Em meio ao sucateamento da saúde pública, governo Dilma autoriza aumento dos planos de medicina privada
A Agência Nacional de Saúde suplementar (ANS), um organismo colateral do governo Dilma, acaba de anunciar um aumento de cerca de 8% nas tarifas dos planos de assistência médica privada. Um verdadeiro presente de Natal antecipado do governo para os tubarões que ficam milionários com a exploração da saúde de nosso povo. A demagogia do ministro Alexandre Padilha, um petista que assumiu a pasta prometendo uma melhoria radical no setor, contrasta com os cortes drásticos orçamentários e a falta de investimentos estatais na saúde pública na gestão de mais de oito anos da frente popular.
Desprovida de hospitais e clínicas públicas onde possa receber atendimento médico a população é obrigada a fazer a “escolha de Sofia”, ou paga os planos de saúde privada ou é submetida ao atendimento em verdadeiros “açougues” humanos para receber um atendimento pior do que um hospital veterinário. O resultado é que uma parte “privilegiada” da população se vê obrigada a ser extorquida por estes tubarões que lucram com nossas enfermidades. No marco da atual espiral inflacionária e arrocho salarial este novo aumento significa um verdadeiro acinte para as condições de vida dos trabalhadores, considerados meros “consumidores” do mercado capitalista, mesmo quando a questão em jogo envolve nossa sobrevivência.
A defesa da estatização de toda a área que envolve a saúde da população é uma necessidade que se impõe diante do completo colapso do setor, tanto público como privado. As vidas humanas não deveriam ser objeto da sanha empresarial, cujo único objetivo é a acumulação de capital. O exemplo da pequena Cuba , onde uma saúde pública e de altíssima qualidade é parte integrante das conquistas do Estado operário, deve nortear a luta por um novo sistema de saúde em nosso país.