sexta-feira, 17 de março de 2023

NICARÁGUA REPUDIA RELÁTÓRIO “MADE IN USA” APOIADO PELO BRASIL NA ONU CONTRA O GOVERNO ORTEGA: “O TEXTO CONTÉM DADOS QUE BUSCAM MANIPULAR A VERDADE DO PAÍS IMPONDO OS INTERESSES ECONÔMICOS DE NAÇÕES IMPERIALISTAS”

O Brasil, em mais um posição vassala diante do imperialismo ianque, condenou a Nicarágua, acusando o governo Ortega de grave violações de direitos humanos. A declaração servil ocorreu em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. "O governo do Brasil acompanha os eventos na Nicarágua com a maior atenção e está preocupado com relatos de sérias violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático naquele país, particularmente execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos", disse Tovar da Silva Nunes, embaixador brasileiro na ONU. Após a intervenção dos lacaios do imperialismo ianque, a Procuradora-Geral da Nicarágua, Wendy Morales, rejeitou as conclusões em mensagem de vídeo e expressou seu "repúdio total" ao dito relatório "made in USA": "Como outros elaborados por este órgão, ele apresenta informações parciais, tendenciosas e subjetivas, que só visam destruir nosso propósito de alcançar a plenitude, o bem comum e a paz da nossa nação. O relatório contém dados de grupos que buscam manipular a verdade do país, impondo seus interesses econômicos de nações imperialistas".  

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O diplomata se disse "extremamente preocupado" com a decisão das autoridades nicaraguenses de "tirar a nacionalidade de mais de 300 cidadãos". "Reafirmando seu compromisso humanitário com a proteção dos apátridas e com a redução da apatridia, o governo brasileiro se coloca à disposição para acolher as pessoas afetadas por esta decisão, nos termos do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira", disse Silva Nunes, na sua intervenção na 52ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos.

Entre os que apoiaram o trabalho dos peritos estavam a União Europeia, a Austrália e os Estados Unidos. Por outro lado, Venezuela, Cuba, Irã e Coreia do Norte relativizaram as conclusões e tomaram partido a favor de Ortega.