUNDO MULTIPOLAR OU DERROTAR A NOVA ORDEM MUNDIAL DO CAPITAL FINANCEIRO COM A REVOLUÇÃO SOCIALISTA?

Quando Lenin formulou cientificamente o conceito marxista de “Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo”, em 1916 portanto antes da Revolução Bolchevique de 17, não o fazia partindo do “zero”, sintetizou uma teoria já acumulada por grandes mestres da então esquerda Social Democrata, porém mais do que um novo conceito, Lenin abstraiu uma nova etapa histórica que se abria na humanidade: O Imperialismo, pior inimigo dos povos e principal entrave para a revolução socialista mundial!

Passados mais de um século e uma nova guerra mundial, que nem Lenin e Trotsky puderam acompanhar o seu desfecho, o imperialismo assumiu uma nova forma, ainda mais sofisticada e complexa para o deslinde da esquerda revolucionária, estamos falando obviamente dos Marxistas Leninistas e não dos reformistas que se passaram de malas e bagagens para o campo político da própria contrarrevolução imperialista. Sendo bem objetivo, depois da II Guerra, os vários “imperialismos”, Britânico, Francês, Italiano, Japonês, Alemão e o próprio Ianque, se fundiram na base do “fogo da guerra” pela hegemonia do mercado global ”, em um só. Mas não se tratava do surgimento de um novo “super imperialismo norte-americano”, o grande vitorioso do conflito mundial. Aliás a caracterização da possibilidade da existência de um “superimperialismo”, levantada por Karl Kautsky, foi duramente criticada por Lenin como uma “simplificação grosseira da realidade”.

A vitória ianque na Grande Guerra esmagou militarmente sua principal ameaça pela hegemonia do mercado mundial  capitalista, que nem de longe era a Alemanha nazista, financiada pelos próprios norte-americanos para debilitar paulatinamente o poderio econômico do Reino Unido sobre a Europa. Estamos falando do imperialismo japonês, que na “ousadia” de atacar o território ianque na Costa do Pacífico, infringindo uma humilhação ao Pentágono, sofreu o mais duro revés já visto na história moderna, tendo suas cidades arrasadas pela debutante e aterradora bomba atômica. Com esse movimento genocida os EUA encerra a Guerra Mundial, entrega a URSS a tarefa de liquidar o que ainda restava do nazismo no leste europeu, e assume a gerência direta de três ex-Estados nacionais imperialistas: Japão, Alemanha e Itália, que passam a ter na OTAN/Pentágono suas Forças Armadas. É o germe inicial da Governança Global do Capital Financeiro, porém existiam ainda os debilitados  “semi-imperialismos” inglês e francês (já subjugados pelos EUA) e a potência econômico e militar da União Soviética. A ameaçadora permanência da URSS no cenário internacional, onde as corporações financeiras foram expulsas durante os 18 anos da “Era Brezhev“,  exigiu que o ambicioso projeto da Governança do Capital Financeiro em controlar politicamente os governos nacionais sofresse um atraso considerável.

Com o fim da chamada “Guerra Fria” nos anos 90, e a destruição contrarrevolucionária dos Estados Operários(incluindo a restauração capitalista “controlada” na China) , cai a última fronteira para a Governança Global assumir o controle político de todas as economias e Estados capitalistas do planeta, desde os EUA, Europa, passando pela gigante China e até chegar a belicosa Rússia. Entretanto este fenômeno da dinâmica de acumulação do capital planetário nas mãos de um punhado de rentistas e suas corporações transnacionais, já não possuía mais uma identidade exclusivamente nacional, como no pós guerra. Era o nascedouro de uma Governança Global apátrida, que necessariamente não falava somente o idioma inglês, e que “batia continência” somente aos interesses de um pequeno clube de investidores do mercado financeiro, e principalmente que se sobrepunha até mesmo aos governos imperialistas, como por exemplo o da Casa Branca.

A pandemia do coronavírus deixou essa nova etapa histórica bem clara. Planejada globalmente no ano de 2019, em um “evento internacional ”(Event 201), pelo Fórum Econômico Mundial(Fórum de Davos), determinou os novos rumos da economia capitalista mundial, na tentativa de salvá-la de um colapso iminente. Qualquer governo que colocasse uma mínima barreira ao controle sanitário da produção, sob o absurdo pretexto de evitar a contaminação do planeta, deveria ser “neutralizado” e depois removido, obviamente com uma maquiagem institucional. Assim ocorreu com o “resistente” Trump, cercado desde o interior da Casa Branca, pelo pseudo “cientista” Antony Fauci, homem de total confiança do Fórum Econômico de Davos. De Jinping até Putin, este último em guerra contra a OTAN, todos receberam massivo fluxo de capital financeiro para “instalar” uma pandemia em seu país, produziram vacinas com o dinheiro do Fórum de Davos e as consumiram e exportaram para o mundo, mas principalmente seguiram rigidamente os protocolos do Controle Sanitário da Produção, impondo bloqueios sociais e o  reacionário “terror pandêmico”. Era a sedimentação final da Nova Ordem Mundial, implantada pela governança Global do Capital Financeiro.

Os neoliberais governos direitistas de Trump, Boris e Bolsonaro que se “queixaram” das restrições, embora seguindo fielmente as orientações da OMS(apenas um braço “científico” do Fórum de Davos/Bigpharma), foram varridos por meio de processos de fraude política imposta pela governança Global, isso porque para o Clube de Bilderberg, ou sua face pública o Fórum de Davos, pouco importa a coloração “ideológica” dos gerentes nacionais, a única questão que tem validade para os rentistas financeiros que controlam o planeta, é a acumulação do seu capital. Não por acaso é o dito Partido Comunista Chinês, um dos “servos” mais disciplinados da Governança Global.

Como a Governança Global do Capital Financeiro é apátrida, não tem fidelidade com nenhuma nação específica, pode atuar tranquilamente em dois fronts de uma mesma guerra ou conflito militar regional, financiando as duas gerências. Assim ocorre atualmente nos confrontos bélicos na Ucrânia e também na tensa arena de Taiwan.

Os Marxistas Leninistas logicamente devem se guiar pelos interesses históricos do proletariado mundial, devem aproveitar cada “rachadura” na sólida(mas não invencível) parede da Governança Global, sempre estimulando o confronto com o inimigo mais nocivo para a classe operária internacional. Neste sentido nos opomos frontalmente a ilusão reformista de “construir um novo mundo multipolar”, onde a Governança Global assumiria um caráter neutral diante das aspirações nacionais dos países e governos. Esse cretinismo pacifista poderá semear derrotas significativas para as massas e conceder una sobrevida para a agonizante economia capitalista.

Os Trotskystas, somos partidários da Revolução Socialista Mundial, ou seja a guerra de classes, o que significava concretamente preparar o proletariado para assumir o controle total das nações, impulsionando cada derrota local da Governança e de seus gerentes estatais fantoches, principalmente o que ainda se “entroniza” no que restou da herança na vitória militar da II Guerra Mundial, o imperialismo ianque!