CASA BRANCA PREPARA A DERRUBADA DO DIREITISTA PRIMEIRO MINISTRO INDIANO, NERENDRA MODI: MAIS UM “GOLPE DEMOCRÁTICO” DA GUERRA HÍBRIDA DO IMPERIALISMO IANQUE
Um dos principais parceiros econômicos da Rússia, em meio a sanções econômicas globais sem precedentes impostas por Washington devido à guerra na Ucrânia, tem sido o reacionário governo indiano do Premiê Narendra Modi. Não precisa explicar muito porque a Casa Branca prepara um golpe institucional, nos marcos do regime da democracia burguesa, no segundo país mais populoso do planeta.
Nos últimos anos, o governo Modi, tem desempenhando um delicado ato de equilíbrio entre as alianças com a Rússia e também com o Ocidente, tornou-se um parceiro comercial vital para a Rússia em meio às sanções mundiais impostas por Washington. Apesar dos repetidos esforços do Democrata Biden e da monarquia britânica, o direitista Modi se recusou a aceitar as sanções contra o comércio russo, especialmente o petróleo. Agora, uma série de eventos politicamente planejados e direcionados sugerem que uma desestabilização anglo-americana está sendo lançada para derrubar Modi nos próximos meses.
A Índia é um aliado econômico vital da Rússia devido à sua participação no chamado grupo de países Brics. Os cinco países somam a impressionante cifra de 40% da população mundial, mais de 3 bilhões de pessoas, e cerca de 25% do PIB mundial: China representa 70%, Índia cerca de 13% e Rússia e Brasil, 7%.
A Índia do Primeiro-Ministro Narendra Modi, recusou-se repetidamente a juntar-se a Washington na condenação das ações militares da Rússia na Ucrânia. Modi desafiou as sanções dos EUA sobre a compra de petróleo da Rússia, apesar das repetidas ameaças de Biden. Além de ser membro do Brics, a Índia também é um importante comprador de longa data de equipamentos bélicos da indústria de defesa russa.
Modi enfrentará eleições nacionais na primavera de 2024 e outras importantes regionais ainda este ano, que determinarão seu futuro político. Um claro ataque da guerra híbrida anglo-americana foi lançado em janeiro contra Modi. Uma obscura empresa financeira de Wall Street, a “Hindenburg Research”, supostamente realiza “perícias financeiras” para procurar corrupção ou fraude em empresas de capital aberto, muitas das quais tem negócios com o governo indiano. A misteriosa empresa surgiu em 2017 e é suspeita de ter ligações com os serviços de “Inteligência“ dos EUA.
Em janeiro deste ano a empresa “Hindenburg” denunciou um bilionário indiano, Gautam Adani, chefe do Adani Group considerado o homem mais rico da Ásia. Adani também é o principal financiador do partido de Modi. Desde a divulgação do relatório “Hindenburg” em 24 de janeiro, que denunciou o uso indevido de paraísos fiscais e a manipulação de ações, as empresas do Adani Group perderam mais de US$120 bilhões em valor de mercado. O Grupo Adani é o segundo maior conglomerado da Índia.
O “relatório Hindenburg”, que afirma ser o resultado de dois anos de pesquisa e visitas a meia dúzia de países, evidencia que foi uma aposta de investimento bastante cara e rara para uma pequena empresa de “pesquisa” de Wall Street.
Em uma indicação clara de que Washington e Londres estão buscando uma mudança de governo na Índia, George Soros, falando em 17 de fevereiro na Conferência de Segurança anual de Munique, declarou ameaçadoramente que “Os dias de Modi estão de fato contados”. Qualquer semelhança com a operação fraudulenta que derrotou eleitoralmente Bolsonaro no Brasil, não é mera coincidência. Soros, o velhote rentista de 92anos, também declarou:“A Índia é um caso interessante. É uma democracia, mas seu líder Narendra Modi não é um democrata."
Soros participou de todas as “revoluções coloridas” desde a década de 1980, incluindo a a queda da URSS, Iugoslávia, a Ucrânia. Foi o principal sócio do “estupro” da Rússia pelo restauracionista Yeltsin na década de 1990.
A agenda da "democracia" e do livre mercado ditada pela Governança Global do Capital Financeiro, são hoje os “princípios” que devem seguidos por todos os governos burgueses nacionais, sejam de “direita ou esquerda”. Os Marxistas Leninistas não nutrem a menor simpatia política pelo Premiê indiano, o direitista Nerendra Modi, entretanto não seguem a “cartilha democrática” dos rentistas, como desgraçadamente fazem o esgoto de vermes políticos da exquerda reformista.