ESTÁ CHEGANDO A VERDADEIRA “PANDEMIA”: A CRISE FINANCEIRA
NORTE-AMERICANA JÁ DESEMBARCOU NA EUROPA...
A crise financeira já atingiu a Europa, como uma verdadeira “pandemia econômica” que contamina todos os mercados capitalistas. O maior fundo de pensão da Suécia perdeu US$ 1,1 bilhão somente com o aumento das taxas de juros. O banco Credit Suisse também entrou em colapso. Os clientes já sacaram 110 bilhões de francos suíços de suas contas e depósitos. As perdas no ano passado foram de 7,3 bilhões de francos e as ações nas bolsas estão sendo negociadas perto do nível mais baixo de todos os tempos, após quedas espetaculares na bolsa de valores de Zurique.
A EuroVita, uma grande seguradora italiana, sofreu
intervenção pelo regulador italiano de seguros, IVASS. O proprietário é da
corporação britânica de capital de risco
Cinven, que injetou 300 milhões de euros de “ajuda de emergência” na sua
seguradora italiana .Mas este generoso aporte não foi suficiente para evitar
que a Eurovita se tornasse a primeira seguradora do país a ser interditada.
As reservas de caixa da Eurovita foram esgotadas na segunda
metade do ano passado pelo aumento repentino das taxas de juros, que afetou o
valor de sua carteira de títulos do governo, composta em grande parte por
emissões de dívida pública francesa e alemã.
Esses títulos foram comprados nos últimos anos a taxas de
juros negativas. Agora ninguém os quer, nem mesmo como “presentes”. Esses bônus
financeiros não valem mais nada porque as taxas estão em 3 e 4 por cento.
Os rentistas que controlam a IVASS tentaram desesperadamente
vender a carteira de títulos da empresa para a concorrência, outra empresa de
capital de risco, a JC Flowers, mas falhou e teve que intervir. Todos os fundos
foram congelados: um montante de 150 bilhões de euros.
Para conter a fuga de capitais, a Eurovita suspendeu os
resgates antecipados de suas apólices de seguros até o final deste mês. Os
clientes não podem mais acessar seu dinheiro. Esta é a primeira aplicação na
Europa das diretivas do FMI contra o
pânico financeiro global, que está apenas começando após a “chuva de dinheiro”
despejada pela Governança Mundial do Capital Financeiro durante a farsa da
Covid.
