quinta-feira, 23 de março de 2023

IMPERIALISMO IANQUE PROMOVE O IDENTITARISMO: É O PROGRAMA DA NOVA ORDEM MUNDIAL PARA SUBSTITUIR OS PRINCÍPIOS MARXISTAS DA LUTA DE CLASSES

O imperialismo ianque adotou oficialmente o Identitarismo como um dos eixos centrais de sua plataforma política e ideológica. Não por acaso, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, insistiu na terça-feira (22.03) que os chamados direitos das pessoas LGBTQ+ são uma “parte essencial” da política externa dos EUA, leia-se da doutrina do imperialismo ianque. Com essa orientação, que conta com o apoio entusiasta de um amplíssimo leque da “exquerda” mundial (um arco que vai dos partidos sociais-democratas até grupos que se dizem revolucionários), a Casa Branca patrocina através de seus organismos internacionais, como a ONU e também de ONG´s o programa da Nova Ordem Mundial para substituir os princípios marxistas da luta de classes. Os genuínos Revolucionários não se deixam encantar pela “onda da moda” do Identitarismo burguês, ao contrário da esquerda reformista domesticada levantamos a bandeira de guerra de classes para liquidar o modo de produção capitalista!

A Casa Branca e todos os seus satélites introduzem conceitos policlassistas que vão sendo adotadas no interior dos movimentos sociais, uma estratégia que serve para a cooptação da vanguarda através de milionários financiamentos estatais e privados para que esse arcabouço programático complemente integrado ao modo de produção capitalista e sua superestrutura política e jurídica seja o centro das demandas das direções políticas e sindicais pelo mundo afora.

Registre-se que essa decisão da Casa Branca ocorreu em reação a decisão do Parlamento de Uganda de aprovar um projeto de lei supostamente “anti-LGBT”, exatamente um país africano que se negou a apoiar a resolução “mande in USA” na ONU condenando a Rússia na Guerra da Ucrânia. Nesse sentido, durante a coletiva de imprensa na Casa Branca, um repórter disse que suas fontes estão falando sobre a Rússia “poderia estar desempenhando um grande papel neste maior movimento anti-LGBTQ” para abrir uma brecha entre Washington e a África, e perguntou ao porta voz do Departamento de Estado ianque, John Kirby se esses relatórios estavam sendo analisados pela Casa Branca. Ele respondeu: “O presidente Biden tem sido consistente em sua crença, crença central, nos direitos humanos. E os direitos das pessoas LGBTQ + são direitos humanos, e nunca vamos nos esquivar ou ter vergonha de defender esses direitos e para que as pessoas vivam como bem entenderem, como quiserem viver. E isso é uma parte essencial da nossa política externa e continuará a ser.”

Copiando a orientação da Casa Branca, as direções políticas da “exquerda” assumem a concepção “Identitarista”, própria das chamadas “novas vanguardas” que para esses revisionistas são movimentos que estão acima da luta de classes e diluem completamente a luta para liquidar o capitalismo em demandas pseudo-democráticas facilmente incorporadas pelo regime burguês em suas várias facetas. 

Frente a essa política oficial do imperialismo, os Marxistas Leninistas reafirmam que não fazem da defesa dos “direitos” LGBTQ + seu centro de atuação, nem apontamos qualquer caráter progressista em abstrato no fato de um indivíduo ser homossexual, lutamos sim pelo amplo direito democrático da liberdade da opção sexual e combatemos implacavelmente qualquer forma de descriminação sexual, cultural e até mesmo religiosa desde que seja como parte da luta contra o capitalismo e não para reforça-lo.

Sem o menor compromisso de parecer “simpáticos” frente a “opinião pública” manipulada pela grande mídia corporativa, os Comunistas afirmamos que não há o menor avanço progressista e de classe nestes “novos paradigmas dos direitos LGBTQ+” patrocinados pelas Casa Branca e fundações capitalistas, na realidade trata-se de uma política que serve para retardar ainda mais a luta pela verdadeira emancipação humana, destituídos de qualquer conteúdo progressista de classe que se enfrente com o regime opressor da “democracia” dos ricos.

O estímulo dado pela Casa Branca, a grande mídia corporativa e os governo burgueses imperialistas à “causa LGBTQ+”, produzindo personagens homossexuais e celebridades na TV e nas redes sociais com todo um “glamour” corresponde também a necessidade do mercado capitalista em gerar uma nova faixa comercial de um “modo de vida homossexual”, para potenciar seus negócios abalados com a crise financeira mundial, criando nas novas gerações armadilhas distracionistas que servem para manter a ordem burguesa.

Registramos ainda que historicamente a apologia retrógrada da “cultura do homossexualismo” já foi utilizada pela classe dominante para oprimir inclusive as próprias mulheres, como ocorreu na velha Grécia escravagista e homocêntrica. Portanto, o necessário combate de classe contra a homofobia (hoje fundamentalmente concentrada no preconceito aos homossexuais pobres) não pode descambar para uma aliança policlassista com a burguesia e o imperialismo que agora patrocina a “causa gay”.

Por fim, combatemos a política da Casa Branca e do Fórum de Davos que patrocinam o Identitarismo como uma das expressões da Nova Ordem Mundial, com o objetivo claro de dissolver a luta de classes em um amálgama reformista para tentar inutilmente resgatar o “capitalismo com face humanista e sustentável”, uma farsa completa que precisa ser amplamente denunciada e combatida!