domingo, 10 de julho de 2011

Sob pressão da mídia reacionária, Dilma enfrenta chuva de “escândalos”

Mais um escândalo envolvendo um importante parlamentar da base aliada chega as manchetes dos jornais burgueses, a “bola da vez” agora é o senador Eunício Oliveira do alto comando do PMDB. Eunício está sendo acusado de fraudar uma licitação no valor de 300 milhões de reais para prestar consultoria de gestão a Petrobras. A empresa do senador cearense a Manchester Serviços teria combinado com outras empresas um valor determinado para ganhar a concorrência, depois dividiria o “lucro” da trapaça entre o bando. É bom lembrar que Eunício acumulou grande fortuna pessoal no ramo de “prestação de serviços” aos governos Sarney e FHC, utilizando a influência de seu sogro, o então presidente da Câmara dos Deputados Paes de Andrade. As negociatas de Eunício já lhe valeram uma investigação por parte da Policia Federal, arquivada a mando do presidente Lula, o que lhe custou a vaga de senador em 2006, tendo que abrir mão da indicação para o “comunista” Inácio Arruda.

O que há de propriamente novo neste “escândalo” é o fato das provas da corrupção da empresa de Eunício terem vazado a mídia pelas mãos do governador Cid Gomes, hoje em rota de colisão com o senador por conta da sucessão ao governo cearense. Não faz nem uma semana que Cid produziu um dossiê que acabou por levar a renúncia do ministro dos transportes. Já começa a exalar publicamente um cheiro de podridão a disputa feroz das oligarquias que apóiam a frente popular pelo controle do botim estatal.

O senador Eunício Oliveira faz parte da “troika” que comanda o PMDB, junto a Temer e Sarney, não se deixará “abater” pela PF sem antes ameaçar o governo Dilma e a própria oligarquia dos “Ferreira Gomes”, que aparentam estar querendo alçar um vôo muito alto pensando na Presidência da República para Ciro (PSB) em 2014, mais um delírio próprio do arrogante “sobralense” sem mandato atualmente. Foi acionado o alerta vermelho e o PT já colocou as barbas de Lula de molho na iminência da deflagração de uma nova crise política, semelhante ao período do “Mensalão”, a questão chave a saber é se o movimento de massas permanecerá passivo como em 2005, ou romperá a atual paralisia imposta pela política de colaboração de classes. Com a palavra a vanguarda mais combativa da classe operária!