sexta-feira, 15 de julho de 2011

UNASUL: Mais um arremedo de unidade burguesa da América Latina


Com a aprovação do tratado de criação da União Sul-Americana de Nações (UNASUL) pelo Congresso Nacional, em 7 de julho, o Brasil passa a ser o décimo integrante do bloco de países que em tese busca a integração econômica e política da região. Desde março, o tratado já havia sido aprovado pela Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai. Com a adesão do Brasil, faltam agora somente dois dos doze Estados burgueses independentes da América do Sul, o Paraguai e a Colômbia.

A UNASUL, idealizada por Lula em 2008, não passa de mais um arremedo de unidade burguesa da América Latina, como foi o falido MERCOSUL. Longe de alavancar o crescimento econômico harmonioso da América do Sul, como afirmou recentemente Dilma  Rousseff, o bloco político de países da UNASUL não poderá suprimir as disputas comerciais  entre as burguesias nacionais e na prática se constitui somente numa tentativa dos governo burgueses sul americanos de tornarem a região mais atraente para investimento de capitais imperialista norte-americanos e europeus. Não é por acaso que a tão alardeada integração da América Latina através da UNASUL, deixa de fora a Guiana Francesa, reconhecendo o domínio francês sobre essa área de 86.504 km² da América do Sul.

O caminho para eliminar a pobreza e a miséria na América Latina, não é a farsa da UNASUL, e tampouco o nacionalismo Bolivariano,  mas sim a unidade do proletariado e das massas exploradas pela derrubada do regime capitalista através da vitória de uma revolução socialista em todos os países da região, substituindo os atuais Estados burgueses e seus governo lacaios do imperialismo por uma verdadeira União de Republicas Socialistas da América Latina. Somente a reconstrução revolucionária da IV internacional, depurando-se do revisionismo vigente em suas fileiras, poderá levar a frente esta tarefa histórica .