POLÍCIA LANÇA ATAQUE COM BOMBAS DE GÁS LACRIMOGÊNEO EM LIMA: NOVA REMESSA DE MATERIAL BÉLICO BRASILEIRO FOI ENVIADO A PEDIDO DA GENODINA BOLUARTE APOIADA POR LULA
A assassina Polícia Nacional do Peru lançou bombas de gás lacrimogêneo na quinta-feira contra manifestantes na praça San Martín, em uma nova jornada de protestos contra o governo da GenoDina Boluarte, apoiada pelo governo Lula, que inclusive autorizou a chegada de uma nova remessa de bombas e munições para a polícia peruana. Multidões de pessoas de diferentes partes do Peru chegaram à capital para se juntar à Marcha a Lima ou 'Segunda Tomada de Lima' e exigir a renúncia do presidente. Vídeos compartilhados por usuários nas redes sociais mostram que policiais uniformizados jogavam bombas de gás lacrimogêneo até mesmo contra mulheres aimarás que viajaram para Lima com seus bebês.
Dois repórteres denunciaram ataques supostamente cometidos
pela Polícia durante a marcha antigovernamental. A Associação Nacional de
Jornalistas do Peru (ANP) disse no Twitter que o fotojornalista Juan Zapata, do
canal Wayka, foi agredido por um policial enquanto registrava a retirada dos
manifestantes. Zapata garantiu que " os agentes zombavam dele antes de lhe
dar uma pancada no pescoço com um pau".
Da mesma forma, a repórter do La República, Vanessa Trebejo,
denunciou ter sido agredida por um oficial enquanto transmitia ao vivo a
perseguição aos manifestantes.
Além disso, para esta sexta-feira e sábado são esperadas
grandes concentrações em Puno e Madre de Dios. Neste dia também inicia a greve
nacional dos transportadores, que vai até o dia 8 de março. Estima-se que a
medida abrangerá cerca de 80 mil
veículos que ficarão paralisados.
As mobilizações começaram após a detenção e prisão do então
presidente Pedro Castillo. O presidente peruano foi substituído no cargo por
sua vice-presidente, Dina Boluarte.
Dados da Ouvidoria do Peru mostram que são mais de cinquenta
mortes produzidas no âmbito dos protestos, que começaram no país no início de
dezembro de 2022.
Ontem, quase 30.000 cartuchos de gás lacrimogêneo oriundos
do Brasil chegaram ao Peru. Foi um pedido feito pela Polícia Nacional sob o
comando da genocida Dina Boluarte para fortalecer uma repressão assassina que
já ceifou a vida de maio de 100 ativistas da rebelião popular que cruza o país
andino. Uma trama de cumplicidade da Frente Ampla Lula&Alckmin com o governo
golpista peruano.
Enquanto envia material bélico para reprimir covardemente o
povo peruano, que luta desarmado contra a “Genodina” golpista apoiada pelo
Itamaraty, Lula faz demagogia barata dizendo que não enviará armas para o
governo da Ucrânia, apesar de condenar publicamente a a ação militar da Rússia:
“O Brasil não tem interesse em passar munições para que elas não sejam
utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia”.
A recusa do governo da Frente Ampla burguesa em fornecer
armas para o neofascista Zelensky não tem uma raiz na política internacional do
PT, é na verdade uma decisão baseada em um parecer técnico que aponta que as
armas brasileiras terão pouca utilidade e eficiência em uma guerra de dimensões
bélicas hipersônicas, ou seja, armamento de “terceira geração”. Porém esta
munição brasileira se presta muito bem para matar um povo que luta sem armas,
empunhando a bandeira da rebelião popular no Peru.